Capítulo 09

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SEM REVISÃO

Oi meus amores, voltei depois de uns dias conturbados devido à problemas pessoais.

Mais tudo tem um porquê e nós não sabemos o que nos espera mais a frente. E como todo bambu, eu envergo mas não me quebro.

Agora sem mais delongas, vamos de capítulo?!

Espero que não tenham se esquecido de  Petrus!

Mal meu dia começa e já tenho uma vídeo conferência com meus sócios, não quero e não posso sair de Nova Calamária tão cedo

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Mal meu dia começa e já tenho uma vídeo conferência com meus sócios, não quero e não posso sair de Nova Calamária tão cedo.
 
Sei o quanto eles confiam em mim já que o dinheiro está sempre entrando em suas contas mas gosto da transparência nos negócios e  por isso estamos sempre nos reunindo, eles injetam o capital mas todo o sou eu quem resolvo afinal a cara que está a frente dos negócios é a minha.
 
E quando estamos quase finalizando a reunião, um furacão em forma de mulher adentra minha sala seguida de uma esbaforida Juliana.
 
- Senhor Petrus mil desculpas, falei que estava ocupado mas não consegui impedi-la.
 
— Tudo bem Juliana, sem problemas. O assunto deve ser muito importante, para essa senhora irromper minha sala desse jeito. – falo olhando diretamente para um par de olhos azuis me fuzilando.

— Senhores, como puderam presenciar nossa reunião foi interrompida tempestivamente. Acredito que tudo já tenha sido dito e que terminamos por hora. A Juliana ou o Danilo estarão a disposição de vocês para qualquer esclarecimento, tenham todos um bom dia. – após todos se despedirem, desligo  a vídeo conferência e volto o olhar para a ruiva com olhares de punhais à minha frente.
 
— Em que posso ajudá-la, Senhora ...? Não me lembro de ter ouvido o seu nome. – ergo a mão para cumprimentá-la mas sou ignorado.
 
— É muita cara de pau mesmo! Você quer me tirar o meu restaurante e a minha casa, tem certeza que não sabe o meu nome? – ela bufa, a raiva é nítida em seu olhar.

— Juliana traga água , café pois a conversa aqui será longa. E desmarque meus compromissos de agora pela manhã. – falo sem tirar os olhos da ruiva.
 
— Por mim não precisa nada disso, pois não pretendo me demorar. Só ficarei o tempo de falar umas verdades para esse assassino e vou sair daqui direto para a delegacia mostrar uma papelada que certamente irá elucidar a morte do meu marido.
 
Juliana fica sem saber o que fazer e eu a dispenso. Se essa ruiva dos infernos quer que seja assim, então seja feita a sua vontade.
 
— Alícia. Seu nome é Alícia, não é? A viúva do cara assassinado depois que saiu do meu clube. – vejo sua respiração se acelerar.
 
— Isso mesmo, a viúva do homem que você matou ou mandou matar. – a empáfia está de volta.
 
— Veja bem senhora, eu não mandei matar e nem matei  ninguém. A documentação da doação dos bens do seu falecido marido, estava em posse de um borra botas qualquer que me devia um dinheiro. Eu simplesmente estou pegando o que é meu, e quanto ao suspeito ou assassino do seu marido,  neste exato momento a polícia o está interrogando.
 
— Ah, muito conveniente isso. Um suspeito aparecer justamente quando eu descubro que metade do meu patrimônio saiu das mãos do meu marido assassinado e foi para as mãos de um desconhecido. E posso saber como o senhor sabe que tem um suspeito “neste exato momento na delegacia”? – a mulher está aos berros.
 
— Em primeiro lugar, eu gostaria muito que a senhora mantivesse a sua voz num tom humanamente educado, meus tímpanos agradecem. Em segundo lugar, seu advogado deve ter lhe dito que o único que está perdendo algo neste acordo, sou eu. E não é pouco, posso lhe garantir. Em terceiro lugar, eu sei sobre o suspeito pois quero tanto quanto a senhora elucidar esse crime. E por último mas não menos importante, vou tomar o seu rompante e destempero como uma atitude de uma mulher desesperada, afinal descobrir que o marido não é tão honesto quanto se pensava, deve ser terrível. Que homem de caráter, apostaria o patrimônio numa mesa de poker? – a ruiva tenta me acertar um tapa mas sou mais rápido e seguro sua mão no ar.
 
— Você está mentindo, Henrique jamais apostaria tudo o que temos. Ele deve ter sido coagido a assinar esse documento antes de você o matar. – seu choro dá lugar aos gritos.
 
Jogo sobre a mesa, um dossiê que mandei Montanaro fazer. Nele consta cada lugar que o falecido jogava e cada dívida que ele deixou e que eu quitei. O restaurante e a casa já não pertencia à eles há muito tempo.
 
