Tessa observava Eduardo conversar ao celular com uma mão no bolso, aquela aura de empresário ficava evidentemente pronunciada quando ele estava focado em alguma coisa. Já ouviu dizerem que ele era incrível em uma sala de reuniões, do tipo que não aceitava perder, e sempre conseguia obter o melhor para si. Um conquistador.
- Ele se parece com meu finado marido. - Carlotta a surpreendeu aparacendo ao seu lado. - Ele era um homem ocupado também, o celular vivia tocando. Mas tinhamos um combinado. Em casa, ele era meu, e se estivesse comigo ... - Ela sorriu. - Nós éramos a prioridade. Você deve estabelecer as regras logo no início do jogo.
- Parece ser importante. - Tessa continuou encarando ele de longe. - Posso esperar, logo vamos voltar a cidade.
- Você parece ser uma garota interessante. E paciente, devo dizer. - Carlotta indicou o neto. - Sempre odiei esperar, não sou do tipo paciente.
- Eu também, sou impaciente - Tessa confessou. - Mas posso ser compreensiva quando é algo relacionado a trabalho.
- Você também é uma viciada em trabalho?
- Vamos dizer, que eu gosto do meu trabalho. - Tessa corrigiu. - É mais como sentir prazer ao fazê-lo.
Carlotta observou ela. Aquela menina tinha conquistado alguns pontos com ela.
- Tem um lago perto daqui, Eduardo sabe onde é, acho que você gostaria de vê-lo, peça-lhe para a levar assim que chegarem, antes do jantar. - Ela aconselhou. - Até mais tarde, Tessa. - A senhora se afastou, retornando à casa.
Alguns minutos depois, Eduardo havia terminado sua ligação. E eles puderam seguir em direção a cidade.
- O que vovó lhe disse mais cedo? - ele à tirou de seus devaneios.
- Ela me disse sobre um lago. - resolveu omitir uma parte da conversa. - Me aconselhou a pedir que me levasse lá.
Um sorriso divertido brincou nos lábios dele, como se ele soubesse algo que ela não tinha conhecimento.
- É um lago comum, nada demais. - Ele garantiu.
- Mas com certeza você sabe algo que não quer me dizer. - Ela o encarou. - Conte-me!
- Tem uma cabana lá, pequena, mas aconchegante, com enormes janelas de vidro, meu avô que construiu, algo como um ponto de encontro secreto, fica um pouco distante da casa.
- E ... - Ela estava curiosa, e ele se divertia ao vê-la assim.
- Vovó a chama de Casa dos amantes, e o lago foi nomeado como Porção do amor. Segundo ela, meu pai foi feito lá. - Tessa ficou chocada. - E parece que minha mãe também visitou o lugar.
- Você quer dizer, que você também foi feito ... - Não teve coragem de continuar...
- Eu não, - Eduardo gargalhou. - mas Victor sim, e suspeito que Paola também.
Tessa ficou ereta no banco, sem desviar seu olhar da estrada.
- O lugar é bonito, quase que como retirado de algum filme de fantasia, principalmente durante a noite. Instiga o romance.
Tessa mordeu os lábios.
- Fica tranquila, é a forma dela dizer que aceita você como minha esposa. Não precisa se sentir pressionada, nem nada.
De repente um pensamento passou por sua cabeça, e rapidamente as palavras se formaram em sua boca.
- Você e Carina ... ?
- Já vimos a cabana, mas nunca a usamos dessa forma que está pensando. - Ele se apressou em dizer. - Na primeira vez que viemos aqui, a cabana estava em reconstrução, e na segunda e última vez, Melina era pequena, depois só víamos vovó na casa de meus pais.
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Eu NÃO Te Amo
RomanceTessa Ridley se apaixonou por Eduardo Sorelli treze anos atrás, mas não foi correspondida. Viu seu primeiro amor amar, casar e ser feliz com outra mulher, destruindo totalmente suas esperanças de um dia ser amada por ele. Agora o homem que ela amou...