Capítulo 16

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SEM REVISÃO

Olá meus amores, um ótimo domingo para todas vocês.

Estou sumidinha por problemas pessoais mas estou tentando conciliar tudinho.

Obrigada pela paciência em esperar pelos capítulos.

Agora sem mais delongas, bora saber o que anda acontecendo com essa turma.



Alícia


Confesso que ouvir outro homem, que não o Henrique, chamar a Natasha de "ruivinha" me causou certo desconforto. Não sei se o tal Petrus sabia do apelido ou se foi simples coincidência, o fato que travei na hora. Também não sei se a Nat se deu conta ao ouvir ou se minha menina estava tão saltitante na cama que nem percebeu, minha dúvida é elucidada logo que ela se senta à mesa.

- Mamãe, você viu que o tio Petrus me chamou de ruivinha igual ao papai me chamava? - sua fala é triste e seus olhos estão marejados. Meu coração aperta.

- Ouvi sim, filha mas se te causou desconforto, estranheza ou te deixou triste é só me falar que peço para o senhor Petrus não te chamar mais assim. - dou um beijinho na sua bochecha enquanto sirvo seu achocolatado.

- Deu uma dorzinha aqui no meu peito, - ela coloca a mãozinha em cima do coração - eu lembrei do papai. A vovó disse que é normal essa dorzinha, que o nome disso é saudade. Eu sinto saudade do papai, ele faz muita falta mamãe. - enxugo as lágrimas que teimam em rolar no meu rosto. Eu preciso ser forte pela minha menina.

- Eu também sinto falta dele filha e também sinto essa dorzinha no peito mas aí eu me lembro que ele deixou um pedacinho dele aqui comigo, que tem o mesmo sorriso então eu respiro fundo e faço uma oração para o Papai do Céu pedindo forças para seguir cuidando de você enquanto o papai está lá em cima nos protegendo. - faço carinho no seu nariz com o meu, assim como Rique fazia nela. Ela sorri mas continua triste.

- O papai fazia isso em mim. Você pode fazer mais vezes, eu gosto?

- Claro meu amor, sempre que estivermos juntas. Esse vai ser o nosso código secreto, topa?

- Topo mamãe! Eba, temos um código secreto. - e a minha menina serelepe está de volta e eu sorrio igual boba para Nat.

- Eu te amo demais minha filha, daqui até o infinito.

- Eu te amo mais mamãe!!! - meu coração bate acelerado ao ouvir isso. - E mamãe, eu não me importo se o tio Petrus me chamar de ruivinha novamente. Foi estranho mas foi bom, acho que posso me acostumar com ele me chamando assim. Você acha que o papai vai ficar chateado comigo por isso?

- Claro que não meu amor. Seu pai jamais ficaria chateado com você. - aperto sua bochecha.

- Uma vez ele ficou sim mas pediu pra eu não te contar nada. - isso é novidade para mim.

- É mesmo, e foi porquê?

- Mamãe! Esqueceu que eu disse que o papai pediu para não te contar?

- Mais agora seu pai está no céu e você pode contar para a mamãe. Ele não vai brigar com você. - tento descobrir porque Rique ficou chateado com a Nat.

- Não posso não mamãe, você mesmo disse uma vez que não podemos quebrar uma promessa. - tem horas que gostaria que minha filha fosse desobediente.

- Tá certo meu amor, eu falei mesmo mas gostaria muito de saber porque seu pai ficou chateado com você. Será que foi porque você comeu doce antes do almoço? Ou porquê você não riu quando ele fez assim com você?! - começo a fazer cócegas nela que se desmancha de tanto rir.

- Por favor mamãe, para. - ela continua rindo. - Mamãe, eu vou fazer xixi de tanto rir, igual aquela vez.... - ela para de falar olhando para a porta da cozinha.

- Bom dia novamente, interrompo alguma coisa? - o tal Petrus está parado na porta, de bermuda cargo, camiseta e tênis, fecho a cara assim que ele me olha.

- Bom dia, não interrompe nada não, já estávamos de saída. Vem filha, vamos trocar de roupa se não você vai se atrasar para a escola.

- Poxa mamãe eu queria tomar café com o tio Petrus.

PetrusOnde histórias criam vida. Descubra agora