Naquele dia, fiquei um pouco melhor e até sair para comprar uma roupa bonita pra eu poder ir para o jantar que ia ter hoje e os meus pais foram convidados. Minha mãe disse que lá teria umas pessoas de suma importância pra cidade, e que só pelo fato dessa família rica os convidar pra esse jantar, já era importante.
Eu não iria, mas não queria deixar desgosto para os meus pais, então mesmo não estando, tão bem, comprei uma roupa bonita, e me arrumei. Só que uma coisa não saía da minha cabeça. Aquele poema que Filipha dizia ser do Luke. Isso não fazia o menor sentido. E uma coisa piscava na minha mente, para que eu desse atenção ao que ela dizia, mas também deixei quieto esse assunto.
O vestido que comprei era vermelho - a minha cor favorita, - e era bem justo na minha cintura, assim como também, tinha uma fenda na coxa, meio sedutora e saliente.
O vestido era longo e nunca veria o meu All Star vermelho, então o calcei. Eu odiava saltos, mas preferia tênis ou os meus All's Stars. Mil vezes.
Eu também não gostava de chamar atenção, então buscava sempre me arrumar e nunca chamar atenção. Então eu não dei muita atenção a minha beleza. Só peguei uma bolsa de lado e encontrei meu pai lá em baixo, conferindo seu palitó, muito engomado.
- Oi pai. - Digo, de supetão, me jogando no sofá de qualquer jeito. Estranho minha mãe ainda não estar aqui.
- Oi filha. - Ele não olhou nos meus olhos, o que é meio estranho.
Fiquei ali jogada no sofá, sem dizer nada. Até que a minha mãe desceu as escadas, com seus cabelos esvoaçantes. Ela estava linda, num vestido amarelo e saltos pretos.
- Você está linda! - Minha mãe sussurrou um "obrigada" e eles se beijaram.
Graças á Deus meus pais se davam bem, não brigavam. Mas eu lembro, que quando eu era pequena, e a Ayla ainda morava com a gente, que eles brigavam muito. Eu tenho até um trauma escondido aqui, já minha mente, quando lembro que meu pai batia na minha mãe.
Expulsei esses pensamentos da minha mente, quando escutei minha mãe me chamando. Saí com eles para fora e após descermos as escadas, entramos no carro.
Enquanto meu pai dirigia, eu ia observando a minha cidade, que era muito linda á noite. Muitos carros passavam, assim como motos. Observei as pontes iluminadas e tive vontade de ir até elas, mas neste momento, não era possível.
Eu não sabia onde seria esse jantar, até porque, eles não me disseram muitas coisas. Mas quando o carro parou, em uma casa muito chique, mais para uma mansão, eu não sei se ficava ali admirando, ou saía do carro. E eu também estava com vergonha. Certamente ali estava cheio de pessoas de boa influência, pessoas ricas e era a minha vez de ficar no tédio.
Eu não teria saído de dentro do carro, se não fosse pela voz da minha mãe, que ecoou na minha mente, me chamando. Tirei o cinto e saí.
- Você está de All Star, Maya? - Droga! Não era pra ela ter visto.
- É... sim! - Após sair do carro, mexo nos meus dedos, sem saber o que fazer.
- Eu não vou puxar no seu pé por causa disso. Vem! - Um sorriso nasce em meu rosto e ela estende a mão para mim. Eu pego na dela e na do meu pai, que fica surpreso quando estamos todos os três de mãos dadas.
Ele sorrir, mesmo estando surpreso.
Entramos na casa, que as portas já estavam abertas. Ali estava cheio, muito cheio mesmo, de gente. Havia muitas pessoas espalhadas pela casa e logo um homem veio até onde estávamos. Deveria ser o dono da casa.
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O Anjo e Eu
Teen FictionMaya Anders era uma garota perdida, que não sabia como contar para os pais que ela queria uma coisa que eles não apoiariam. Os pais dela não aceitaria uma filha que não trilhassem os mesmos passos que eles, por isso, Maya esconde que é uma escritora...