Quando a enfermeira tocou no meu braço, eu soltei um grito de dor. E quando ela puxou meu braço, pra voltar ao lugar... eu nunca tinha sentido tanta dor em toda a minha vida.
Pude sentir o momento que algumas lágrimas desciam pelo meu rosto. Após isso, a enfermeira aplicou uma ingessão, pra diminuir a dor e me receitou alguns remédios pra eu tomar, pra aliviar a dor.
Não me sentia tão bem, então preferi ir pra casa.
A mulher ainda me deu um teste hospitalar, pra caso, eu sentisse dor, eu mostrasse para os professores, o motivo das minhas faltas as aulas. Mas preferi vir mesmo e imaginei que eu ganharia uma bronca dos meus pais, quando chegasse em casa.
Hugo me encarava, e eu fiquei com vergonha, porque eu parecia uma criança, derramando lágrimas. Mas o problema não era meu.
Quando eu ia saindo, com o braço enfaixado, Hugo me acompanhou até a porta.
- Ar... Hugo, obrigada! - Digo, soltando um resmungo e olhando para a sacola que estava na minha mão, com os remédios que eu deveria tomar.
Às vezes eu pensava no quanto eu sou sem sorte. Primeiro, venho pra escola na sexta com a imunidade baixa, depois, caio e machuco o meu braço.
Era só o que me faltava mesmo!
- Por nada, anjo. - Revirei os olhos.
- Eu não sou nenhum anjo! - Digo, olhando fixamente pra ele, que tinha um sorriso maroto nos lábios.
Hugo se divertia com aquilo.
- É claro que você é! - Dei de ombros.
Após isso, sai dali, indo buscar a minha mochila na sala, deixando Hugo parado. Pude sentir seu olhar sob mim, o que me permitiu corar de vergonha.
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Minha mãe me deu umas broncas, quando cheguei em casa com o braço enfaixado. Pediu pra que eu tomasse mais cuidado, da próxima vez.
Eu estava em meu quarto, neste momento, quando recebei uma ligação da minha irmã.
- Oi, Ayla! - Digo, me levantando da cama, pra ir até o meu computador e abrindo o mesmo.
- Oi, Maya! Te liguei, porque quero contar uma novidade pra você e pedir uns conselhos...- Parei o que eu estava fazendo, á espera do que ela teria que dizer pra mim. -...afinal, você sempre é muito boa pra dar conselhos.
Lógico que eu era.
Ayla dizia que eu era uma ótima conselheira e uma boa ouvinte. Pode afirmar, que sou assim, porque aprendi muitas coisas nos livros que já li, e no que eu escrevo todos os dias.
Quando comecei á escrever, eu não tinha uma noção muito boa das coisas e escrevia o que eu pensava e no momento que eu queria. Mas agora já não sou mais assim! Pra mim escrever agora, preciso de um lugar calmo, música e pesquisar várias coisas.
- Manda a fita, porque eu estou curiosa já! - Andei pelo quarto, escutando a minha irmã dando risada do outro lado da linha.
- Bom...- Começou. - Eu estava andando hoje no campus da faculdade e quase ia sendo atropelada por um garoto. Seu nome, que eu vim descobrir depois... é Axel Triccom. Muito lindo né? - Murmurei um "é sim", esperando ela continuar. - Ele quase ia me atropelando na moto dele, e pediu inúmeras desculpas.
- Hmm, conta mais.
- Ele é lindo, maninha. Muito lindo. - Ela suspirou, me fazendo soltar uma risada e imaginar as cenas que eu escrevia entre os personagens dos meus livros.
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O Anjo e Eu
Teen FictionMaya Anders era uma garota perdida, que não sabia como contar para os pais que ela queria uma coisa que eles não apoiariam. Os pais dela não aceitaria uma filha que não trilhassem os mesmos passos que eles, por isso, Maya esconde que é uma escritora...