Good Times Gone

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Good Times Gone

Perdido em Chesterfield

Ou será em uma roda de apostas

Perdido em uma mina de diamantes

Escura como o inferno e difícl de encontrar

Você pode subir na parte mais alta da árvore,

Olhar a teu redor, e mesmo assim você não irá ver

O que eu estou procurando

Harry Pov

—Ah, Harry! – Grimes sorriu abertamente, dando a volta no balcão assim que entramos – Eu imaginei que viria. Hey, Bob, esse é o verdadeiro Harry! –Me indicou empolgado para outro barman ao seu lado.

—Nós precisamos dar uma olhada no local – Avisei olhando ao redor, vendo que durante o dia o lugar parecia completamente diferente da foto onde eu estava na companhia de Malfoy. Sem a escuridão, as luzes multicoloridas e toda a multidão, parecia apenas um grande salão vazio.

Rony saiu andando ao redor junto com Thomas, um novato que foi designado para nos acompanhar.

—E então, alguma pista? – Grimes me chamou para a realidade e eu neguei, vendo ele sorrir – OH, deve ser secreto, não é? –Pareceu empolgado novamente – Você pelo menos pode nos dizer se sabe quem quer te incriminar?

—Isso também é secreto – Falei apenas para ele ficar quieto, e ele concordou freneticamente com a cabeça – Se recordou de algo que possa parecer importante?

— Não. Nada. Eu disse tudo hoje mais cedo.

Assenti e me permiti afastar, olhando ao redor. Acompanhei Rony olhando todo o local, mas como eu imaginava, nada ali nos ajudaria a pensar ou descobrir alguma coisa sobre Malfoy.

Quando saímos do local, caminhando pela caçada, finalmente Thomas se virou para nós, parecendo empolgado.

— Harry, estamos investigando o paradeiro do Malfoy... Mas quando investigaremos o seu?

— O que quer dizer com isso? – Questionei sem entender.

— Alguém tentou te incriminar. Então temos que procurar o seu inimigo. Não é muito mais lógico?

Suspirei, finalmente me permitindo pensar naquela questão.

Se alguém havia utilizado o meu rosto, queria que eu levasse a culpa. Mas ao mesmo tempo isso não fazia sentido, afinal a pessoa não havia garantido que eu não poderia ter álibi para me defender.

— Tá brincando né? – Rony riu para ele – Harry tem vários inimigos. Somos aurores – Deu de ombros – E qualquer pessoa que algum dia foi a favor de Você-sabe-quem odeia ele. Morreríamos antes de descobrirmos algo. Vamos continuar procurando pistas. Afinal, mesmo que a pessoa quisesse incriminar Harry, porque sequestraria logo o Malfoy? Deve ter alguma ligação.

— Porque todo mundo sabe da rixa deles em Hogwarts – Thomas voltou a dizer, parecendo ansioso para opinar, e eu reconheci aquela vontade em um recém admitido.

— Era uma rixa de crianças. Isso não poderia ser motivo o suficiente para isso. E eu não vejo Malfoy há anos. Só encontrei com ele no Departamento de Ministérios uma vez, há dois ou três anos – Rebati e Thomas suspirou, finalmente dando-se por vencido.

— Sabe algo que está me incomodando? – Rony se virou para mim novamente – O que o tal Grimes disse. Que Malfoy parecia feliz. Quero dizer... mesmo que fosse uma rixa de criança, o que poderia ter feito ele conversar e rir com você? Ele é um saco... Não consigo imaginar vocês se entendendo tão bem...

— É algo que eu gostaria de saber – Murmurei suspirando ao pensar no sorriso dele ao fundo naquela foto escura.

Seguimos de volta para o Ministério, onde fomos informados que Parkinson estava nos esperando para dar seu depoimento, e após conseguir mandar Thomas ir fazer qualquer outra coisa que não fosse nos atrapalhar, adentrei a sala suspirando com Rony no meu encalço.

— Porque você é quem está aqui? – Foi a primeira coisa que a garota de expressão fechada falou, parecendo absurdamente impaciente.

— Eu sou o auror do departamento de investigação responsável pelo caso. Pode se sentar – Pedi indicando a cadeira, e ela se acomodou parecendo cada vez mais irritada.

— Senhorita Parkinson, pode nos contar o que lembra da noite em que viu ele pela última vez?

— Bom – Sua expressão de desgosto diminuiu enquanto ela torcia a boca – Draco disse que não conseguiria ir naquele dia, porque tinha algo a resolver. Então não esperávamos ele. Mas ele apareceu, junto com... ainda não sabem quem era a pessoa que se fingia de Potter? – Questionou e eu apenas neguei com a cabeça – Ele apareceu junto com o impostor. Ficaram conversando. Quando o impostor foi ao banheiro, Draco veio até nós e disse que depois que o falso Potter fosse embora, ele viria ficar conosco. Mas pediu para não intervirmos até lá. Zabini não gostou disso, e assim que o Potter voltou, ele tirou uma foto do Draco sorrindo, para usar como arma depois.

Contive o ímpeto de sorrir. Eu gostava muito mais de recolher depoimento de mulheres. Pareciam absurdamente mais perceptivas e ativas aos detalhes de forma que quase nenhum homem conseguiria ser.

O relato parecia imensamente mais completo do que o de Zabini.

— Draco comentou algo sobre uma carta?

— Ele disse que havia recebido uma carta dois dias antes do dia do clube – Concordou – Disse que uma pessoa havia enviado, e que era um assunto pendente há muito tempo. Por causa dessa carta ele cancelou o compromisso. Nott tentou saber de quem era a carta, mas no dia do cube Draco disse que iríamos descobrir. Por fim ele apareceu com você. Entendemos que era uma carta sua.

— Vocês não acharam estranho?

— Claro que sim. Potter nunca mandaria uma carta para ele. Mas Draco não queria conversar. Então não conseguimos saber mais nada. Até porque Draco não deixa ninguém se meter na vida dele, então seria impossível descobrir algo.

Franzi o cenho ao lembrar que Zabini havia dito exatamente o mesmo.

— O que quer dizer com isso? Acha que ele tem algum segredo?

— Todos temos – Deu de ombros, voltando a parecer séria, talvez percebendo que estava falando livremente. A ansiedade e o nervosismo estava evidente – Draco é uma pessoa muito reservada. Então ele não nos deixa saber muita coisa. Ele é como um mistério – Ela suspirou pesadamente.

— Lembra de alguma coisa que ache importante?

— Draco, antes de sair, escapou para perto de nós e disse que tinha que ir. Parecia estar com pressa. E talvez um pouco bêbado. Parecia animado demais. Ele nos disse que iria para casa. É tudo o que consigo lembrar—Falou por fim e eu concordei.

— Se voltar a se lembrar de qualquer coisa que possa nos ajudar.... – Rony tomou a palavra, porque eu estava ocupado demais em minha mente.

Ela assentiu, saindo dali silenciosamente.

— Alguma coisa nisso tudo não se encaixa – Falei com um longo suspiro e ele concordou com a cabeça.

— Eu não sei você. Mas toda vez que alguém fala que Draco parecia estar feliz, a coisa se perde na minha cabeça. Eu não consigo imaginar isso. Um Malfoy feliz e sorridente.

— Vamos interrogar Nott e ver se conseguimos entrar na casa de Malfoy.

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