chapter one

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🏹۰ ۪۪۫۫  𝓣he 𝓤nsea

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ACORDEI ASSUSTADA COM MARIE E Nadia já falando nos meus ouvidos. Coloquei o travesseiro com fronhas de seda em cima do meu rosto e murmurei comigo mesma dizendo para ter paciência. Apesar de gostar das duas, achava que elas se intrometiam muito na vida dos outros. Não que eu não fizesse isso, mas elas falavam mal de todos e isso era algo que eu não fazia... pelo menos não com tanta frequência.

━━ Você não vai acreditar com quem Fedyor ficou! ━━ Marie sentou na minha cama e começou a me chacoalhar. Eu realmente não queria ter aquela conversa agora e em nenhum momento. A vida de Fedyor não me interessava!

━━ Com a Paja! ━━ Nadia completou.

Ok, aquilo era realmente inesperado.

Resmunguei e me sentei. Meus cabelos com certeza deveriam estar eletrizados e minha cara inchada, pois Marie me olhou com nojo, franzindo suas belas sobrancelhas.

━━ Legal ━━ disse me levantando e indo para o banheiro. ━━ Agora, vão me deixar em paz?

As duas lançaram olhares incrédulos para mim, mas não liguei. Queria elas fora dali o quanto antes. Nunca gostei de pessoas me vendo no meu momento mais vulnerável. Seja, quando estou triste ou quando acabo de acordar, estou sonolenta, desajeitada e com bafo.

Ainda me lembro como se fosse ontem quando cheguei no Pequeno Palácio contra minha vontade. Eu nunca consegui controlar muito bem meus poderes, era como se eles me dominassem. Eles saiam de dentro de mim quando queriam e não o contrário, como deveria ser. Em várias batalhas alguns outros Grishas passavam mal por eu desacelerar seus corações sem intenção. Botkin e Baghra me davam socos e beliscões para tentar me concentrar. E depois de 7 longos e dolorosos anos, conseguia conter eles. Mas ainda era difícil pensar que eles teriam que sair quando eu realmente precisasse. Principalmente quando ficava com raiva.

Alguns alunos não foram nada agradáveis comigo. Eles achavam que poderiam me maltratar quando me pegavam desprevenida. Um dia, em uma festa de aniversário da Nadia, alguns Eteralki e Corporalki me algemaram e começaram a brincar com a aceleração do meu coração, tiravam o meu ar, botavam fogo no meu cabelo e enchiam meu rosto de água.

A partir desse momento pedi aulas particulares para o Botkin e Baghra — além das que eu normalmente fazia. Precisava me tornar cada vez mais forte para que ataques como esse não acontecessem. Se meus próprio colegas faziam isso comigo, não podia esperar algo melhor dos nossos inimigos em guerra.

Foi complicado entender de onde veio meu poder. Eu era uma Corporalnik, Sangradora, podia danificar os órgãos internos de qualquer pessoa, roubar o ar dos pulmões, esmagar sua traqueia e até desacelerar um coração. Minha mãe era uma Curandeira, a mais poderosa que existiu — podia consertar ossos e curar feridas. Éramos a cura e a destruição.

𝓣rouble  ─── 𝓝ikolai 𝓛antsov Onde histórias criam vida. Descubra agora