Prólogo

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Harry Pov

Suspirei pesadamente ao olhar ao redor, me sentindo completa e absurdamente entediado.

Não havia absolutamente nada que demonstrasse o menor indício naquele dia que me faria conseguir fugir daquela sala tediosa.

Após cinco anos como auror, eu diria que me sentia claustrofóbico em ficar rodeado de paredes, teto e a segurança que estar dentro de um prédio no ministério oferecia.

Organizar o arquivo enorme que consistia em todos os últimos casos que o batalhão havia pego parecia ser uma tarefa que corroeria todos os meus ossos, e já era a quarta vez consecutiva em que eu me pegava indo até a pequena sala onde havia uma máquina de café.

Eu admitia para mim mesmo que eu não estava com vontade de tomar. Eu realmente só havia ido até ali para esticar as pernas e fugir do meu trabalho, torcendo para tudo que existia no mundo para que algo, mesmo que mínimo surgisse e me tirasse dali.

E eu sorri quando assim que mal findei o pensamento, Rony adentrou a sala, parecendo procurar algo e suspirou aliviado ao me ver.

— Cara! Ainda bem que está aqui – Falou me estendendo um papel, e eu prontamente larguei o copo de café para pegar ele, franzindo o cenho ao máximo – Foi tirada há quatro dias atrás.

Olhei bem para a fotografia, tirada por uma câmera ruim, num ambiente escuro e estranho do que parecia ser uma boate ou clube qualquer.

Apesar da qualidade geral da imagem ser péssima, eu conseguia claramente me enxergar naquela imagem estranha, sorrindo enquanto conversava com a figura loira que eu tinha absolutamente certeza de que eu não via há pelo menos dois ou três anos.

A imagem em si parecia estranha, e não devido ao local que eu definitivamente não frequentava, ou pelas pessoas estranhas ao redor.

Mas a diferença estava em mim.

Eu estava inclinado para frente, talvez porque a música no local estivesse alta demais e fosse uma tentativa de ouvir o que a outra pessoa ali ouvia. Mas eu estava MUITO inclinado.

 De uma forma que invadia o espaço pessoal da figura loira a minha frente.

E ainda me analisando, eu percebi que não era isso que estava estranho.

— Quatro dias atrás? – Questionei por fim, encarando o ruivo na minha frente, sem saber o que aquilo significava.

— Isso. Ás onze horas e doze da noite. Foi tirada quarenta minutos antes dele desaparecer – Sua voz parecia dura, e seu cenho permanecia franzido em desagrado.

— Rony... Eu juro, eu estava aqui! A semana toda eu sai tarde, estava no interrogatório....

— Harry, cara, o que você está dizendo? Eu estava aqui também, com você. É claro que eu sei que não é você. Alguém usou o seu rosto, de alguma maneira para sequestrar Draco Malfoy! Não temos pistas, bilhetes e nenhum rastro dele além dessa imagem tirada quarenta minutos antes dele desaparecer completamente sem deixar rastros!

E meus olhos caíram novamente para a foto, e então pude apontar finalmente o que parecia estranho na mesma.

Embora eu estivesse completamente inclinado perto de Draco Malfoy, a poucos centímetros de distância do mesmo, que estava sentado ao meu lado naquele, com uma roupa escura, os cotovelos apoiados no balcão, ele sorria.

Por deus, alguém com o meu rosto havia sequestrado Draco Malfoy.

E havia, com o meu rosto, feito ele sorrir.

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Meus leitores mais antigos já conhecem essa história, que agora estou trazendo para o wattpad. Ela é de QUATRO anos atrás, relevem qualquer coisa okay?

Espero que se divirtam com esse Harry, porque ele é um amor!

E se eu ver spoiler nos comentários, serei obrigada a bloquear quem o fizer ok?

Bem vindos, e divirtam-se!

The Things I Do For LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora