Capítulo 14

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Na oficina de Cisco

- Cisco? 

- Escuta só. Eu estava olhando aquele lugar que você falou, quero ir até lá. Agora.

- Achei que queria ir somente amanhã.

- Sim, mas pensando bem acho melhor examinar o local todo, recolher dados etc. Só para ter certeza de que não vou abrir a brecha acidentalmente. Você já sabe quem pode passar por ela. Daí seria uma viagem só de ida para outra Terra...a dos espíritos. - pega um aparelho de medição e sua mochila.

- Antes de irmos, quero perguntar uma coisa. Sentiu algo ou viu algo quando passamos pelo portal para a Terra 2?

- Não sei dizer se sim, fomos levados por você então...para mim foi como um sopro. Por que a pergunta?

- Pensei que mesmo com a velocidade vocês conseguiram ver ou sentir alguma coisa, mas deixa quieto.

Minutos depois

- É aqui?

- Sim, foi abandonado depois da singularidade. Tinha um portal aqui, provavelmente um dos muitos usados por Zoom. Era bem forte.

- E onde exatamente ficava o portal?

- Lá em cima, vamos.

- Esse lugar me dá calafrios. 

- Mesmo com tantas coisas de criança?

- Cara, você não assiste filmes de terror não?

- É aqui...consegue sentir algo?

- Sim, calafrios.

- O portal?

- Não, medo.

- Cisco.

- Nada, ok? Nada.

- Não ainda. Pegue. - Harry apareceu e jogou os óculos para Cisco - Fiz umas modificações, com isso pode abrir a brecha.

Na fábrica de sapatos Marques e CIA

- Então vai viajar? Assim sem motivos? 

Júlia sabia que Natalie tinha poderes, sabia que mantinha contato com o time Flash. Mas também sabia que a amiga não revelaria muito. Se contentava em saber apenas que somente o time Flash poderia ajudar Natalie.

- Serão apenas uns dois ou três dias, nem vai sentir minha falta.

- Óbvio e aonde vai?

- Visitar um amigo.

- Um amigo? Está certo, mas eu quero uma coisa, um presente, suvenir ou sei lá. É o mínimo já que vou tomar conta de tudo na sua ausência.

- Olha, lá não tem coisas legais ou interessantes para trazer com suvenir.

- Tenho certeza de que você vai dar um jeito nisso. 

- Claro. - pega um caderno na gaveta da mesa.

- Enfim, dois ou três dias? Lembre do meu presente.

- Pode deixar. - sai do escritório.

Nos laboratórios S.T.A.R.

- E então como foi? - perguntou Caitlin ao nos ver entrar no córtex.

- Não foi. - disse Harry ao praticamente jogar o tablet na mesa.

- Cisco... - tentei conversar.

- Só...por favor, tá? - concordei e ele foi em direção à oficina.

- Ruim, entendi.

Suspirei ao me apoiar na mesa e passar as mãos pelo rosto.

- Péssimo então. 

- Algo aconteceu enquanto estávamos fora?

- Barry, vocês estavam na cidade.

- Sim, sim. Eu sei, só...enfim, deixa quieto. 

- O que aconteceu lá?

- Cisco quis ir examinar o lugar antes de tentar qualquer coisa, o Harry chegou e lhe deu os óculos aprimorados... Acho que quase abriu a brecha ou sentiu que poderia. Não sei.

- É melhor deixá-lo sozinho um pouco. - balancei a cabeça ao concordar - Vou testar umas simulações de uma ideia que tive hoje enquanto estavam fora, quer vir?

- Me mostra uma outra hora, agora vou para casa.

- Quando terminar eu aviso, se tivermos um problema também.

Na estação de trem, às 15:00

- Que coisa estranha: estar esperando pelo trem, em uma estação normal. Já estaria lá se não fosse pela minha belíssima velocidade.

- O que disse, senhorita? - perguntou um senhor ao lado.

- Disse que não sou acostumada a andar nesse tipo de transporte.

- Entendo, mas é mais rápido que a pé. Isso posso garantir. - pega sua maleta e entra em um dos vagões.

- Com certeza... - olha para os próprios pés - quanto tempo ainda?

- Senhorita? O trem vai sair, se quiser pegá-lo entre logo. - disse o senhor.

Na ala médica

- Ótimo, outra vez - ouve o bipe negativo do computador e então suspira - talvez se eu trocar este componente... - ouve mais uma vez o som negativo - não é possível...

- O que está fazendo, Snow? - perguntou Harry.

- Umas simulações...

- De que?

- Algo para ajudar na cura para Natalie, pensei nisso depois de olhar novamente os testes e outros exames. Talvez, se fizermos uma substância, nenhum dos dois precisem passar por um procedimento como aquele. Inclusive a última vez que ela correu dentro do acelerador de partículas o desempenho foi incrível, pelo menos nos primeiros segundos da corrida. Então pensei em testar...tudo.

- Em que pensou? 

- Não tive muitas ideias, além do que, as que imaginei falharam. Até agora só usei componentes simples. Não sei no quanto aumentar a oxigenação dela pode afetar as células ou o corpo em si, por exemplo. Nem mesmo a quantidade exata de cada componente que ela precisaria para não se sobrecarregar.

- Poderia usar a base do V9, é potencialmente efetivo. 

- Não tenho certeza, acho um risco desnecessário. 

- O que você fará é usar a base do V9, criando a V10, capaz de aumentar a oxigenação, mas não a destruição de células. Há muitos elementos e infinitas combinações com eles, um deve servir. Por não ser uma solução definitiva, as possibilidades de inovação e mudança são enormes. Vamos tentar.

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