Capítulo 26

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O almoço foi em  um restaurante bem aconchegante, era um lugar que de longe você percebe que se trata de um local fino e chique, e no horário do almoço tinha poucas mesas ocupadas fato que me deixou mais confortável.

Víctor pediu nossos pratos, eu aprecio muito a culinária turca que se parece muito com a culinária árabe, mais de longe as comidas do Brasil são as melhores.

- A carne de cordeiro  daqui é a melhor de Istambul, você vai adorar. - ele diz animado me deixando na expectativa.

- ótimo, estou com muita fome pois não tomei café da manhã. - falo sem querer e fico envergonhada, não quero que ele pense que sou uma esfomiada.

- porque não me falou antes? Não teria demorando muito na empresa. - ele faz uma cara de preucupado.

- tá tudo bem, não vou passar mal por isso, tem vezes que eu pulo o café da manhã, pra mim é normal. - ele me observa atentamente e estende sua mão para tocar na minha.

- o café da manhã é a refeição mais importante Angel, para o bem da sua saúde é bom criar esse hábito. - sinto seu polegar fazer carinho no dorso da minha mão e deixo escapar um sorriso mais não sei o motivo.

Nossos pratos chegam e o aroma é muito bom, observo o prato lindo e provo os vegetais, em seguida provo o cordeiro que de fato é muito saboroso, ficamos em  silêncio mas por um momento e outro trocamos olhares cúmplices.

Eu estava feliz, talvez as coisas pudessem começar a mudar, assim como eu estava mudando, algo em  mim estava tranformando em relação ao que eu sentia por Víctor, não eramos de fato um casal mais nossa relação estava virando uma amizade, eu estava gostando disso.

Duas semanas depois eu ganhei um celular, Víctor me presenteou dizendo que era algo extremamente essencial eu ter o aparelho pois me ajudaria no trabalho, fiquei radiante nesse dia, eu tinha até esquecido como mexia em  um aparelho celular.

A rotina do trabalho estava ótima, eu estava amando dá aulas para as crianças e reconheci facilmente o talento de algumas para música, cada uma tinha uma história de vida, e me cativavam ao ponto de eu querer fazer algo para mudar a vida deles. Quando Víctor chegava em casa eu comentava com ele toda empolgada sobre os acontecimentos do dia.

- Você está tão feliz Angel, eu vejo em teu olhar o quanto esse trabalho te fez bem, parece que te fez voltar a viver. - Víctor fala deitando ao meu lado na cama.

- sim estou muito feliz... não acho que seja um trabalho, tô considerando como uma terapia, eu saio de lá renovada e me sentido muito bem, é tão gratificante vê aquelas crianças empolgadas aprendendo tocar o básico no piano... - falo pensativa passando hidratante em minhas pernas e nem percebo que Víctor me olha atentamente.

- como você consegue ser tão sexy e ao mesmo tempo tão inocente e ingênua assim? - ele fala e instantaneamente fico envergonhada.

- eu não sou sexy e nem inocente, talvez um pouco ingênua e bastante tímida... - digo sem graça, me deito puxando a coberta e cobrindo todo meu corpo até o pescoço.

- acho que você não percebe o quanto chama atenção, você não nota os olhares por onde você passa? Você é linda Angel, sua sensualidade é natural, eu fico louco com você. - o olho tímida e vejo o quanto ficou desconfortável ao terminar de falar, mas até que gostei de ouvir suas palavras.

- Você não gosta de sentir isso por mim? parece ser algo que te deixa desconfortável... - pergunto séria com o coração na mão ansiando pela resposta dele.

- é horrível desejar sem ser desejado, amar sem ser amado... quando o sentimento nao é correspondido machuca, irrita e fere o ego. - ele diz pensativo e depois me olha e dá um sorriso de lado.

- talvez você supõe que não seja... pode não ser algo unilateral mais você não enchergua isso. - falo e me viro de lado fechando os olhos, ele não diz mais nada e fico pensado nas suas palavras até pegar no sono.

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