Petrus é um homem que não conhece o amor. Nasceu de um relacionamento conturbado, passou por poucas e boas na infância e adolescência.
Já um homem feito, tem que voltar ao lugar onde viveu seu inferno particular e que ganhou o seu apelido: Diabo, p...
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Alícia
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Uma semana.
A eternidade de uma semana.
Sete dias de agonia e tristeza profunda.
Sete dias, esse foi o tempo que levou desde a hora em que recebi a ligação avisando que precisaria comparecer urgente na delegacia até agora, quando finalmente o corpo do Henrique tinha sido liberado, estar sem documentos atrasou tudo.
A última vez que nos falamos fica ecoando na minha cabeça:
“Me perdoa, Alícia. Eu te amo e amo mais ainda a nossa ruivinha. Me perdoa”.
Antes que eu pudesse perguntar o que estava acontecendo, a ligação caiu e durante dias fiquei desesperada atrás de notícias do meu marido. Fui à delegacia, nos hospitais, até mesmo no necrotério e nada, nenhum sinal do meu marido.
Quando enfim tive alguma notícia, meu mundo desabou.
ASSASSINADO. Meu marido havia sido assassinado.
Meu peito dói, está despedaçado. Como falar para minha Natasha, explicar que seu pai morreu.
A notícia está em todas as emissoras de TV além da internet. Natasha só tem seis anos mas é tão inteligente e tão conectada que tirei tudo do seu alcance para que ela não fique sabendo por outras pessoas que não seja eu, sua mãe.
E foi a conversa mais difícil que tive com a minha princesinha.
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