The Things I Do For Love

Id come for you

 Id come for you

Eu sei finalmente o que significa deixar alguém entrar

Pra ver o lado de mim que ninguém nunca viu nem verá

Então se você alguma vez se perder e se encontrar completamente sozinho

Eu procuraria pra sempre só pra te trazer pra casa

Aqui e agora, isso é uma promessa

Harry Pov

Despertei me alongando e abri os olhos, não deixando de sorrir.

Durante a noite havíamos nos movido, e Draco já não estava deitado sobre mim. Mas ele dormia de bruços, com o cobertor cobrindo ele apenas da cintura para baixo. Os cabelos estavam todos bagunçados no travesseiro.

Me sentei bocejando, vendo que havíamos dormido pesado ali na sala, e a lareira parecia ter sido apagada recentemente.

– Bom dia, Senhor Potter – Me virei vendo Tink ali com um largo sorriso.

– Oi – Bocejei de novo – Que horas são?

– Quase nove, senhor. Devo acordar Senhor Malfoy?

– Não, deixe ele dormir.

– Mas... Tink não sabe o que fazer para o café da manhã.

– Faça algo que ache que ele vai gostar – Dei de ombros e o elfo aparatou, me deixando sozinho novamente com o loiro bonito.

Achei prudente caçar minhas roupas, vestindo a parte de baixo das mesmas e voltei a me sentar perto de Draco, acompanhando a forma que seus olhos tremeram e ele foi despertando.

Sorri quando ele me olhou um pouco confuso.

– Você não foi embora – Observou e eu franzi o cenho.

– Eu deveria ter ido?

Ele deu de ombros, se sentando de forma desconfiada, e eu suspirei ao ver que, quando nossos olhares se cruzaram, ele tinha aquele muro impenetrável, coberto de frieza.

Draco naturalmente afastava as pessoas, disso eu já sabia.

Mas comigo não iria funcionar.

Eu não havia ficado maluco para encontrá-lo para ele agir daquela forma.

– Draco, olha...

– O que? – Resmungou parecendo mal humorado, e eu definitivamente não estava preparado para isso.

– Draco, eu sei que você odeia que as pessoas se metam na sua vida, mas...

– Nada de bom vem depois de 'mas' – Murmurou amargo, e eu respirei fundo. Eu não poderia deixar as provocações dele subirem na minha cabeça.

– Mas – Voltei a dizer – Nesses meses que você esteve em cativeiro, tudo o que eu pude descobrir sobre você, eu descobri. Qualquer coisinha mínima sobre você. Seus gostos, suas manias, preferências, coisas que odeia, as que adora, tudo Draco. Cada uma delas.

– Você está só encantado – Falou por fim, jogando todo o peso do seu olhar cortante sobre mim – Encantado com o que acha que eu me tornei. Encantado porque agora eu não sou um bastardo irritante que se acha superior. Ou que tenha ideais idiotas sobre linhagem e sangue. Está encantado com o que acha que eu sou, mas eu não sou o que você pensa, Potter.

– Se você acredita nisso, porque me deixou entrar? – Rebati tentando achar qualquer brecha. Tentei sustentar o olhar dele, mas ele desviou, passando a olhar para a lareira apagada na nossa frente.