Too Bad

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Too bad

Isto é uma pena, isto é estupido,

Tarde demais, tão errado, até logo

É uma pena, nós não temos tempo para voltar

Vamos caminhar, vamos conversar

Vamos conversar

Harry Pov

— Harry! – A voz trêmula do loiro chamou, e eu vi seus braços tentarem fracamente me alcançar, falhando ao fim quando uma mão apareceu, puxando-o pelo tornozelo. Ele se debateu, gritando estridente, e meu desespero aumentou quando percebi que eu não conseguia me mover. Estava parado no mesmo lugar. Sem saber o que fazer – Me salva! Por favor! HARRY!

O último grito havia feito eu me erguer da cama num pulo, me sentando assustado, arfando pesadamente, notando meu despertador ao lado tocando.

Alguns raios de sol adentravam pela janela que eu deixara aberta, e eu só pude suspirar pesadamente, sentindo que a inquietude do sonho havia me deixado suado, e com uma sensação terrível de fadiga.

Olhando ao redor, percebi que novamente havia dormido sobre os relatórios, relendo os depoimentos em busca de algo que pudesse ter deixado passar. Mas não havia nada para ser encontrado ali.

Faziam quatro dias que eu havia começado a seguir os conselhos de Mione, e estava tentando ver as coisas em outra perspectiva. Não havia descoberto muitas coisas novas, mas admito que era infinitamente melhor do que admitir a mim mesmo que estava novamente num beco sem saída.

Havia feito investigações sobre todos os ângulos que havia conseguido pensar.

Reli todos os inquéritos, tentei traçar a rota de Draco naquele dia, e segundo Tink, após o trabalho Draco havia ido diretamente para casa, onde tinha ficado por um bom tempo trancado no quarto até sair todo arrumado, dizendo que iria encontrar os amigos.

Tink já estava ficando um pouco irritado com a minha insistência em perguntar coisas sobre Draco. 

Então eu havia começado a tentar saber coisas sobre Draco por Pansy, Zabini e Nott, que por sua vez também tinham perdido a paciência comigo.

O pouco que consegui descobrir sobre ele é que após o julgamento dos seus pais, onde sua mãe foi inocentada por me ajudar, e seu pai levado para Azkaban, as coisas tinham acontecido de forma trágica. 

Lucius Malfoy havia sido morto em uma tentativa de fuga em massa, pelos próprios companheiros de prisão, por julgarem que ele era um traidor da causa de Voldemort. Dois dias depois, a mãe de Draco se suicidou, deixando ele sozinho para lidar com todo o trauma que havia restado.

Draco passou alguns anos fora do país, e quando retornou já era uma pessoa diferente, segundo Parkinson, e foi quando passou a se dedicar á cuidar de crianças e desenvolver trabalhos voluntários.

Segundo os amigos, Draco havia diminuído um tanto da resistência em ter pessoas ao seu redor após se dedicar ao Instituto Narcissus. Foi dessa forma que se tornaram um pouco mais próximos, e com o tempo a amizade que Nott tinha com Zabini acabou aproximando o mesmo do grupo.

Pansy dizia que ela e Draco costumavam se dar bem, embora Draco fosse muito reservado. Eles tinham gostos parecidos para lugares, musica, viagens e coisas do tipo.

Concordando com Pansy, Zabini disse que Draco é muito restrito, mas nas poucas vezes que o loiro queria sair para beber ou se divertir, era a ele que Draco procurava.

Nott tinha uma visão similar, e disse que desde a época da escola eles foram pouco próximos, mas que sempre gostaram de conversar devido a assuntos inteligentes, afinal ambos tinham o mesmo legado do nome de uma família puro sangue conhecida, tradicional e bem abastada para manter. Nott também havia perdido a família no fim da guerra, e de certa forma pareciam ter encontrado uma conexão ali.

The Things I Do For LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora