46 | vivian

181 16 0
                                    

Exatos treze dias tinham se passado desde a festa de aniversário de Chase e o seu – meu – fim trágico

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Exatos treze dias tinham se passado desde a festa de aniversário de Chase e o seu – meu – fim trágico. Tayler, Charli e Nailea não desgrudaram de mim por um dia sequer, mas eu não reclamei.

Segui o conselho de Tayler, e talvez tenha sido a melhor coisa que eu já fiz. A satisfação de ver o rosto confuso e levemente culpado de Valentina e Bryce me fizeram estranhamente bem – ainda que eu chorasse em segredo debaixo do chuveiro quase todos os dias.

Hoje é quinta, dia vinte e quatro de outubro, o que significa apenas uma coisa: faltam sete dias para o halloween.

Eu não tinha uma fantasia – na verdade, eu tinha várias, mas duvido que alguma delas me sirva –, mas aceitei o convite de Reeves para uma festa que ele também foi convidado.

Eu já tinha desistido de procurar alguma outra fantasia que combinasse com a minha barriga de grávida há dias. Então, como eu sou uma ótima desenhista e minha mãe uma ótima costureira, apenas juntei o útil ao agradável.

─ Você não é muito grandinha pra isso? ─ dona Vanessa provoca, passando a linha novamente pela máquina de costura a cada segundo. ─ E isso já não está fora de moda?

─ Enfermeira nunca sai de moda, mãe. ─ ela ri e continua com o seu trabalho.

Hoje era o seu único dia de folga do mês – já que ela teve de ir trabalhar mesmo depois de ter ido buscar a megera no aeroporto.

Dona Vanessa costurava um vestido de linha de seda, com um caimento espetacular. O vestido era branco, assim como também seria a minha maquiagem no dia da festa. Eu não me preocupei com tiaras e coisas do tipo, isso sim está fora de moda.

Valentina estava no quarto desde ontem a noite, e eu não fiz questão de chamá-la para o café e nem para o almoço. Que desça quando estiver com fome.

Deixei minha mãe trabalhando no quarto dela e fui, pela segunda vez em quatro horas, tomar um banho. Eu não entendia o clima da Califórnia; é outubro, outono, ou seja: frio, mas ainda assim, há dias que a minha vontade é de dormir dentro da piscina.

O banho durou menos de dez minutos, já que a intenção era apenas me refrescar. Coloquei o mesmo vestido que usava antes, sorrindo para a curva que se formava cada vez mais na minha barriga.

Eu entrei na segunda semana no quarto mês, e segundo as informações que eu li na internet – e também os palpites de dona Vanessa –, o bebê começaria a chutar e se mexer muito em breve. Eu mal podia esperar.

─ Tô entrando! ─ ouvi a voz alta de Tayler, seguido por um murmúrio de Charli. Minha mãe resmungou algo ininteligível do seu quarto. ─ Eu sei que você me ama, dona Vanessa.

Gargalhei, descendo os degraus. Logo, seria uma luta subir e descer os doze degraus que levavam ao meu quarto.

─ Você não dá um descanso, né? ─ provoco, abraçando Charli e depois ele. ─ É melhor ter trazido o meu almoço.

𝗠𝗢𝗠'𝗦 𝗕𝗢𝗬𝗙𝗥𝗜𝗘𝗡𝗗. Onde histórias criam vida. Descubra agora