Trying not to Love

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Trying not to Love

Porque tentar não amar você só vai tão longe

Tentar não precisar de você está me despedaçando

Não consigo ver o outro lado aqui no chão

E eu continuo tentando, mas não sei por que

Porque tentar não te amar

Só me faz te amar mais

Só me faz te amar mais

Harry POV

— O que traz você aqui, auror? – Zabini questionou após me deixar entrar, indicando para que o seguisse até a sala, e eu me surpreendi e fiquei feliz ao ver que Parkinson também estava lá.

— Há algo que eu preciso saber sobre Draco – Falei e não passou desapercebido por mim a forma que eles trocaram um breve olhar.

— Bom, no que somos úteis? – Parkinson questionou me olhando com certa curiosidade - Ainda existe algo sobre Draco que você não saiba?

— Eu preciso de um tipo de... lista? Uma lista com todas as pessoas que vocês tenham consciência de que sentem ou já sentiram coisas profundas por ele.

— Como? Você quer uma lista de pessoas que namoraram ele? — Zabini pareceu confuso.

— Não necessariamente. Estou analisando outra perspectiva. Se a pessoa que fez isso não queria o dinheiro dele, ou algo do gênero, talve seja alguém que se contentaria em ter ele. Afinal não tivemos notícias desde o sequestro.

— Bom, definitivamente isso é um problema – Zabini falou em tom risonho e eu o fitei sem entender – Todos já tiveram algum sentimento por Draco — O deboche estava claro na voz dele, e eu apenas pude arquear a sobrancelha.

— O que quer dizer?

— Exatamente o que eu disse.

— Acho que nós podemos dizer que nós somos os primeiros da sua lista, Potter – Parkison falou – Eu, Zabini... Nott? Nott também. Você quer uma lista em que tipo de ordem? Alfabética? Cronológica?

— Vocês...? – Questionei me perdendo momentaneamente no que eles estavam dizendo, e ambos riram, dando de ombros.

— Mas é claro que ninguém é bom o suficiente para ele — Não consegui identificar o que exatamente o tom de voz de Zabini estava transmitindo, mas parecia um pesar muito grande — Mas você vai perceber que muitas pessoas se apaixonam por Draco. Pelo menos uma meia dúzia por dia – Deu de ombros.

– Ele é rico, bonito, atraente... E agora ainda trabalha com caridade – Parkinson explicou e eu apenas concordei com a cabeça mecanicamente, vendo Zabini rir gostosamente.

— Olha, nós traumatizamos Potter.

Pigarrei, negando com a cabeça.

— Eu posso imaginar que tenham muitas pessoas. Mas com certeza deve ter alguém que se excedeu? Alguém que cruzou algum limite?

— Bom, tem a garota Greengrass. Dafne. Se bem que a irmã dela, Astoria, também teve seus momentos. Isso foi na época da escola. Depois disso tem o Creevey. Mas não consigo imaginar nenhum deles fazendo isso. As irmãs Greengrass esperavam que uma delas talvez se casaria com ele. Ficavam mandando cartas de amor e perseguindo ele. Uma idiotice que irritava Draco. Mas isso faz anos. E o Creevey, ele foi interrogado, não foi?

—Sim, ele foi. Não sabe nada. E ele tem álibi para a noite do sequestro. Mas estamos monitorando. Por favor, se esforcem para lembrar. Entrem em contato assim que tiverem algum nome para fornecer – Pedi e ambos concordaram com a cabeça, e sem mais nada para dizer, me permiti seguir para a porta, sendo acompanhado por um Zabini pensativo.

Assim que saí da casa, voltei diretamente para o Ministério, vendo Rony já me esperando, parecendo curioso.

— Ginny mandou uma coruja, dizendo que queria me ver com urgência.

— Eu pensei em algo... Acha que talvez estejamos lidando com alguém que apenas sequestrou o Draco porque queria ele?

— Paixão mal resolvida? Não podemos descartar. É um bom ângulo. Levou o que Mione disse a sério, não é?

— Algo assim – Falei pensando na série macabra dos irmãos incenstuosos que havia me deixado tão chocado, mas que havia aberto uma nova gama de possibilidades para mim – Falei com Parkinson e Zabini. Eles disseram que Draco tem muitos admiradores. Admitiram que em alguma época também nutriram sentimentos por ele. Ah, e deram o nome das irmãs Greengras, e de Creevey.

— Estamos de olho no Creevey, mas tudo parece superado. Ele tem uma namorada agora, e persegue ela – Ron deu de ombros – Quer ir atrás das Greengras?

— Pensei se talvez você pudesse fazer isso. Eu quero analisar as novas opções.

— Claro. Eu vou agora mesmo procurar por elas. Volto assim que tiver novidades.

Vi ele sair, e só pude suspirar pesadamente, me atirando na minha cadeira, voltando a olhar a foto de Draco sorrindo.

— Quem será que foi louco o suficiente para fazer isso com você? – Questionei suspirando, lembrando do que Parkinson havia dito.

" Ele é rico, bonito, atraente... E agora ainda trabalha com caridade"

Draco parecia ser tão mais do que um "Gênio, bilionário, playboy e filantropo".

Se havia algo que eu aprendi nesse mês buscando coisas sobre ele, é que Draco Malfoy havia se tornado uma pessoa admirável.

Embora fosse totalmente reservado, e evitasse ao máximo aparecer em qualquer evento que não fosse relacionado com os trabalhos de caridade, parecia ser alguém bom para se ter uma conversa no fim do dia.

Eu havia lido algumas coisas sobre a fundação que criara, e havia definitivamente ficado deslumbrado por todas as coisas fantásticas que ele tinha feito.

"Todo mundo presta atenção em Draco" Lembrei de Grimes ter dito no seu depoimento, e percebi que ele realmente tinha razão.

É extremamente fácil se prender no que Draco é.

E de alguma forma, me forcei a pensar em tudo o que ele já havia feito de ruim, me perguntando se isso compensava o que ele havia se tornado.

Draco não parecia ser ruim. Eu verdadeiramente nunca acreditei nisso.

E não sabia exatamente porque, toda as vezes que me pegava pensando em tudo o que ele era de bom, me forçava a pensar nas coisas ruins sobre ele.

Como se eu fosse obrigado a me frear, a parar, a não ir muito fundo em tudo o que admirava nele.

O que você está fazendo comigo, Draco?

The Things I Do For LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora