A whole kingdom & the knight ໒ jjk + pjm

Nova aliança

Uma vida não deveria ser tão agitada. Quer dizer, do tipo agitada fora do normal.

O que digo é que uma pessoa enfrentar, em mais ou menos dois meses, tanta coisa como eu enfrentei, é meio desumano.

Se eu ainda não tinha surtado, com certeza era porque não tinha tido tempo pra isso.

Talvez depois, mais tarde, quando a guerra acabasse. Mas não agora com Jimin acariciando a minha mão enquanto adentramos o acampamento rebelde.

Era muito estranho que todos eles me olhavam. Pareciam tão receosos quanto eu, mas não fizeram nada.

— Viu? Tá tudo bem. — Jimin sussurrou. — Eu e Taehyung conversamos com Hoseok.

— O que disseram? — firmei o aperto de nossas mãos.

— A gente propôs um novo plano. Yoongi ajudou bastante.

Parei de andar e o encarei de olhos arregalados.

— Yoongi? Ele tá aqui? Cadê ele?

— Bem aqui. — ouvi a voz familiar atrás de mim.

E quando me virei, lá estava ele. Yoongi parecia bem melhor desde a última vez que o vi, quando estava acorrentado no palco. Ele parecia todo machucado, mas não me toquei disso antes de abraçá-lo com força e ouvir um resmungo.

— Ai. Cuidado. — ele riu. — Quanta saudade.

— Você tá bem? — me afastei e olhei em todo o seu corpo.

— Relaxa, uns chicotezinhos não são capazes de me derrubar.

Cerrei os olhos e voltei a abraçá-lo.

— Ouvi dizer que estou vivo porque você me salvou. — ele disse. — Obrigado.

— Teríamos conseguido sem o Jungkook. — Taehyung surgiu ao nosso lado, meio brincalhão. — Eu ia te salvar, ok?

Yoongi só revirou os olhos.

— Não tá bravo com eles? — perguntei, apontando pra Jimin e Taehyung. — Por terem mentido pra gente.

Jimin fez uma careta e apontou pra sua bochecha direita:

— Ele já me socou.

— E ficou sem falar comigo a semana toda. — Taehyung choramingou. — Voltou ontem.

— Mas agora eu desculpei. — Yoongi deu de ombros. — Até porque somos aliados.

Jimin cutucou meu braço.

— Vou cuidar dos seus machucados. — ele disse, já me puxando na direção de uma barraca. — Depois vamos falar com o Hoseok.

— Tenho medo dele. — me deixei ser levado. — Mas ok.

— Ele é de boa. Você só não teve uma boa impressão porque ele te via como um inimigo.

Quando adentramos a barraca, Jimin me fez sentar num banquinho bem pequeno e correu atrás da caixinha de primeiros socorros.

— Nem estão doendo mais. — tirei minha camisa. — Você é tão dramático.

— Shhh, deixa eu cuidar de você, amor.

Cerrei os olhos.

— Eu deixei voltar a me chamar de amor?

Tive que segurar muito a risada quando ele arregalou os olhos. Claro que eu só tava tirando uma com a cara dele, já que já tinha dado outra chance desde que apareceu com a porra de uma bomba no castelo.