O abraço dele ainda era o mesmo, ainda tinha o efeito de afastar os problemas nem que por um momento.
"Meninos, oque querem comer para o jantar?" - Escutei Vó Van dizendo ao descer as escadas e me separei de Mew.
"Vamos, falem logo oque querem para o jantar, e meu deus oque aconteceu com seu pé Gulf?" - A senhora perguntou terminando de descer as escadas e andando apressada em direção ao sofá.
Mew respondeu antes de mim.
"Sabe como ele é desastrado né vó, deixou um prato cair no chão, quebrou e ainda por cima pisou em um caco e cortou o pé" - Ele disse apontando pro pedaço de vidro na gaze ainda em cima da mesa de centro.
"Eu não acredito" - Ela falou pausadamente, "Você quebrou um dos meus pratos, Gulf se foi algum do jogo que seu avó me deu de presente eu juro que quebro você" - Falou batendo o pé
"Eu tô bem vó, obrigado por perguntar, Bruno o caco de vidro não me machucou muito, só não poderei andar direito por alguns dias e não, não foi da coleção que o vovô te deu" - Falei rindo
"Sorte sua, porque se não esse cortezinho ai não ia ser nada perto do que ia fazer com você, e quer saber, eu decido oque vamos jantar, a casa é minha e para de colocar nome nas coisas menino, você não perde essa mania em" - E saiu em direção a cozinha, "E eu não quero mais você perto dos meus prato, vai comer em pratos de plástico a partir de agora" - Gritou da cozinha.
"Amorosa como sempre" - Falei rindo olhando na direção da cozinha
"Mas agora por sua causa é capaz dela dar sopa de pedra pra gente comer no jantar" - Ele falou levantando do sofá, "Vamos sentar um pouco lá fora dramático" - Ele disse apontando para a árvore no quintal atrás da casa.
Assenti com a cabeça o olhando e me levantei tentando não colocar peso no pé machucado
"Quer que eu te carregue?" - Perguntou
"Nem vem, de novo não" - Falei esticando as mãos
"Então me deixa te dar apoio já que parece que você amputou o pé e não que pisou em um caco" - Ele falou rindo e se aproximando de mim, colando um braço na minha cintura e colocando o meu braço por cima do seu pescoço e começamos a andar.
Ele faz essas coisas como se isso não o deixasse nervoso, igual o abraço de agora pouco como se ainda fossemos como antes, é difícil decifrar oque ele pensa e ainda mais oque ele sente.
Eu só vou ficar sete dias mas eu tenho certeza que até lá eu vou enlouquecer se ele continuar agindo assim.
Passamos pela porta dupla de madeira em direção ao quintal dos fundos e fomos nos sentar debaixo da árvore.
Foi uma tarde tranquila, conversamos sobre a faculdade e a coincidência de termos escolhido a mesma profissão, escutei Mew se gabar que ele era um dos melhores alunos da sua turma além do mais bonito, coisa que eu não posso discordar.
Ele disse que eu já tinha um emprego garantido no escritório da família dele, oque me fez pensar em como seria o ver todos os dias, isso me trouxe uma sensação boa.
Quando nos demos conta já tinha anoitecido e vó veio nos chamar para jantar.
"Ah não vó, abóbora, ele quem quebrou o prato e eu que pago por isso" - Mew disse logo que entramos na cozinha
"Abóbora é bom, precisam comer coisas saudáveis também, sentem e comam logo" - Ela falou se sentando.
Mew puxou a cadeira e se sentou fazendo biquinho, me sentei também, rindo da sua reação a comida.
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Seven Years - MewGulf
Hayran KurguRespiro fundo, acho que não fico tão nervoso assim desde que me assumi para os meus pais. Mas voltar aqui me traz lembranças que eu me forcei a esquecer por tanto tempo, nunca imaginei que fosse me ver aqui, a ponto de encarar um dos motivos para eu...