A whole kingdom & the knight ໒ jjk + pjm

Promessa

JIMIN

Taehyung parecia extremamente fodido.

— Você tá horrível. — comentei.

— Eu sei. — ele fez careta. — Horrível que Yoongi tenha me visto assim.

— Ele parece preocupado. Fica aqui contigo o tempo todo.

— Um fofo. Eu só estou com alguns arranhões. — Tae bocejou. — Como andam as coisas por aqui? Hoseok quer avanços rápidos, já que declarou guerra.

— Ah. — desviei o olhar. — Vão bem.

Eu tinha um sério problema com mentiras quando se tratava de Taehyung. Não que eu conseguisse enganar Chaeyoung quando tentava, mas com Taehyung era ainda pior. Ele parecia ter o poder de enxergar toda a verdade.

— Você desistiu. — ele disse.

— O que?

— Você desistiu do plano.

— N-não!

— Jimin, eu te conheço. Tá estampado no seu rosto. Você desistiu porque não quer que o príncipe se machuque.

Franzi o cenho. Agora eu batalhava numa luta interna entre admitir ou não. Eu já tinha admitido pra mim, mas para Taehyung... Eu tinha medo de que ele acabasse me considerando um traidor.

— Você sabe que pode confiar em mim. — ele arqueou a sobrancelha. — Eu também não quero mais continuar com isso.

— Não sei o que fazer. — balancei a cabeça. — Quero a queda da monarquia, quero mesmo. Mas sei que, se a gente continuar, Hoseok vai querer matar todos eles. Você sabe como ele é radicalista.

— Sei. Eu sinto que vai ser uma batalha das mais sangrentas e não me sinto pronto pra isso. Fomos treinados a vida toda pra quando chegasse esse momento, mas...

— Chaeyoung não pode saber disso. Sobre eu desistir do sequestro. Se ela descobrir que eu vou protegê-lo, é capaz de informar Hoseok e eles invadirem antes do combinado. Eu vou ser considerado um traidor.

— Chae faria isso contigo?

— Com certeza.

— Tudo bem, eu não conto. E você não conte sobre mim.

A queda da monarquia era algo necessário. Já era um sistema desatualizado, muitos antigos reinos já tinham se tornado repúblicas, e acho que todos concordavam que já tinha passado da hora de Canotes se tornar uma.

Mas o rei era um tirano. Hoseok afirmava que a única solução era matando todos eles. Ele planejava sequestrar o príncipe e usar disso como pretexto para o início da guerra. Se o rei tivesse um pingo de amor por seu herdeiro, aceitaria fazer um acordo com os rebeldes. Só que não faríamos um acordo. Na verdade, o objetivo era adentrar o palácio e matar toda a família real. Assim, sem o sangue real, era o fim da monarquia.

Eu, claramente, não concordava mais com o plano. Não queria que Jungkook morresse, nem mesmo seu irmão ou sua mãe. Já seu pai, iria tarde. E Taehyung não concordava porque não queria ter que lutar com nossos companheiros e principalmente com Yoongi.

Mas o que poderíamos fazer? Era praticamente impossível fazer Hoseok mudar de ideia e, se tentássemos, poderiamos acabar taxados como traidores. Também era impossível avisar a família real, já que seríamos mortos no mesmo momento.

Foi com todos esses malditos pensamentos insistentes que eu passei a noite do baile. Era aniversário de Jungkook e seu presente do universo era um baile em que teria que anunciar sobre sua futura esposa.