17 | vivian

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Quando o sol bateu uma certa altura, intensos raios solares passaram pelas frestas da cortina – que eu havia esquecido de fechar – do meu quarto, me acordando

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Quando o sol bateu uma certa altura, intensos raios solares passaram pelas frestas da cortina – que eu havia esquecido de fechar – do meu quarto, me acordando.

Sabendo que eu não conseguiria simplesmente fechar a cortina e dormir de novo, fiquei vagando pelas redes sociais por alguns minutos, até ter a disposição para sair da cama.

Quando o fiz, senti meu corpo implorando por um banho gelado. Eu não sabia se o fato da janela estar fechada deixava o quarto mais abafado, mas eu sabia que se ela estivesse aberta, o quarto estaria ainda mais quente.

Eu não me importaria de pular direto da minha janela para dentro da piscina, mas a porcaria da tala no meu tornozelo não é à prova d'água.

Estranhando o fato da casa estar mais silenciosa que o normal, me lembrei do fato de ser apenas nove da manhã; Bryce deve estar babando no seu travesseiro agora mesmo.

─ Puta que pariu! ─ porém, se havia alguém babando entre os dois, com certeza não era ele.

Eu, ainda acreditando que ele estava dormindo, abri a porta do banheiro. Foi o melhor pior erro da minha vida. Ele estava nu, com uma toalha nas mãos, esfregando-a em seu cabelo, quando eu abri a porta. Ele pareceu tão surpreso quanto eu.

─ Não sabia que estava acordado. ─ digo, me surpreendendo pela nossa sincronia, quando ele disse a mesma coisa junto comigo.

Era inevitável não olhar.

─ Achei que fosse acordar tarde hoje. ─ ele diz, sem dar muita importância ao fato de estar completamente nu aos meus olhos. Volto a raciocinar direito apenas quando a toalha, que antes estava em suas mãos, fora enrolada em sua cintura, cobrindo a única coisa que me impedia de agir como um animal racional.

─ É, eu... ─ cocei a garganta, recobrando a consciência. ─ A claridade estava muito forte.

─ Entendo. ─ ele responde, simples. ─ Eu vou...

Abro espaço para que ele possa sair, e assim ele faz. Percebo um sorrisinho pretensioso brincar em seus lábios, mas não fui rápida o suficiente para dizer algo antes que ele estivesse no quarto.

Dou seguimento ao meu pensamento inicial e me dispo, amarrando a proteção de plástico na tala do tornozelo e do pulso. Era realmente uma droga.

Liguei o chuveiro e lutei contra a minha altura para mudar a temperatura da água. Por fim, depois de ter que apelar para o pote de shampoo, finalmente pude tomar banho, como queria.

Não passei mais que dez minutos debaixo da água, pois não queria correr o risco de molhar as duas talas. Já dentro do roupão e com uma toalha no cabelo, tranco a porta do meu quarto e me visto.

As atividades matinais costumam ser sempre entediantes, mas hoje eu me peguei penteando o cabelo por mais tempo que o habitual.

─ Ainda tá viva? ─ ouço o timbre levemente rouco de Bryce, como todas as vezes quando ele acorda.

𝗠𝗢𝗠'𝗦 𝗕𝗢𝗬𝗙𝗥𝗜𝗘𝗡𝗗. Onde histórias criam vida. Descubra agora