Capítulo 21.

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3 meses depois

Estava chegando setembro, a nossa viagem e nosso aniversário estava chegando, eu estava super ansioso para tudo.

Mas, nem tudo é um mar de rosas.

[...]

- Espera, você se declarou para ela?! - Arvid e eu falamos ao mesmo tempo, realmente muito surpresos e e Teresa apenas sorriu.

- Sim. - Fala confiante e suspira. - Falei para ela que daria todo o tempo do mundo para ela pensar, não tenho pressa, eu apenas precisava falar isto para ela...

- Acha que ela gosta de você devolta? - Arvid fala sorrindo. - Aposto que sim, você é uma garota incrível.

- Hahah pare, vai que o Ronald fica com ciúmes. - Falou e me olha com um sorriso de deboche e reviro os olhos.

- "Não dê encima do meu homem!" - Me imitaram engrossando a voz e riram seguidamente.

- Hey, eu não falo assim, ok?

- Quando está bravo, sim. E imitamos direitinho, confesse. - Arvid comenta me zoando e eu o dou um leve empurrão.

Rimos de piadas sem graças que Teresa fazia enquanto tomávamos café. Surpreendentemente, ainda acreditavam que íamos nos casar, até onde eu saiba.

Perguntaram várias vezes por que enrolávamos tanto, mamãe me briga por não pedir a mão de Teresa, minha resposta e a dela são sempre "ainda não é a hora". Ótimo teatro, eu diria.

Me aproximei um pouco de Arvid enquanto Teresa conversava com a garçonete para pagar a conta.

- Na pedra hoje, sim? - Pergunto e ele sorri.

- Tenho que ajudar meu pai com um assunto importante, bem. Amanhã? Prometo que irei. - Concordei e sorrimos. Seria bom beijá-lo agora.

- Preciso ir rapazes, querem se encontrar a noite? - Teresa pega sua bolsa no canto da mesa.

- Talvez o Ronald, estarei ocupado. - Arvid se espreguiça e levanta, a abraçando rapidamente.

- Tudo bem, até amanhã Arvid. - Se despedem e depois ela se despede de mim batendo em minha testa. - Tchau boboca.

- Até. - Revirei os olhos e sorri minimamente, logo me levantando e me despedindo de Arvid. - Não esqueça de amanhã, tudo bem? Até.

Ele afirma com um leve sorriso no rosto e vai andando para casa, faço o mesmo em seguida.

Tive que fazer trabalho voluntário e depois iria para o trabalho, o dia seria um pouco corrido, pelo menos já encontrei Arvid uma vez, já é o suficiente.

Enquanto andava, passei por um senhor com um martelo em mãos. Por algum motivo desconhecido, aquilo me deu um arrepio e sensação de medo.

[...]

Cheguei em casa e mamãe estava conversando com alguém no jardim de trás. Curioso, fui até meu quarto, onde daria para escutar a conversa.

Era outra mulher.

- Isso é... - Faz uma pausa, parecendo incrédula.

- Uma desonra para a família. - Minha mãe fala, parecia com ódio.

Dei um suspiro meio alto que as fizeram olhar para a janela do meu quarto, não estava à vista delas então fui me arrastando até fora do quarto, foi então que comecei a atuação.

- Mamãe? Está em casa? - Fingi como se estivesse entrando em casa, balançando a porta para fingir abrí-la.

- Já estou indo, meu bem! - Ela responde, ouço passos e logo as duas aparecem, tensas.

- Olá, rapaz. - A senhora que conversava com minha mãe me cumprimenta.

- Olá senhorita. - Sorri gentilmente.

Mamãe fez-me tomar chá com elas, idiotice já que eu apenas ficava calado, pensando sobre quem falavam.

Tenho medo que seja sobre um de nós.

[...]

· Teresa ·

Nunca me senti tão bem, aliviada, finalmente por contar como e o quê eu sentia para ela.

Porém.. Desde aquele dia, bem, aquela noite, comecei a sentir olhares de desprezo, nojo, até uma vez jogaram tomates em meu vestido, disseram que eu merecia e saíram correndo.

Dedici não contar para ninguém, principalmente para os meninos, não quero prejudicá-los de qualquer modo. De algum jeito, sei que isso seria as consequências dos meus atos, e eu estou pouco me fodendo para isso.

Descansar e fugi com ela, esse era meu plano. Não queria que ninguém nos atrapalhasse mais, quero ser livre.

Livre com ela.

O jeito que minha garota olhou-me quando me declarei, não foi nada com desprezo, parecia querer dizer o mesmo mas não podia, por algum motivo.

Já era de noite, decidi tirar um cochilo depois de arrumar toda a casa. Minha mãe havia trocado poucas palavras comigo e ainda não havia chegado em casa, era a hora perfeita para dormir pois eu teria paz.

Deitei-me na cama, logo fechei meus olhos e dormi em questão de segundos, porém não estava preparada para dormir tanto tempo assim.

Não senti.. nada, absolutamente nada, apenas cócegas eram feitas em umas partes de meu peito e barriga, poderia ser uma grande probabilidade de ser minha garota brincando comigo.

Talvez em meus sonhos.

Em minha imaginação, eu acordava, a via encima de mim e sorríamos felizes. Mas por algum motivo os sonhos viraram pesadelos. Em vez de um sorriso, agora ela chorava ainda com algum tipo de "sorriso" no rosto, assustadoramente bonita.

Tentei falar que eu à amava, que não precisava chorar, que eu estaria lá por ela. Não deu tempo, o meu tempo acabou aqui.

Por favor, Elisa, viva por nós.

[...]

· Ronald ·

- Deus. - Falei perplexo vendo a cena em minha frente que mais parecia um filme de terror.

O corpo de Teresa... morto.

Estara numa cruz junto ao corpo de sua amada, que estaria em outro ao seu lado. Marcas de facada em seu estômago eram vistas de longe pois se vestido branco as destacava. Quase vomitei e chorei ao mesmo tempo.

Elisa foi enforcada, percebi pelas marcas vermelhas e roxas em seu pescoço que indica estrangulamento. Estava no meio da cidade, era uma mensagem.

- Teresa... - Meus olhos marejam de água em pensar de como ela morrera de forma tão cruel, por um motivo injusto.

- Ela mereceu. - Um senhor fala "decidido" ao meu lado.

- Uma sapata de merda não deveria viver em nosso mundo. - Outra pessoa aparece, uma mulher.

- Isso é contra.. As ordens de Deus. - A própria mãe de Teresa fala. Quando percebi já havira uma multidão de pessoas que concordavam com a morte de minha amiga.

Fiquei atordoado, tonto, saí de lá o mais rápido possível e num canto mais afastado, consegui vomitar em paz.

- Merda. - Falei lavando minha boca em uma torneira perto.

Milhares de perguntas rodavam por minha cabeça, o quê deixava inquieto.

Preciso ver Arvid, precisamos sair o mais rápido daqui.

Praticamente a cidade inteira estava naquela rua aquele dia, estava realmente lotado de pessoas, que em umas dessas minhas passadas de olhares, não consegui quem jogou a porra daquele papel, a porra dqquela mensagem.

O quê estava escrito me fez ficar parado enojado mas logo correr desperadamente até a casa de Arvid.

No papel... Estava escrito o nome de Teresa, depois de Ella, depois de Arvid e logo depois.. O meu.

Continua...

Talvez em Outra VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora