Petrus é um homem que não conhece o amor. Nasceu de um relacionamento conturbado, passou por poucas e boas na infância e adolescência.
Já um homem feito, tem que voltar ao lugar onde viveu seu inferno particular e que ganhou o seu apelido: Diabo, p...
Sabadão chegou e trouxe mais um capítulo do nosso lindão do Petrus.
Vamos ver o que essa turma anda aprontando?
Bora de capítulo!
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Até que estou me divertindo com essa situação toda, vou aproveitar e pedir que Alícia me apresente aos funcionários do restaurante afinal eles ainda não conhecem seu novo patrão.
— Eu posso saber o que o senhor está fazendo aqui na cozinha do meu restaurante?! – ela fala entredentes quando me aproximo.
— Em primeiro lugar, boa noite Alícia. Eu não viria aqui na cozinha mas a sua ou melhor, nossa funcionária me tratou tão mal lá no salão que não tive outra saída senão jantar no melhor local do lugar. E aproveitando que já estou aqui gostaria de conhecer o restante dos meus outros funcionários. Você faz as honras ou eu mesmo me apresento? – a fúria em seu olhar é palpável.
Como não vejo nenhuma reação da sua parte, chego mais para perto de onde a mágica da cozinha acontece e antes que abra a boca a viúva o faz.
— Então meus amigos, como vocês já devem ter ouvido os boatos que circulam por aí e entre as panelas aqui, o nosso amado Miklos está passando por mudanças e uma delas é a chegada do senhor Petrus. Ele está dividindo a direção do restaurante comigo por um tempo. Tempo esse que espero que passe bem rápido. – todos os funcionários riem e vejo que a viúva tem senso de humor.
— Boa noite à todos, como a Alícia bem falou, eu sou Petrus e a partir de agora também tenho poder de decisão aqui no restaurante. Hoje um infeliz incidente aconteceu, a senhorita Gorete parece que não estava ciente das mudanças e teve para comigo e meus convidados, um tratamento que a meu ver peca em qualidade e excelência. Então a partir de hoje, quero que todos estejam cientes de que esse tipo de situação não será mais tolerada, eu espero que todos vocês me tratem com o devido respeito pois eu nada fiz à qualquer um que se encontra neste recinto. Sou dono juntamente com outros sócios, de uma rede de clubes noturnos, então de negócios eu entendo e quero levar o Miklos a um outro patamar, quero ver o restaurante prosperando mas se os desafetos de cada um neste recinto for tratado como fui hoje juntamente com os meus convidados, em pouco tempo o restaurante não passará de um boteco de quinta categoria. Uma crítica positiva alcança em média de cinco a dez pessoas mas uma crítica negativa atinge em torno de vinte e corre como rastilho de pólvora causando danos irreparáveis na reputação do local. E como eu sei disso? Porque tenho vários clubes e no que me era mais rentável, agora correm boatos de que esteja ligado à um crime e com isso o movimento caiu visivelmente. – ao mencionar o crime pude ver que muitos funcionários realmente acreditam que seu patrão foi morto no meu clube, percebi em seus olhos desde ódio, passando por lamentos, alívio e alguns sentimentos que não pude identificar de imediato.
Vou de encontro a cada funcionário fazendo questão de saber o nome e o que faz no restaurante.
— Eu sou Nicholas, o novo chef de cozinha. Fui contratado há pouco tempo e junto com a Alícia divido a cozinha e criação de alguns pratos. – aperto a mão dele, um aperto firme. É do tipo que não desvia o olhar para falar.