Dashtaenna

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"When I was drowning
That's when I could finally breathe
And by morning, gone was any trace of you
I think I am finally clean"

Clean, Taylor Swift


Londres, Inglaterra, 1924

Quando Michael abriu a porta da casa de Ada, foi surpreendido por Polly querendo sair. Naturalmente, questionou o que a mãe fazia ali; Marie, notando que a mulher não desejava falar sobre o assunto, correu ao seu resgate.

-Ah, Pol! Você trouxe o vestido, então? Estava morrendo de medo de não ter uma roupa adequada para amanhã. – enrolando o braço no da futura sogra, Marie a arrastou para fora e piscou. – imagino que tenha entregado a Ana, certo?

-Claro. – Polly pareceu metade confusa, metade agradecida. – então até mais, querida.

-Até, Pol. Obrigada novamente e desculpe atrapalhar seu fim de semana!

-Sem problemas. – acenou. – até mais, filho.

-Deixe ele comigo. – Marie sussurrou enquanto a abraçava. – depois conversamos.

E sem hesitar, voltou para o lado de Michael.

-Você está me dizendo que ela veio apenas te trazer um vestido? – os olhos verdes brilhavam com desconfiança. – de Birmingham, em um sábado à noite?!

-Não te disse nada disso. – a brasileira deliberadamente lhe deu as costas, começando a subir as escadas. Era mais fácil mentir sem encará-lo.

-Foi o que pareceu ali. – ele a seguiu. – por que está fugindo de mim?

-Fugindo de você, Michael? A essa altura do campeonato?! – entrando no quarto, Marie começou a se desfazer dos sapatos. – venha, me ajude com os botões. – indicando as próprias costas, conseguiu a atenção completa dele.

-Onde está Ana? Não confio em mim mesmo para te auxiliar...

-Eu não a chamei, oras. – o olhou por cima do ombro. – ande, Michael, estou desesperada para tomar banho. Passei o dia inteiro nessa roupa!

-Me sinto na obrigação de perguntar, – parou atrás dela. – você não vai mudar de personalidade só porque vamos nos casar, né?!

-O simples fato de cogitar isso é razoavelmente ofensivo, sabia? – Marie segurou o riso. Não podia dizer que agia estranho apenas para distraí-lo sobre a aparição repentina de Polly. – se não abrir meu vestido agora, juro que vou entrar na banheira com ele.

-O que me pede chorando que não faço sorrindo?! – Michael murmurou com escárnio.

-Atualmente, tudo. Porém, antigamente...

-Acho que já tivemos essa conversa. – ele começou a desabotoar a peça. – e tendo em vista seu futuro como Mrs. Gray, creio que devo avisá-la de que poucas coisas lhe serão negadas.

-Por exemplo? – ela tentou não se arrepiar com a proximidade dele, porém foi inútil.

-Andar sozinha, se envolver ativamente com os Blinders e ter audiências particulares com homens... Em específico Hughes ou Lorde Nicholas.

-E Stanford?

-Stanford não. Por mais absurdo que seja, confio mais nele que em Nick.

-Código dos canalhas, imagino.

-Mm-hm. – assentiu, os olhos vidrados no pedaço de pele que era revelado conforme cada botão deixava a casa. – sabe o que mais está nesse código?

-Não tenho ideia. – ela sentiu o vestido solto.

-Que se uma dama quer um banho, um banho terá.

Surpreendendo-a, ele empurrou o tecido para baixo, deixando-a apenas com a lingerie.

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