Petrus é um homem que não conhece o amor. Nasceu de um relacionamento conturbado, passou por poucas e boas na infância e adolescência.
Já um homem feito, tem que voltar ao lugar onde viveu seu inferno particular e que ganhou o seu apelido: Diabo, p...
Olá meus amores, estou muito feliz por todos os comentários. Vocês são demais!!!
Que tal conhecermos melhor nosso Petrus, esse homem tão instigante?!
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"Eu quero esconder a verdade Eu quero proteger você Mas com a fera dentro Não há onde nos escondermos"
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"Quando você sentir o meu calor Olhe nos meus olhos É onde meus demônios se escondem" ....... "Não quero decepcionar você Mas estou destinado ao inferno Embora tudo isso seja tudo para você Não quero esconder a verdade"
"Demons - Imagine Dragons"
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A luz do sol entra pela fresta da cortina, é somente um feixe de luz mas o suficiente para me deixar em alerta.
Durmo e acordo em total escuridão assim como a minha alma e se tem claridade no quarto significa que não estou sozinho.
Com movimentos lentos e fingindo ainda estar dormindo alcanço a minha pistola 9mm embaixo do travesseiro e num movimento rápido acendo o abajur e levanto da cama ao mesmo tempo com a arma em punho.
- Aiiii, não me mata cara, eu.... eu só ia pegar um dinheiro para pagar o táxi. – a mulher com roupa extravagante grita aterrorizada e com as mãos para o alto enquanto a outra mulher com maquiagem borrada, deitada na cama se mexe mas sem nem acordar.
A noite anterior volta a minha mente e tenho uma vaga lembrança de ter pego essas duas mulheres na pista de dança do The Devill, um dos meus clubes noturnos e de as ter trazido para a suíte que tenho no último andar. Faço uma nota mental sobre verificar a qualidade da bebida servida ontem.
Não guardo nomes nem telefones das mulheres que faço sexo, não quero me relacionar com elas. E nunca, eu disse nunca trepo com a mesma mulher porque as fisionomias eu guardo como uma espécie de arquivos de imagens na minha memória, isso me afasta de problemas e dessa coisa de dar esperança à elas.
O combinado não sai caro: Eu quero sexo tanto quanto elas, nada de telefones trocados, nada de nomes, jamais na minha casa, eu dou e recebo prazer. Simples assim!
Nunca soube o que é amar ou ser amado, o máximo de afeto que consegui foi da prostituta que tirou minha virgindade aos 12 anos, a mando do doador de esperma que alguns chamam de meu pai.
Virgínia, na época uma jovem de 19 anos, devia uma grana para Gutierrez e para pagar sua dívida foi obrigada por ele me iniciar nos prazeres do sexo.
Ela foi muito carinhosa comigo mesmo estando morrendo de raiva de Gutierrez, viu que ambos éramos vítima dele assim como tantas outras pessoas que cruzaram o meu caminho desde então.
É assim que ele age, usando pessoas como moeda de troca. Eu e Virgínia nos tornamos amigos e confidentes, ela é a única mulher que frequenta a minha vida e a minha casa.
Sou o cruzamento de uma prostituta e de um traficante e desde a morte por overdose da receptora de esperma que fui obrigado a morar com ele. Não que com ela fosse diferente, ela também nunca me tratou como filho mas também nunca me obrigou a me prostituir já com Gutierrez foi muito pior.
Aos 10 anos me tornei seu aviãozinho e por ser criança passava desapercebido pelas batidas policiais.
Aos 11 me ensinaram a atirar, montar e desmontar rapidamente qualquer tipo de arma, aprendi os nomes e qual a melhor arma para qualquer situação.
Aos 12 fui iniciado na vida sexual e aprendi a usar o sexo somente como troca de favores, o sexo para mim é tão banal como o feijão com arroz, nunca vi as mulheres como objetos, nunca as tratei com descaso ou tão pouco desprezo como via os homens que cercavam Gutierrez ou até ele mesmo fazer porém fui treinado a não me envolver e nem confiar em ninguém e desde então sempre tenho o pé atrás em relação a demonstração de afeto, amizade ou amor.
Fui moldado para ser o substituto de Gutierrez na linha de sucessão da facção que ele comandava, ele não me tratava como filho, estava mais para o seu soldado mais próximo mas para todos os seus comparsas, clientes, devedores e inimigos, eu era o filhinho do papai e futuro chefe do tráfico .
E aos 15 anos já era temido por uns e odiado por todos, e foi quando tudo na minha vida começou a mudar, à princípio para pior pois fui preso em flagrante num assalto e fiquei cumprindo 3 anos de medida socioeducativa, depois tudo tomou outro rumo pois quando saí da instituição sumi no mundo, fugindo do meu passado obscuro, dos comparsas e dos assassinos de Gutierrez, começando uma nova vida mas sempre de olho no que deixei para trás e como Virgínia costuma dizer: “Durmo com um olho no peixe e outro no gato.”
A voz chorosa da mulher a minha frente me trás de volta ao presente.
- Pega suas coisas e dá o fora daqui. Isso serve para você também. – sacudo a loira nua dormindo alheia ao que está acontecendo.
- Hummm, o que foi gostosão? Volta pra cama vem, já estou cheia de tesão novamente. – a loira fala manhosa e se tocando enquanto a morena se treme toda na mira da minha pistola.
Danilo entra tomando um café e ao ver a cena saca a sua arma e também aponta para a morena.
- Mais que caralho está acontecendo aqui? E porra Petrus, coloca a cueca pelo menos. Não sou obrigado a te ver pelado pelo menos umas três vezes por semana. – ele guarda a arma quando percebe que não estou em perigo.
- O... O...Olha só cara, me deixa ir embora. Eu juro que não peguei nada. Po...Pode me revistar, eu.... eu só queria o dinheiro do táxi. – a morena está tão nervosa que bate os dentes de tanto que treme.
Olho para a morena com um olhar mortal, apanho minha carteira no criado mudo e jogo umas notas de cem reais para ela, faço o mesmo com a loira e nem me dou ao trabalho de pegar minha roupa e ir para o banheiro, não vejo a hora de tomar um banho e tirar esse cheiro de sexo barato que parece entranhado no meu corpo.
Quando volto não vejo mais nem a sombra das mulheres.
- Petrus, acabaram de me ligar do The Heaven, aconteceu uma coisa muito séria por lá e nossa presença é de suma importância. – Danilo fala com um ar sombrio sem deixar margem para que eu pense que é mais uma de suas brincadeiras sem graça.
- O que de tão ruim pode ter acontecido para que minha presença seja primordial? Tenho sócios para isso, para resolverem os problemas quando eu estou longe. – rebato enquanto termino de colocar o terno e dou um gole no café, forte e sem açúcar, do jeito que eu gosto.
- Um assassinato! Alguém foi morto próximo ao The Heaven e a polícia está solicitando as imagens das câmeras de segurança. Já falei com o nosso pessoal mais é sempre você que dá a última palavra. – Danilo que é o meu braço direito e um dos poucos amigos que me permiti ter pois me conheceu no inferno , é a única pessoa em que confio a minha vida , fala já se levantando e ligando para alguém.
- Que merda! Vamos logo para Nova Calamária resolver esse problema o quanto antes! – digo irritado por ter que voltar a minha cidade natal e onde o meu inferno começou.
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Curiosa estou para saber tudinho o que estão achando (rsrsrs)?!
Será que já tem alguma teoria formada sobre Petrus?