Capitão Min e seus sentimentos

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YOONGI

Era um grupo de só quinze cavaleiros. Quinze cavaleiros mandados diretamente em uma armadilha muito bem planejada. Ou pior: quinze calaveiros mandados nas mãos do inimigo por ordens minhas.

Quando ouvi os sinos tocando, soube que não era mesmo uma boa notícia. Eu estava no campo de treinamento, ajeitando uma coisa aqui, outra ali, e o maldito sino tocou.

O sino era um alarme. Da última vez fora tocado pra anunciar a invasão de Tilophianos em nosso reino, então um pressentimento muito ruim se apossou de mim. Além do fato de que esse pressentimento já estava me perseguindo por todos os dias que se seguiram arrastados desde a ordem da missão, claro.

E eu estava certo com o pressentimento, sabe? Não queria estar, mas estava. E, tipo, não, não eram Tilophianos nos atacando, mas era Taehyung ensanguentado, caído no chão.

— Abram espaço! — gritei aos cavaleiros, enquanto corria até ele. — E chamem os enfermeiros!

Merda. Taehyung estava pálido e parecia querer fechar os olhos desesperadamente. Por isso, me agachei em seu lado e segurei seu queixo.

— Ei. — falei. — Não ouse dormir. O que aconteceu?

— Yoon... — ele murmurou.

— Sim, sou eu. Fique acordado, entendeu?

— Os rebeldes... Nos emboscaram... Por tão pouco...

Abri a boca, pronto para perguntar mais algo, mas me senti desesperado quando Taehyung fechos os olhos. Bati em seu rosto, cutuquei-o nos braços e bochechas e, mesmo assim, ele parecia mole demais; havia desmaiado.

Quando Taehyung foi levado à enfermaria, então soube que ele tinha desmaiado de exaustão. Os ferimentos não eram tão graves, ficaria bem em poucos dias, mas precisava de muito repouso.

De quinze cavaleiros, um retornou. Exausto, com medo, machucado. E encarregado da tão temida mensagem: os rebeldes declararam guerra.

›👑›

— Como ele tá? — Jungkook perguntou.

Desde que Taehyung surgiu com a suposta declaração de guerra dos rebeldes, vira e mexe Jungkook tinha que participar de reuniões de emergência. Estava tudo um caos.

Bem, mesmo com as várias reuniões, ele arranjava um tempinho para ir à enfermaria quase a cada duas horas, enquanto eu sequer tinha saído de lá.

Meu coração andava apertado, angustiado. Isso, angustiado. Essa seria a melhor definição.

Olhar para o rosto cansado de Taehyung, descansando sob a maca, cheio de curativos, me deixava muito angustiado. Afinal, era a minha culpa. Ele era apenas um recruta, não devia tê-lo mandado numa missão tão perigosa. Ainda mais que foi só uma desculpa pra eu fugir dos meus sentimentos feito o covarde que sou.

A realidade era que, é, sim, eu estava gostando de Taehyung. Até demais. Muito mais do que deveria, com certeza.

— Ainda do mesmo jeito. — suspirei. — Acha que ele acorda ainda hoje?

— Acho. São ferimentos leves. Ele só deve estar muito cansado.

Balancei a cabeça. Era o mais provável, mas isso não me impedia de me sentir preocupado e culpado.

Quando Taehyung acordasse, eu tentaria ser o mais amoroso possível, é. Podem anotar isso ai.

— O rei quer outro grupo na floresta, só os melhores. — Jungkook voltou a dizer. — Um ataque dessa vez. Eu disse que é uma bobeira arriscar mais homens justo nos dias antes do baile, já que o palácio vai ficar menos seguro, mas você sabe que ele não me escuta.

A whole kingdom & the knight ໒ jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora