Epílogo

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"The life of the party, you're showing of again
And I roll my eyes and then you'd pull me in
I was not much for dancing, but for you I did
(...)
Your name
Forever the name on my lips"
Last Kiss, Taylor Swift


Birmingham, Inglaterra, 1925


O hall de entrada de Highbury Hall estava lotado com o batalhão Barbosa-Shelby-Gray. Michael levou alguns segundos para entender o que acontecia, tendo saído cedo para a Shelby Company e sido avisado que a esposa ainda não retornaria de Londres – onde estava com a família.

-Milorde! – foi um choque se deparar com Ana descendo as escadas.

-Ana! – ele sorriu. Isso queria dizer...

-Milady está no quarto. – a aia ofereceu, sabendo que era a única coisa que interessaria o patrão. – chegamos faz pouco tempo.

-Certo. Obrigado. – mesmo que suas pernas quisessem seguir diretamente para lá, ele precisava cumprimentar os parentes primeiro. – Sr. Barbosa, Sra. Barbosa, que bom os ver novamente. Fizeram boa viagem, espero?

-Muito melhor que das outras vezes. – seu sogro assentiu.

-Oh Michael, ela está tão linda! Tão feliz! – sua sogra o abraçou. – radiante, de verdade. Você foi a melhor coisa que nos aconteceu! – segurando seu rosto, a senhora depositou um beijo estalado em sua bochecha.

-Meu Deus, querida, controle-se. – Franklin resmungou em português.

-Obrigado? – Michael corou, ainda desacostumado com elogios e... Mimos.

-Estava dizendo a sua mãe que não há par melhor. Lorde Nicholas era um charme, e Robert tinha suas qualidades, mas você... – ela piscou, emocionada.

Michael assentiu, agora sentindo vontade de rir.

-Eu me esforço para estar à altura dela.

-Ande, querida, deixe-o ir. Faz uma semana que não vê Maria Clara!

-Ainda preciso falar com os outros. – ele indicou a mãe e os primos. – João e Pedro não conseguiram vir mesmo?

-Chegarão apenas na próxima semana. – Sr. Barbosa explicou. – Eduarda preparou uma surpresa para vocês, mas esse é o máximo que posso contar.

A sobrinha de Marie, agora também dele, estava fazendo um grande avanço no inglês porque queria, de todas as formas, se comunicar com o "Tio Michael". Ela era uma coisinha pequena, manipuladora e simpática, bem menos escandalosa que as filhas de John, porém muito mais sapeca que todos os Shelby juntos – reinando solitária como única neta dos Barbosa até o início daquele ano, quando Pedro e Joana foram agraciados com o nascimento de Lilian, sua primogênita.

-Mal posso esperar para ver o que é. – riu.

Depois de saudar os outros visitantes, ele disparou pelas escadas rumo ao quarto principal. Ao abrir a porta, foi quase derrubado por uma massa caramelo gigante e ensurdecido por uivos característicos: Tirano, o Fila Brasileiro que ganharam de presente de um dos tios de Maria Clara, e Guerreiro, o Beagle que compraram para fazer companhia ao outro cão.

-Oi meninos, também estou feliz em ver vocês. – fazendo um carinho rápido nos dois, Michael tropeçou nos próprios pés ao se aproximar da cama. Caindo na beirada dela, escalou até a cabeceira e se deparou com o rosto risonha da esposa, encostada em alguns travesseiros. – não foi minha melhor entrada, né?

-Eu achei adorável. – Marie riu baixo, largando o livro que lia e passando uma mão pelo rosto dele, como se o mapeasse. – senti sua falta.

-E eu de vocês. – ele roubou um beijo breve, depositando outro na barriga dela. – conseguiu fazer tudo o que precisava lá?

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