Seher
Estava no jardim com Yusuf, o dia estava lindo, queria aproveitar a parte da manhã para ficar com ele, iria à tarde para o restaurante foi quando meu telefone toca, era Selim: - "Seher, será que você poderia vir mais cedo? Entrou mais um pedido especial!" Sinto a urgência em suas palavras, e concordo em ir mais cedo. Desligo o telefone e tenho que enfrentar aqueles dois olhinhos tristes me encarando. Deve ser de família, tanto o tio como o sobrinho se expressam muito pelo olhar. Agacho-me e lhe dou um longo abraço, cheirando aqueles cabelos cacheados, cheiro de bebê, meu coração fica apertado nesse momento, mas prometo a ele que volto logo. Vamos para o restaurante em dois carros, um só com os seguranças que ficariam em frente ao restaurante, e no outro eu, Yaman e mais dois seguranças. Entendo sua preocupação, seus inimigos são muitos, só fico pensando na sua reação quando descobrir que ele abriga sua maior inimiga há anos.
Quando chegamos vejo Selim debruçado no parapeito da parte de cima do restaurante, hoje ele tinha caprichado, sua barba estava bem aparada, com uma camisa cinza que destacava os músculos dos braços. "Isso vai ser interessante", pensei, tentando esconder um sorriso maroto. Ele desce as escadas todo sorridente para me receber, me da um abraço e fala: - "que saudade fofucha, temos muito que conversar minha amiga! Quando olho para Yaman, ele está a fuzilar Selim, sua expressão de ódio era bem visível, me viro e apresento Selim, meu grande amigo de infância. Ele estende a mão para Yaman, mas o mesmo o ignora, ordenando aos seguranças que façam uma busca no restaurante para ver a segurança no local. Selim então adota a postura de macho Alfa e se coloca na frente dele.
Selim: - "Pode ficar tranquilo, Seher estará muito mais segura comigo do que quando está com você, eu cuido dela desde que éramos crianças. Não preciso dos seus cães de guarda dentro do meu restaurante". Falou bufando no rosto de Yaman.
Seher: - "Selim, é um protocolo de segurança deles", olhei para ele e dei uma piscada, "eles ficarão de prontidão do outro lado da rua, não vão interferir no funcionamento do restaurante", falo isso e olho firmemente para Yaman, que desvia o olhar de Selim e me olha com aquele mesmo olhar raivoso, apenas acena com a cabeça e sai.
Vou atrás dele, não sei o porquê, senti a necessidade de explicar toda aquela situação, seguro seu braço, ele para, olha para a minha mão em seu braço, se solta de forma brusca, entra no carro e saí dirigindo furiosamente pela rua, fico ali espantada com a sua reação, seria ciúmes? Selim me pagaria pela sua atuação exagerada de amigo prestimoso.
Volto para o restaurante, espero os seguranças saírem para poder conversar com Selim mais a vontade. Olho para ele, mas ao invés de lhe dar uma bronca, começo rir quando vejo sua cara de deboche. - "Que atuação miserável foi aquela, e que apelido foi esse que você usou? 'Fofucha'? De onde você tirou esse apelido?" Ele já rindo disse com a maior naturalidade: - "O meu papel é o de amigo protetor apaixonado, se queremos que a cunhada do mal tente me usar para criar problemas, esse será a minha melhor atuação" falou dando uma gargalhada gostosa. Selim tem um senso humor muito bom, quando estou triste ele sempre consegue me fazer dar risada. – "Fofucha é a mais nova mascote lá de casa, uma gatinha que demos para Olívia, aliás a Karen te mandou um beijo, quer que você vá jantar com a gente qualquer dia desses, ela e as meninas estão com saudades de você".
Tinha acabado de me alistar no exército quando eu conheci Selim, ele já estava há mais tempo. O amigo do meu pai pediu para que ele cuidasse de mim, por também ser descendente de turcos, tínhamos muito em comum, nos tornamos bons amigos, ele já era casado com a Karen e tinham acabado de ter a sua primeira filha Ashley. Hoje ele tem mais duas meninas, Olívia e Emma. Há alguns anos eles se mudaram de vez para a Turquia, depois se ser recrutado pela agencia para ser um apoio para os agentes no país.
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QUEM É VOCÊ?
Fanfiction... CASA COMIGO? ... CASA COMIGO? Essa frase não saía da minha mente, ecoando o tempo todo: CASA COMIGO? Eu disse não de impulso, não por que não o amava, mas por que ele não sabia a verdade sobre mim. Yaman acreditava que eu era realmente a tia de...