A ruiva lê cada palavra mas parece não acreditar, a verdade a engole ou melhor uma parte da verdade. Neste momento, ela ainda não está preparada para saber de tudo.
 
— Isso aqui é uma grande mentira. Henrique nunca faria uma coisa dessas. – seu choro é compulsivo.
 
Dou a volta na mesa e me sirvo de um whisky e de costas para ela resolvo acabar de vez com esse assunto.
 
— Como a senhora pode ver, estou sendo muito generoso em nosso acordo. Outro, em meu lugar, já teria tomado posse de tudo e  posto a senhora e sua filha na rua. Eu pelo contrário, estou lhe dando uma escolha.
 
— Por generoso, você quer dizer me tornar sua empregada isso sim. – ela cospe as palavras.
 
— Na verdade, seria uma sociedade onde eu estou injetando capital e correndo risco de ficar sem nada no final.
 
— Uma sociedade onde eu tenho que me sujeitar a você. O restaurante sempre foi um sonho meu, eu batalhei para torná-lo  realidade e agora você o quer de mão beijada. Eu não terei poder de decisão, tudo terá que passar por você primeiro. – a ruiva está indignada.
 
— Bom, foi o seu marido que te colocou nesta situação. Sinto muito por seu sonho mas ele foi construído em areia movediça e agora está desmoronando. Estou te dando a mão para te reerguer, cabe a você vir à tona ou se afundar de vez. De um jeito ou de outro no final eu não sairei de mãos vazias. – dou uma golada no líquido âmbar que tanto gosto.
 
— Sinto que assinando esse acordo, estou vendendo a minha alma ao diabo mas se você está pensando que aceitarei sem lutar, pode tirar seu cavalinho da chuva porque eu vou fazer da sua vida um inferno. Acharei uma brecha legalmente para desqualificar esse acordo.  Diga ao seu advogado que ele receberá os documentos assinados mas fique você sabendo que serei seu pior pesadelo. – seus lábios tremem de raiva.
 
— Ah, Alícia pode ter certeza de que você está vendendo a sua alma mas pense pelo lado positivo: você continua com o restaurante. E quanto a fazer da minha vida um inferno, é bom que você saiba que sou eu quem domina esse território também. E ser o meu pior pesadelo será o menor dos seus problemas. Você pode sim entrar na justiça mas até tudo se resolver o restaurante ficará fechado. Será que no final, ele estará valendo alguma coisa que não seja um saco de batatas? – duelamos somente com olhares.
 
Quando ela está prestes a se levantar eu coloco a cereja do bolo.
 
— A partir de segunda-feira, você terá 18 meses para me provar que o meu investimento no restaurante valeu a  pena.  Eu não costumo jogar dinheiro fora senhora Alícia, então como metade da sua casa também me pertence durante esse período eu me mudarei para lá e acompanharei tudo de perto. Como diz o ditado: “É o olho do dono, que engorda o gado”. – a ruiva me olha como se eu tivesse duas cabeças e  internamente me divirto com a situação.
 
— Você só pode estar de sacanagem. Uma ova que você vai morar na minha casa. Brincadeira mais sem graça.  – ela se levanta e começa a andar de um lado para o outro.
 
— Eu não sou dado a brincadeiras senhora Alícia, lhe darei esses dias para que possa arrumar da melhor maneira possível a casa para me receber. A Juliana irá entrar em contato para lhe informar o que eu gosto que tenha na geladeira e o meu cardápio.  Na segunda-feira pela manhã, meus itens  pessoais estarão chegando lá e alguém irá arrumar então por favor esteja em casa e os receba. Na segunda o clube não abre, o que significa que estarei em casa mais cedo, será uma ótima oportunidade para que possamos conversar e a senhora me mostrar tudo em relação ao restaurante. – Alícia respira ruidosamente.
 
— Mais alguma coisa patrão? Ou melhor, Ser Supremo da Escuridão, Senhor das Trevas, Lorde das Profundezas, Criatura Demoníaca, já que vendi minha alma para o diabo como devo lhe chamar Óh, Grande Mestre?
 
— Apenas Petrus,  Alícia. Me chame apenas de Petrus mas me respeite e teremos uma convivência pacífica, caso contrário você conhecerá uma face que não irá gostar. – dou um sorriso de lado e a desafio com o olhar.
 
— Fique você sabendo Petrus, que qualquer face que me mostre eu não irei gostar. E já que não você não está me dando opção e serei obrigada a conviver com você, te mostrarei um lado meu que nem eu mesmo conhecia. – ela se levanta e sai batendo a porta com um estrondo.
 
É serão 18 meses bem divertidos!
 

  É serão 18 meses bem divertidos! 

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Eita que Alícia está possessa e com razão né?!

Façam suas apostas, quem vencerá este embate?!

Essa semana eu posto mais algum capítulo já que esse foi curtinho. Até lá e fiquem bem meus amores!!!

PetrusOnde histórias criam vida. Descubra agora