Dívida

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Yaman

Volto para o quarto onde a tia de Yusuf está determinado a colocar limites sobre ela, não permitiria que ela deixasse meu sobrinho sozinho para ir trabalhar  ou fazer sei lá o que. Mas o que vejo quando entro me desarmou completamente, ela está parada em frente o espelho observando o ferimento em seu ombro, com a blusa ainda  sem abotoar, mas cobrindo boa parte da sua pele. Apenas seu ombro ferido e o inicio da curva dos seus seios estão a mostra, fico hipnotizado com aquela cena, meu corpo reagiu na hora e quando me dou por mim já estou parado na frente dela com as mãos ajeitando sua blusa para abotoar. Não desvio o meu olhar dos seus olhos, caso contrário eu não poderia responder por meus atos. Vejo o quão assustada ela me olha e me divirto com isso. A maioria das mulheres que se aproximam de mim não tem nenhum pudor, algumas chegam até a ser vulgar, tenho verdadeiro nojo disso. Mas ela não, ela parece um anjo inocente me encarando, até que percebo que ela está desmaiando. Consigo segura-la e coloca-la sentada na cama, quero que ela se deite mais um pouco ainda está fraca pela perda de sangue, mas ela nega, diz que não poderíamos ficar tanto tempo longe de Yusuf. Apenas concordo, a deixo ali e vou ajeitar as coisas para retornarmos a mansão.

No retorno para casa ligo para Nedin, preciso saber de como anda as investigações de quem armou a emboscada para nós:

N: -  Yaman, não conseguimos encontrar ninguém, nenhuma pista no local foi deixada, como se nenhum tiroteio tivesse ocorrido ali. Foi muito bem planejado a emboscada, sabiam exatamente o caminho que você faria vindo da delegacia, é alguém muito próximo de nós que armou isso ou passou a informação.

Y: - Continue investigando Nedin, só você e os nossos homens de confiança sabem disso, enquanto não tivermos pistas, para todos os efeitos, a nossa ausência se deve a ter ido com a tia de Yusuf para a cidade dela buscar uns documentos, na mansão já sabem dessa versão.

Desligo o telefone e olho para a tia de Yusuf, que apenas concorda com a cabeça, ela já tinha entendido a nossa situação, até tinha mentido para o dono do restaurante que estava se recuperando de uma queda. Ainda tinha a questão dela ir para esse maldito restaurante trabalhar, tinha que resolver isso com ela, mas não agora, iria esperar ela se recuperar primeiro.

Chegamos na mansão e somos recepcionados por Cenger, que me informa que a irmã da cunhada havia chegado de Londres e estava me aguardando para conversarmos. Apenas concordo com a cabeça, não estava no clima de ter que aturar aquela mulher, eu já a conhecia desde menina, duvido que tinha mudado muito o seu comportamento, ela era insuportável, quando a cunhada disse que ela tinha interesse em estudar em outro país, eu mais do que depressa me ofereci para pagar seus estudos, pagaria o que fosse preciso para me ver longe dela.

Yusuf apareceu com Adalet e quando viu a sua tia correu e se jogou em seus braços: - "Tia, onde você estava? Fiquei com medo da senhora ter ido embora como minha mãe foi". Ela o abraçou e vi uma lágrima descer pelo seu rosto.  Aquilo me fez engolir em seco, por pouco Yusuf perdeu sua tia também. Olho para ela e peço para ir até o escritório, tinha que ter uma conversa muito séria com ela, não poderia ser adiada.  

Seher

Quando entro no escritório, vejo Yaman com olhar sério mas não tinha mais a aquele ódio como tinha no inicio de quando nos conhecemos, ele pede para eu me sentar no sofá e se senta ao meu lado. 

Y: - O que vou te dizer é muito importante e preciso que você preste muita atenção e siga as minhas ordens. Acima de tudo prezo a segurança e o bem estar da minha família, e como a atitude de outros podem afetá-los. Pelo bem de Yusuf, por que não quero que ele  tenha a tristeza de perder mais alguém  que ele ama, você só sairá dessa casa se for realmente necessário e se sair será acompanhada por seguranças. Você viu o que aconteceu ontem, tenho muitos inimigos que fariam de tudo para me ferir e eles não vão medir esforços para isso.

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