Petrus é um homem que não conhece o amor. Nasceu de um relacionamento conturbado, passou por poucas e boas na infância e adolescência.
Já um homem feito, tem que voltar ao lugar onde viveu seu inferno particular e que ganhou o seu apelido: Diabo, p...
Olá Pérolas lindas do meu coração, saudades do Petrus e sua turma?
Então vamos saber como anda esse pessoal?
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Uma Alícia muito possessa me olha, esperando a resposta para sua pergunta e sinceramente acho que ela não vai entender o meu ponto de vista então como um bom lutador ao invés de me defender parto para o ataque sem responder seu questionamento.
— Depois de tudo o que te contei achei que você seria mais prudente Alícia mas não, na primeira oportunidade você se coloca em perigo vindo pra parte mais perigosa da cidade e na companhia desse cabeludo e desse outro que nem dá pra ver a cara. – falo mais exaltado do que gostaria e o cara do capuz começa a se balançar para frente e pra trás e o cozinheiro cabeludo começa a falar algo bem baixinho perto do ouvido do cara.
— Viu o que você fez seu ogro? Olha só o estado do irmão do Nick. – Alícia se afasta e vai falar com o cara de capuz.
— Ei, André tá tudo bem. Foi só um mal entendido, já passou. – Alícia fala com o cara como se ele fosse uma criança.
— Eu não gosto de gritos e ele tava aos gritos. Eu não gosto de gritos e ele tava aos gritos. – o cara continua se balançando.
O cozinheiro cabeludo sai de perto deles e vem na minha direção igual à um touro bravo.
— Olha só Petrus, há uns anos atrás eu já estaria te socando até quebrar os meus dedos só por você ter feito o meu irmão se descontrolar. Mais hoje em dia eu aprendi que violência não me leva a lugar nenhum e ainda deixa o André mais nervoso. – ele fala a poucos centímetros de mim e ficamos nos encarando como se nossas vidas dependesse disso.
— Eu só estava tentando proteger a Alícia, ela sabe muito bem dos riscos que está correndo. – me aproximo mais ainda dele quase encostando nossas testas.
— Eu sei muito bem dos riscos mas jamais colocaria a vida dela ou da Nat em perigo. Alícia é uma grande amiga que chegou na minha vida num momento crítico e logo de cara entendeu o meu irmão. Sem julgamentos, sem críticas ou medo de lidar com ele e sua doença. Ela, aquela mulher ali, forte e guerreira pra cacete, foi a única pessoa que meu irmão deixou entrar no seu mundo. – ele fala enquanto olha pra Alícia sorrindo pro irmão.
— Imagino o quanto devem ser íntimos mesmo, para ela confiar num cara que até onde sei, chegou a tão pouco tempo na sua vida. Mais eu não sou tão ingênuo e vou descobrir tudo a seu respeito, desde o seu nascimento até os dias atuais. – falo com desdém.
— Pois pode fuçar tudo, eu não tenho nada a esconder mas vou poupar seu trabalho ou melhor vou te dar uma ideia por onde começar. Por incrível que pareça eu sou o irmão mais novo do André e não ao contrário, minha mãe morreu quando ainda era pequeno fazendo justamente o que eu e meu irmão fazemos agora e que Alícia se juntou a nós há pouco tempo. Minha mãe foi assassinada aqui quando servia comida para esses sem tetos, minha avó depois de muito sofrer seguiu fazendo o que a filha mais amava: caridade. E todos os dias vinha alimentar essas pessoas e possivelmente o assassino da minha mãe já que ele nunca foi descoberto. Aos finais de semana, ela trazia eu e André. Já o meu pai, foi embora logo depois do enterro alegando não ter condições de lidar com um filho defeituoso e uma criança que só sabia chorar.