23 - Girassol?

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Quando a enfermeira tocou no meu braço, eu soltei um grito de dor. E quando ela puxou meu braço, pra voltar ao lugar... eu nunca tinha sentido tanta dor em toda a minha vida.

Pude sentir o momento que algumas lágrimas desciam pelo meu rosto. Após isso, a enfermeira aplicou uma ingessão, pra diminuir a dor e me receitou alguns remédios pra eu tomar, pra aliviar a dor.

Não me sentia tão bem, então preferi ir pra casa.

A mulher ainda me deu um teste hospitalar, pra caso, eu sentisse dor, eu mostrasse para os professores, o motivo das minhas faltas as aulas. Mas preferi vir mesmo e imaginei que eu ganharia uma bronca dos meus pais, quando chegasse em casa.

Hugo me encarava, e eu fiquei com vergonha, porque eu parecia uma criança, derramando lágrimas. Mas o problema não era meu.

Quando eu ia saindo, com o braço enfaixado, Hugo me acompanhou até a porta.

- Ar... Hugo, obrigada! - Digo, soltando um resmungo e olhando para a sacola que estava na minha mão, com os remédios que eu deveria tomar.

Às vezes eu pensava no quanto eu sou sem sorte. Primeiro, venho pra escola na sexta com a imunidade baixa, depois, caio e machuco o meu braço.

Era só o que me faltava mesmo!

- Por nada, anjo. - Revirei os olhos.

- Eu não sou nenhum anjo! - Digo, olhando fixamente pra ele, que tinha um sorriso maroto nos lábios.

Hugo se divertia com aquilo.

- É claro que você é! - Dei de ombros.

Após isso, sai dali, indo buscar a minha mochila na sala, deixando Hugo parado. Pude sentir seu olhar sob mim, o que me permitiu corar de vergonha.

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Minha mãe me deu umas broncas, quando cheguei em casa com o braço enfaixado. Pediu pra que eu tomasse mais cuidado, da próxima vez.

Eu estava em meu quarto, neste momento, quando recebei uma ligação da minha irmã.

- Oi, Ayla! - Digo, me levantando da cama, pra ir até o meu computador e abrindo o mesmo.

- Oi, Maya! Te liguei, porque quero contar uma novidade pra você e pedir uns conselhos...- Parei o que eu estava fazendo, á espera do que ela teria que dizer pra mim. -...afinal, você sempre é muito boa pra dar conselhos.

Lógico que eu era.

Ayla dizia que eu era uma ótima conselheira e uma boa ouvinte. Pode afirmar, que sou assim, porque aprendi muitas coisas nos livros que já li, e no que eu escrevo todos os dias.

Quando comecei á escrever, eu não tinha uma noção muito boa das coisas e escrevia o que eu pensava e no momento que eu queria. Mas agora já não sou mais assim! Pra mim escrever agora, preciso de um lugar calmo, música e pesquisar várias coisas.

- Manda a fita, porque eu estou curiosa já! - Andei pelo quarto, escutando a minha irmã dando risada do outro lado da linha.

- Bom...- Começou. - Eu estava andando hoje no campus da faculdade e quase ia sendo atropelada por um garoto. Seu nome, que eu vim descobrir depois... é Axel Triccom. Muito lindo né? - Murmurei um "é sim", esperando ela continuar. - Ele quase ia me atropelando na moto dele, e pediu inúmeras desculpas.

- Hmm, conta mais.

- Ele é lindo, maninha. Muito lindo. - Ela suspirou, me fazendo soltar uma risada e imaginar as cenas que eu escrevia entre os personagens dos meus livros.

O Anjo e Eu Onde histórias criam vida. Descubra agora