SEM REVISÃOOlá meus amores, olha só eu aparecendo justo hoje no Dia do Amigo!!!
E não é coincidência não, eu vim agradecer a todos(as) amigos(as) que a leitura me trouxe.
Agradecer às Pérolas do grupo do Whatsapp, pelo carinho, pelo apoio, pelo incentivo, por prestigiarem o meu trabalho. Eu amo vocês, minhas Pérolas Negras.
E que tal ficarmos por dentro de mais um pouquinho da vida do Petrus?!
A música escolhida mostra um pouco da luta interna que o Petrus trava, vale a pena ouvir!
Então sem mais delongas, bora para mais um capítulo!!!
Às 05:00hs da manhã termino de colocar o meu tênis de corrida e saio para a minha corrida matinal, a batida pesada no fone de ouvido dita as minhas passadas e fazem não só meus músculos mas meu cérebro despertar. A cidade está começando a acordar, aproveito o silêncio e as poucas pessoas nas ruas para gastar a energia e pensar em tudo o que tenho para fazer ao longo do dia.
Na volta para casa após correr 3 km, passo na padaria e compro o pão de leite que a Ana tanto gosta, a atendente e a caixa quase babam quando entro e acho muito engraçado a reação das mulheres na minha presença.Não sou cego, sei que sou um homem bonito. Meus 1,85, olhos azuis, pele morena e músculos definidos chamam atenção por onde passo. Não sou do tipo que passa horas em frente do espelho ou na academia mas faço questão de ter uma alimentação saudável, malho por uma questão de saúde também, não pego peso em academia por conta das dores crônicas na coluna, herança daquele passado infernal. Meus exercícios são aeróbicos e fiz artes marciais por causa da mobilidade e por questão de sobrevivência e é por esse motivo que tenho os músculos definidos mas sem ser marombado.
Pego a minha encomenda e vou até o caixa pagar e acho que ambas tiveram um orgasmo só com a piscadela que dei para elas ao sair da padaria.
Chego em casa e deixo o pão na cozinha e vou tomar um banho, ao chegar ao meu quarto vejo que Ana já arrumou a cama e deixou meu minha pasta em cima do criado mudo. Essa mulher não existe e não descansa nunca.
De banho tomado e com um terno de três peças azul petróleo com uma camisa azul claro e uma gravata vermelha, desço para tomar o café da manhã.
- Meu menino impecável como sempre. A mulherada suspira ao te ver passar. - Ana me fala e deposita um beijo na minha testa quando coloca o café na minha xícara.
- Você é suspeita para falar, Ana. - beijo a sua bochecha. - E o que foi que eu já te disse sobre acordar cedo e arrumar minha cama hein?! - já perdi as contas de quantas vezes falei para ela que já passou da hora dela descansar.
- E deixar essas meninas ficarem fantasiando com você, como a última fez cheirando suas cuecas?! Não, meu menino. Não mesmo! O seu quarto é de minha inteira responsabilidade e somente a mulher que ganhar seu coração é que reinará naquele espaço, até lá eu continuarei a arrumar e organizar suas coisas. - ela diz de maneira firme porém com carinho.
E tenho a plena certeza que ela fará isso mesmo que eu diga que não. Apenas a parte da mulher que reinará lá dentro é que será difícil pois tá para nascer a coitada que chegará tão perto ao ponto de conhecer o meu quarto. Nunca trouxe uma mulher para a minha casa, transo com elas nos quartos que mantenho nos clubes ou nos hotéis que sou cliente.
Ao terminar o café da manhã me dirijo para o escritório, hoje o dia será longo. Já à caminho, meu telefone toca e aciono o Bluetooth e a voz de Monta preenche o carro.
- Chefe, preciso que compareça com urgência na Gaiola. Temos um problema e tenho certeza de que você não vai gostar nem um pouco. - imagino que seja algo muito sério mesmo para que a minha presença na Gaiola tenha sido solicitada.
- Mais que merda aconteceu agora, Montanaro?! - ele já sabe que estou furioso pois usei seu nome inteiro.
- Petrus, se eu falar por telefone só irei piorar o seu humor e preciso da sua raiva concentrada para quando você chegar aqui. - esse cara me conhece como poucos e se preciso descarregar a minha raiva é porque o negócio é feio.
- Ok, Monta. Já estou à caminho daí. - finalizo a ligação e já inicio outra para Juliana, minha secretária mandando que cancele a minha agenda de hoje e remarque os meus compromissos, afinal não faço a menor ideia de quando ou como sairei da Gaiola.
Dou meia volta e vou para a Gaiola, ou melhor o galpão onde levamos a escória que cruza o nosso caminho.
O galpão é bem afastado numa área industrial abandonada, não tem moradias por perto e para se chegar lá é preciso percorrer mais de 50 minutos além dos limites da cidade.
Assim que reconhecem meu carro, o portão é aberto e aceno com a cabeça para o homem na guarita. O caminho de cascalho levanta poeira até eu chegar no portão mais afastado da frente, de longe já avisto os carros de Monta, Danilo e do nosso contato na polícia e a certeza de que algo muito sério está acontecendo aqui se confirma quando entro na Gaiola.
A cena à minha frente prende a minha atenção e a raiva vem em uma velocidade alucinante. No meio da Gaiola, sentado e amarrado está um rosto que não vejo desde a adolescência mas que fiz questão de saber por onde andava e o que andava aprontando pela vida.
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Petrus
RomancePetrus é um homem que não conhece o amor. Nasceu de um relacionamento conturbado, passou por poucas e boas na infância e adolescência. Já um homem feito, tem que voltar ao lugar onde viveu seu inferno particular e que ganhou o seu apelido: Diabo, p...