Você é minha alma gêmea

Cap 6: Meu vizinho

    Eu estava com os olhos fechados esperando mais um tapa em minha cabeça, mas ele não veio. Olhei em direção a pequena morena ao meu lado, ela estava com a mão sobre o rosto.

- Não sei o que faço com você loirinho - ela fala rindo - quem beija melhor, o novato ou o Kiba?

- É Sasuke, e eu não beijei ele. Pelo menos não a boca... Só alguns chupões no pescoço - digo envergonhado ao lembrar do membro duro dele em minha mão, por um momento me imaginei com aquilo pulsante em minha boca. Meu corpo ficou quente, balanço a cabeça voltando meus pensamentos ao presente.

- É o segundo dia dele e você já o marcou? - ela começa a gargalhar - Aí aí loirinho, não está perdendo tempo.

    Foram apenas dois dias mas pareceu muito mais, tive uma conexão com esse garoto, o pior é que nem conversamos direito. Quero mudar isso.

- Quer chamar ele para sair, não quer?

Como ela faz isso?

- Você é algum tipo de bruxa que lê mentes? - ela ri.

- Sua cara estava dizendo "como chamo meu novo crush para sair" - ela ri novamente.

- Talvez eu queira sair com ele, mas isso não significa que eu gosto dele. - tento convencê-la.

- O quão longe você já foi só para foder alguém?

    O pior é que ela tinha razão, nunca precisei me esforçar para foder alguém, mas sinto que preciso com ele.

- E essa cara? Será que o "Sasuke" conseguiu domar o pegador aqui? - ela diz rindo.

- Mal conheço ele... Não posso gostar de alguém que não conheço.

- Mas dizem que almas gêmeas se apaixonam a primeira vista - não pude deixar de lembrar de quando nos vimos pela primeira vez, a forma como ele se perdeu em meus olhos - Será que ele é sua alma gêmea? Que tudo!! - ela fala batendo palminhas.

    Não posso evitar de rir. Nunca fui de acreditar em destino ou almas gêmeas, mas não posso discordar de que meus encontros com ele são sempre inusitados e emocionantes, as vezes até demais.

    Passamos mais algum tempo conversando e rindo sobre coisas aleatórias, até o sol se pôr e a noite começar a cair. Levantamos com a intenção de ir para casa, afinal, hoje foi um dia de grandes emoções.

    Deixo Hina em sua casa e vou em direção a minha. Estaciono minha moto em frente a minha casa, não é grande coisa, mas é bonita.

- Boa noite - meu vizinho, um homem alto de cabelos negros e cumpridos diz.

- Boa noite senhor - falo irônico.

    Eu raramente o encontro, nesse horário eu deveria estar sendo arrastado por Shika para alguma festa clandestina na casa de alguém.

- Senhor? Não era assim que me chamava quando estava na minha cama. - rimos.

    Ele é meu vizinho há um algum tempo, um pouco mais de dois anos talvez.

    "Ele estava bebendo na varanda de sua casa quando recebi os documentos da emancipação e uma carta de minha tia dizendo que "assim seria melhor para todos nós". Eu entendia o fato dela não querer se responsabilizar por um adolescente, mas dizer isso por uma carta? Talvez tenha sido o que mais me magoou.

    Eu não estava pensando muito, quando percebi já estava no meu quintal encarando a rua, eu me sentia em um sonho e estava torcendo para acordar logo. Nem percebi quando o lindo homem parou ao meu lado.