Quando o olhar ingênuo e amedrontado de uma misteriosa criança, cruza com o protetor e feroz da determinada guarda municipal, Lalisa Manoban, o destino de ambas se entrelaçou de imediato e mudaria drasticamente. Em meio à uma ameaçadora corrida cont...
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15 de outubro de 2018 - Primeiro aniversário de Eun-Na no apartamento novo
A pequena garotinha que agora tinha 4 anos, acordara radiante acreditando que ao menos sua mãe lembraria do seu aniversário, o que não aconteceu. Como todos os dias naquele ano, sua mãe acordava e repetia sua rotina: dividida entre o trabalho e Jimmy, apenas eles tinham sua atenção. Eun-Na não sabia mais o que era um simples gesto de carinho.
Isolada em um pequeno quarto que mal tinha uma cama e um armário velho, ela ficou reclusa o dia inteiro, para evitar contato com Jimmy, que vivia sempre irritado com qualquer ação simples que a menina fazia, até respirar perto dele era motivo para irrita-lo.
Ali, sozinha, ela fingiu que era amada, que tinha um belo bolo de aniversário, e que seu pai estava ali lhe ajudando a soprar as velas imaginárias, enquanto realizava essa fantasiosa brincadeira, desejou que algum dia, alguém viesse lhe ajudar, alguém que desse a ela um pouco de atenção e carinho, em seu pequeno coração ela sentia que esse dia chegaria e tudo mudaria para sempre.
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LALISA
Dormimos por uma tarde inteira, após uma série de pesadelos em que a garotinha gritava e se esperneava.
Eu precisava levantar para fazer algumas coisas e realizar uns telefonemas, mas sempre que fazia movimento para levantar, ela agarrava meu braço, não tive opção a não ser ficar na cama com ela, que só se acalmava quando eu a abraçava.
Resolvi pegar meu celular e gravar algumas coisas que ela dizia enquanto tinha pesadelos, se eu realmente estivesse lidando com um crime, precisaria de provas. Sabendo que essas gravações jamais seriam suficientes, tirei algumas fotos do seu corpo enquanto dormia, bem mais calma.
Haviam cicatrizes novas por toda parte e algumas antigas. Não conseguia imaginar o que aquela criança havia passado, quando fiz o juramento no dia da minha formatura na academia de polícia, jurei nunca fazer justiça com as próprias mãos, mas aquilo estava me deixando enfurecida! Nunca desejei tanto socar a cara de alguém como quando a vi naquela situação.
Consegui me desvencilhar dos braços da pequena, que agora estava em um sono profundo. Passava das dezoito horas, vesti um moletom largo e confortável, peguei o notebook e fui até a sala, começaria a montar um arquivo com as provas que eu já tinha, não eram muitas, mas eu precisava começar com algo.
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No apartamento ao lado, Chaeyoung não conseguiu se concentrar no trabalho devido ao grande barulho no apartamento vizinho. Ouvia gritos de uma criança, o que a deixou um pouco assustada.
