Eu NÃO Te Amo

Capítulo 20

Assim que Tessa soube que Victor estava chegando correu para a porta da frente afim de recebê-lo. Ela precisava de um amigo, agora que tinha tomado sua decisão, precisava se manter forte.

Ela o recebeu com um abraço de gratidão, era grata pela simples presença dele.

- Estava com tanta saudade de mim assim?

Sorriu. Como ela sentia saudade do tom debochado dele.

- Vou te ajudar a entrar, venha se apoie em mim. - Ela pediu deixando ele descansar parte do seu peso sobre ela.

Victor a obedeceu, e começou a caminhar lado a lado com ela, poucos passos depois, ele se sentia observado, e olhou pra cima. Não estava errado, seu irmão os observava pela janela de seu escritório.

- Seu marido está nos observando. - ele cochichou.

Tessa ficou um pouco surpresa, mas fingiu não ligar, e continuou tentando ajudá-lo.

- Acho melhor eu entrar sozinho. - Victor gracejou. - Não quero que meu irmão me mate.

- Ele não se importa! - Tessa afirmou desacreditada.

- Tem certeza?

A maneira como Victor a olhava, fazia ela vacilar na sua crença. "Eduardo podia ... Não, não!" _ a mente dela continuava criando historinhas bobas. Ela suspirou, afastando aqueles pensamentos sonhadores. Por fim, afirmou. Ele não se importava, nunca se importaria. Dando por vencido, Victor se deixou ser ajudado. Ambos entraram quase que exatamente no mesmo momento que Eduardo e Melina alcançavam os últimos degraus da escada.

- Adivinha? - Victor perguntou. - Vou ficar com vocês.

Ele observou a expressão de cada um deles.

- É sério? Que legal! - Melina ficou entusiasmada.

Eduardo parecia um pouco mais sério.

- Mamãe sabe da sua fuga do hospital? - Eduardo perguntou.

- Na verdade ela foi me buscar. - Victor sorriu para o irmão. - Não consegui ficar um dia em casa, mamãe fica sempre ao meu redor, até Donatella foi intimada a ir lá em casa. Posso me esconder aqui?

- Pode papai? - Melina pediu.

Victor percebeu que seu irmão não parecia tão inclinado a aceitar sua presença, ele estava claramente irritado. Mas ele sabia como dobrar seu irmão. Eduardo teria uma surpresinha.

- Parece que não posso dizer não. - ele respondeu apenas.

Victor sorriu. E cochichou no ouvido de Tessa.

- Vim te ajudar.

Sua cunhada ficou um pouco chocada, mas Victor só se divertia com a reação de todos na sala. Melina era a única totalmente e genuinamente feliz com sua presença. Tessa parecia um pouco aliviada. E seu irmão, claramente estava ... desconfortável.

- Tessa? - ele encarou ela, e deu um de seus sorrisos charmosos.

Ela olhou para ele de forma estranha.

- Pode me ajudar a subir? - Eduardo parecia prestes a protestar, mas foi ignorado. - Enquanto meu irmãozinho me ajuda com minhas malas. Não vai deixar a parte mais pesada para as garotas, não é?

- Eu vou escolher o quarto do tio Victor. - Melina subiu correndo as escadas; a parte boa de ser criança era poder ignorar as reações dos adultos.

Eduardo aceitou seu destino, e foi buscar as coisas do seu irmão, sem deixar de lado sua cara de desgosto. E Victor e Tessa voltaram a ficar sozinhos.