Medidas extremas

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Flashback on

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Manhattan NY - 14 de setembro de 2020 ( 3 dias atrás )

- Você é uma coisa tão desnecessária sabia? - Cuspia cada palavra com satisfação, na cara da garotinha. - Sua mãe deveria ter te deixado com qualquer um antes de vim para cá, ninguém te quer aqui, entendeu? Ninguém.

- Sabe, seria fácil me livrar de você, mas isso me causaria muitos problemas, como das outras vezes. Todas as mulheres com quem me relacionei tinham filhos. E por Deus, Eu odeio crianças! Tentei me livrar de todas elas, uma por uma, mas não deu certo. Com você, eu não pretendo falhar, basta me irritar só mais um pouco e você vai ver o que te acontece. Já te falei que teu lugar é no lixo, não sei o que ainda faz aqui, acho que nem sua mãe se importaria de você sumisse, assim oh puf num passe de mágica.

1 hora depois.....

Com o bloquinho de anotação em mãos, a pequena escreveu algo que nunca havia conseguido expressar em palavras, até porque não tinha amigos, deveras não teria com quem desabafar.

"Nota importante: O que ninguém sábia, é que a pequena anotava tudo o que despertava sua curiosidade como também, as coisas ruins que passava, em um bloquinho de notas, inclusive, contava os dias para que essa situação chegasse ao fim.

Nota do dia: A última coisa que a pequena havia anotado, mudaria toda a sua vida"

"Pela primeira vez desde que cheguei aqui, estou feliz porque finalmente tudo isso vai acabar. Estou feliz também porque aprendi a escrever bem melhor agora, e então posso sair daqui sem me perder. Eu não sei como vou fazer, mas aqui eu não fico mais, então eu decidi sair hoje mesmo. Eu só queria entender o porquê de tudo isso, o idiota do Jimmy eu até entendo não gostar de mim, ele não tem nenhuma obrigação comigo, mas minha mãe? O que será que eu fiz para ela me odiar tanto? Na minha cabecinha de criança eu sempre pensei que toda mãe amasse seus filhos independente do que fizessem, mas, talvez a minha seja diferente das outras, ou eu não seja uma boa filha, afinal de contas ninguém me quer por perto. Andar por ai sem rumo, poder ser melhor do que ficar aqui presa, sem poder comer quando quero, sem poder brincar, sem receber carinho, a única coisa que eu sempre busquei. Sinto falta do papai, lembro de como era tão amoroso e me dava presentes, a única coisa que me restou dele foi esse urso surrado do Olaf, minha mãe nunca me disse o que houve com ele, as vezes eu choro pedindo para ele vir me buscar. Acho melhor eu ir, antes que Jimmy veja, ou minha mãe chegue do trabalho, vou levar você, já que não tenho amigos e você é o único com quem desabafo, ah e o Olaf também, não quero mais ser agredida e morrer aqui sem que ninguém ouça meus gritos de socorro"

Eun-Na se vestiu agasalhando-se como pôde com aquele casaco velho. Em uma pequena mochila colocou o seu inseparável bloquinho e Olaf, em sua doce inocência achava que encontraria por ai, alguém que quisesse simplesmente ficar com ela, com sorte uma mãe de verdade.

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