↑CONCLUÍDA≈
A lenda dizia que um dia um ser nascido do pecado foi jogado em uma ilha deserta e sem saída. Preso e condenado a passar toda a eternidade lá. Impossibilitado de sair e inocente o suficiente de que lhe foi condenado, passou dias e anos v...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— omma, eu quero leite — Jinhyun pediu, esfregando sua cabeça na barriga nua do ômega.
— amor, já conversamos sobre isso..... — suspirou — não posso te dar mais esse leite, você já está grandinho.
— m-mas.... — um biquinho se formou em seus lábios — não gosto do da vaquinha.....
— você já falou isso aos sete ventos — riu — além do mais nem eu tenho mais leite.
— faz outro irmãozinho pra mim.... — o que ele falou fez o loirinho arregalar os olhos — papai disse que você só vai conseguir ter leite se fizerem um neném de novo.
— jungkook.... — olhou irritado para o alfa, que se fez de sonso e continuou a fazer a sopa.
— você vai fazer?
— por enquanto não, amor. Quem sabe futuramente — beijou sua testa.
— taboum...
— coisa linda — alisou as escamas que nasciam aos pouquinhos em sua bochechas gordinhas.
— papai, quando vou ver mais pessoas como eu?
— por que quer saber, Jinhyun?
— é que sinto-me sozinho, é como se eu precisasse conversar com outro alguém além dos animais, eu quero poder ter um a-amigo...
— não podemos sair dessa ilha, pequeno — Jeon se aproximou — seu omma e você são completamente diferentes do que as pessoas estão acostumados, machucariam vocês sem pensar duas vezes.
— como pode saber disso?
— eu vim de lá...
— ah, tudo bem. Vou sair um pouco, volto antes do almoço — correu para fora de casa.
— será que ele está triste com a gente?
— não se preocupe muito, ele vai entender — o Jeon abraçou o ômega pela cintura.
Já o pequeno alfa corria para a beirada do lago, estava tão curioso e queria tanto saber como era lá fora, será que as pessoas eram tão ruins como seus pais diziam?
Sentado em uma pedra na beira do lago se deixou descansar, e sem perceber algo o observava com olhinhos curiosos.
Seus olhos esmeralda avistaram um garotinho com apenas os olhinhos fora d'água, cabelos com mexas azul escuro e claro.
Jinhyun olhou aquilo com desdém, e assim que colocou os pés na água o menininho assustado afundou.
— ei! — enfiou a cabeça na água, logo se assustando ao dar de cara com o menino.
— oi.... — o garotinho finalmente disse alguma coisa.
— o que é você?
— um tritão....
—a-ah.
— você tá triste?
— não — desviou olhar.
— tá sim, não minta — o de cabelo azul pulou para fora da água com dificuldade, sentando na pedra logo em seguida, mostrando a enorme calda de peixe que cobria suas pernas.
— é só que eu queria saber como é fora dessa ilha, ver com meus próprios olhos as pessoas como eu.
— lá realmente tem muitas pessoas.
— você já foi?!!
— muitas vezes — riu.
— e como são?!
— quer que eu te mostre? — perguntou sorridente.
— não posso sair daqui, meus pais vão ficar preocupados.
— vou te roubar por pouco tempo, prometo te entregar em segurança e antes do almoço — estendeu a mão.
— mesmo?
— claro, vou te mostrar como as pessoas são, afunde comigo.... — pulou novamente na água, puxando Jinhyun pela cintura, deixando o coitado morrendo de vergonha, mesmo sem saber o porquê.
— tudo bem, leve-me.
Talvez fosse cedo demais para saber, mas uma coisa é certa. Ele não precisaria conhecer mais ninguém do que o pequeno tritão de sua idade ao seu lado.
Uma pequena flor da amizade desabrocha, e dela nasce...
