3 - O anjo.

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Hugo Hero.

Linda. Simplesmente linda.
A garota da livraria, aquela de cabelos loiros claros, conseguiu me deixar tão hipnotizado, que nem forças para ir embora eu tive.
Nunca tinha visto uma garota tão bela como aquela, que mais parecia um anjo de tão bela.
Tinha olhos Mais belos que já vi. Quase não pude diferenciá-los ou descrever a cor deles, por que os olhos de Maya Anders, eram os olhos Mais belos que já vi na vida.
Quase se não podia ver a verdadeira cor que eles eram, mas era de um verde bem claro, quase verde-esmeralda.

Achei estranho vê-la abaixada daqurla forma, mas foi assim que a gente se conheceu. Tão bela, tão delicada, tão linda.
Hoje eu agradeço á Zaya, minha irmã por ser tão fã dessa escritora, que me ajudou a encontrá-la.

Sei que provavelmente a gente não nos veríamos mais, mas não perderei as esperanças, nem que tenho que passar dias frequentando aquela livraria ou rodando a cidade toda, á procura dela.

Será que eu me apaixonei?
Não, não será possível, logo eu, que não convivo tanto assim com garotas.

Mas, é capaz? Uma pessoa se apaixonar á primeira vista?
Acho que não. E outra, Maya deve ter namorado, talvez não sentiu nada comigo por perto ou ter me achado um idiota, agindo daquela forma e ter contado quase toda a minha vida para ela, as dificuldades da minha irmã com a fibrose cistíca.

Não sei por que, mas tenho a sensação que Maya esconde alguma coisa. Talvez seja só coisa da minha cabeça.
Ela ficou tão emocionada com a história da minha irmã...

- Conseguiu? - Zaya perguntou, quando abri a porta do hospital, onde ela estava, deitada, como sempre. Zaya estava com dor de garganta desde ontem, e nada pôde ser feito, a não ser trazê-la para o hospital.

Meu pai anda tão nervoso. Tem sido tão ruim para nós dois, termos que viver na mesma situação, que anos atrás.
Minha morreu junto com a minha outra irmã, de dois aninhos de idade. Dói tanto para mim lembrar dessas cenas.
Desde aquele acidente, meu pai é o que sempre se esforça, trabalhando, apesar de não passarmos por dificuldade, mas o maior medo dele é ver a filha morrendo.
Só que ele precisa pôr na cabeça, que, dinheiro não vai curar uma doença que não tem cura.

E quando ele não está cuidando dela, eu preciso fazer isso, até que chegue a hora que eu mesmo ir trabalhar.
Zaya tem catorze anos, e já passou a vida quase toda aqui, neste hospital, sendo medicada dia após dia.

- Não. - Seus olhos ficaram tristes, mas logo tratei de terminar a frase. - Os livros dessa escritora MALDITA não são físicos e sim e-books. - Enfiei a mão dentro do bolso do jeans que eu vestia para pegar o papel, onde estava anotado, com uma letra tão estilosa, escrito por Maya, o nome do Aplicativo de ler. - Aqui está, me dê o seu celular que eu baixo pra você.

Não deixei de perceber o sorriso que iluminou o rosto da minha irmã.
Nas paredes do hospital, estava repleto de nomes dessa escritora, de desenhos e frases de seus livros. Cemirrei os olhos para entender o nome da escritora que começava com a letra M, mas não deu para mim entender, por que tenho sensibilidade nos olhos, a luz do hospital prejudicava muito os meus olhos, que se encheram de lágrimas.

- Preciso dos meus óculos. - Murmurei, fazendo Zaya olhar para mim, com um pouquinho de preocupação. Para amenizar, dei um sorrisinho amarelo, para dizer á ela que estava tudo bem.

Zaya me entregou o seu celular, onde - Eu não me surpreendi -, tinha uma frase, na capinha:

" Posso rodar esse mundo todo, posso lutar contra todos, posso correr, mas vou buscar as respostas pra esse amor. "

O Anjo e Eu Onde histórias criam vida. Descubra agora