"You make everyone disappear and cut me into pieces
Gold cage, hostage to my feelings
Back against the wall,
Trippin' when you're gone"
So it goes..., Taylor Swift
Londres, Inglaterra, 1924
Maria Clara voltava da casa de Lady Theodora após um chá da tarde que serviu para explicar toda a situação caótica da semana passada. Tanto ela quanto Louis lamentaram muito a viuvez prematura de Tommy, e se asseguraram de duplicar o montante da doação.
A verdade é que Marie não queria tirar dinheiro dos amigos por esse motivo... Nem ela mesma entendia o que foi que aconteceu: alguém entrou na festa, segundo relatos de Polly, gritou "Por Angel" e atirou em Grace. Havia também uma outra questão, confirmada por Tommy e Arthur, sobre a safira que ela usava naquela noite ser amaldiçoada. Obviamente, Marie preferiu se agarrar àquela justificativa, já que reconhecer que Angel havia arquitetado todo um plano de retaliação extrema pelo que os Blinders fizeram era muito assustador.
Se ele perdia Lizzie, Tommy perdia Grace... A diferença é que Lizzie continuava viva.
Ela chacoalhou a cabeça, cansada e triste. As coisas não estavam boas, e acompanhar Tommy entrar por inteiro em seu lado obscuro era terrível.
Ao abrir a porta da sala de estar de Ada, seu desânimo cresceu.
-O que está fazendo aqui?
-Tentei entrar em contato com você diversas vezes, e Louis me disse que estariam juntos pela tarde. – Robert se levantou, segurando um buquê de rosas brancas. – papai vai realizar uma grande doação para o Instituto e pediu para que você diga a Tommy que haverá uma festa em nossa casa de campo no fim de semana...
-Vocês poderiam ter ligado em Arrow House, estão todos lá.
-Ligamos, mas Tommy não está atendendo. – ele lhe entregou as flores. – lamentamos muito pela morte de Grace, já enviamos uma carta de pêsames para lá.
-Entendi. Obrigada. – ela encarou o buquê. – agradeço em nome de Tommy.
-Sabemos que ele não está preparado para voltar aos círculos sociais, mas, em nome da amizade dos Pearson e dos Barbosa, papai acha que você deveria ir como representante da Shelby Company... Para acalmar os rumores e conservar a boa opinião dos investidores.
-É claro. – Marie assentiu, profissional. – vou discutir isso com os meninos e ligarei para confirmar minha presença depois. Precisa de algo mais?
-Não. – o homem pareceu incerto. – quer dizer... É seguro para você ficar aqui sozinha? Depois de tudo o que passou... Não prefere ficar conosco em Pearson House?
-Não estou sozinha, como pôde notar pela governanta que te deixou entrar.
-Mas não há nenhum...
-Isaiah e Finn estão aqui, também. – ela o cortou. – agradeço a preocupação, mas estou segura.
-Sei. – Robert se levantou. – mas, caso ache necessário, Pearson House estará sempre aberta para você. – ele ajeitou o casaco e o chapéu. – esperamos sua ligação.
Marie permaneceu sentada, com as flores no colo. Era só o que faltava! Como se cogitasse ficar um dia na mansão dos Pearson, se submetendo voluntariamente à tortura psicológica! Já tinha chateações de sobra com os Blinders, não precisava de mais.
-Gray. – ela escutou a voz de Robert na ponta da escada.
Gray?
Havia conjurado seu principal aborrecimento?

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Lover
FanficUma aposta. Uma gangue. Uma empresa. "Eu te amei por três verões agora, querido Mas quero todos eles Posso ir aonde você vai? Podemos estar sempre assim tão perto? Para todo o sempre Me leve para sair E me leve para casa Você é meu amado" Lover - Ta...