Capítulo XXXIV

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O reptiliano estava fudido, sua oponente iria começar a descarregar as magias nele e ela também tinha 3 texugos atrozes furiosos que iriam lhe descer a porrada.
Planck!! Seu amigo elfo que estava jogando sinuca com o anão surge do nada e bate com o taco no cabeça da halfling, ela fica totalmente desnorteada, já ele, que pelo jeito que se movimenta e ataca parece ser um ladino, a derruba no chão e começa a impiedosa sequência de socos.
O reptiliano usa um feitiço de relâmpago e acerta uma corrente nos três texugos. Seu amigo anão também chega com um taco de sinuca, dá um encontrão no primeiro monstro o empurrando pra cima do segundo e na sequência acerta os dos com um golpe do taco.
O primeiro texugo sucumbe, o segundo estava quase e o terceiro também não ia aguentar muito tempo.
Dipper estava apanhando feio, ele não conseguia se concentrar pra usar magia, a meio-orc iria acabar com ele em pouco tempo.
Amém do bom serviço, um dos motivos de Dipper gostar do lugar era sua amizade com o dono e nesse caso, o poder da amizade venceu.
Hélio tem uma besta pesada que usa para se defender em casos assim ou em assaltos. Nesse caso, seu amigo precisava de ajuda, ele disparou no ombro da garota, com o ferimento relativamente profundo vindo do nada ela se distrai por um momento e Dipper aproveita pra fazer um feitiço de controle mental, combatentes corpo a corpo poderosos costumam ter corpo forte e mente fraca, o feitiço funciona, Dipper agradece seu amigo e olha aí seu redor e viu Marco enfrentando o maior oponente na taverna.
- Hmm meia-orc vs orc daria uma briga legal.
O garoto se concentra e a ordena em sua mente: defenda meu aliado.
Ela parte pra cima do orc.
- Marco, se abaixa!
A garota acerta seu alvo com uma voadora e começa uma sequência de chutes, o oponente se desorienta com a mudança de adversário repentina principalmente pq os dois tem estilos de luta bem diferentes.
- Espera, você tá?
- Calma... - Dipper respira fundo e desfaz a expressão de foco - Não mais.
A meio-orc parece ficar desorientada por um momento, seu adversário lhe acertar um jab de direita, ela volta a si por completo e sem lembrar o que houve começa a lutar com o homem que tinha acabado de lhe atacar.
- E agora? Pergunta o guerreiro que parece desconfortável com a idéia de não estar trocando socos com alguém.
- Que tal ir EMBORA? Responde Dipper levemente exaltado.
- Boa idéia essa! Diz Star quase gritando escondida embaixo da mesa, violência desenfreada, e sem um bom propósito não era a praia dela.
- E você maninha?
Mabel ainda estava lutando com a coelha, a bestial começa a perder o controle sobre a raiva e agarra os cabelos da meio-elfa, ela grita e agarra as orelhas da oponente, as duas se balançam tentando desequilibrar a outra, Mabel num movimento Impressionantemente sincronizado (visto que ela estava levemente embriagada) puxa a coelha pra cima e pra frente ao mesmo tempo a fazendo esticar uma perna e no momento que o outro pé sai do chão ela dá uma rasteira violenta e puxa as orelhas na direção da quina da mesa com toda sua força, a coelha bate a cabeça e cai inconsciente.
- Agora podemos ir embora.
- Uau... Diz Marco surpreso.
- Eu acho que ouvi um barulho de osso quebrando. Revela Dipper
- Então vamos torcer pra que não tenha sido o pescoço - diz Mabel piscando para o irmão. - Star, vamo?
- Calma! Grita Cabeçapônei.
O elfo que tinha derrubado a halfling tinha sido cercado e dominado pelos 5 mercadores, mesmo eles estando mais embriagados e não terem nenhum treinamento, os 5 vieram armados com cadeiras e o seu maior número prevaleceu, o elfo estava apanhando mais do que a halfling, ele já não conseguia mais se mover mas os 5 continuavam movidos pelo ódio, a verdade é que mercadores tendem a gostar de magos e usuários de magia em geral, pois seus maiores lucros costumam vir desse pessoal e também tendem a odiar ladinos por constantemente lhes roubarem causando prejuízo. Numa situação em que um ladino atacou uma feiticeira, seria um prazer espanca-lo.
Mas acontece que Cabeçaponei não sabia e mesmo se soubesse dificilmente se importaria com isso, ela só viu 5 "covardes" batendo num homem que já tinha sido derrotado.
- Star, me cobre!
A pônei aciona seu chifre que começa a brilhar, ela se concentra numa mesa em seu lado e a arremessa nos 5 agressores usando sua telecinese. A mesa acerta 3 deles mas só derruba 2, o que foi atingido mas não caiu e outro que parecia ser o mais bêbado não tiveram reação mas o outro que também é o maior dos cinco avança para cima das duas princesas.
- Soco de arco-íris!
O feitiço acerta na cabeça do alvo, a força do golpe mais a velocidade que ele corria faz as pernas do homem levantarem na altura do peito e ele cai com a nuca no chão.
- Ótimo! Agora chega, vamos!
Os 5 saem correndo, Dipper rapidamente joga uma pequena bolsa de moedas atrás do balcão, devia ser um pouco mais do a conta da noite mas o meio-elfo não fazia questão.
Os dois orcs amigos que estavam brigando entre si se juntaram contra o anão e o reptiliano mas por eles já estarem desgastados da sua luta amistosa e também por sua menor habilidade geral, a vantagem é dos dois aventureiros, a luta entre o maior orc e a meio-orc em algum momento virou um beijo violento aparentemente consensual até porque se não fosse não dava pra saber quem estava forçando quem.
Os 5 param de correr depois de se afastarem uns 40 metros da taverna.
- Uau! Eu já tô adorando esse lugar, vocês fazem isso toda semana? Pergunta CabeçaPônei.
- Infelizmente não hehe. Responde Mabel.
- Aquilo foi muita irresponsabilidade sua irmã!
- Que? Foi literalmente você que começou.
Marco intervém:
- Ah para, foi divertido, né Star?
- Divertido?? Eu nunca fiquei tão assustada na minha vida! E dessa vez eu nem estava sendo paga.
Os 4 riem e Mabel faz a proibida porém esperada pergunta.
- Então.. pra onde vamos agora??
- Que tal pra casa!?!? Responde Dipper levemente exaltado.
- Já?? A noite só começou maninho
- Eu ainda não tô vendo dobrado, logo não quero ir pra casa ainda. Diz Marco.
Star e Cabeça concordam que ainda era cedo. Dipper aceita a derrota e todos eles acabam indo ao Chama Azul, um clube noturno, ou boate se preferir.
Uma balada elfica estava tocando e parecia vir de todos os lados, as pessoas dançando animadas, as luzes azuis das tochas perambulavam e refletiam nos globos de vidro dando um efeito quase alucinógeno.
Dipper levemente hipnotizado comprou uma bela garrafa de champanhe, depois disso sua mente se perdeu, Star, Marco e Cabeça sumiram, Mabel estava pior que ele, a última coisa que ele se lembra é de de três garotas com a língua pra fora enquanto o jato da segunda ou talvez terceira garrafa de champanhe espirrava no rosto delas e de uma elfa milf com uma amiga bestial gata falando que nunca tinha transado com gêmeos antes...

Uma princesa, uma arqueira, um nerd e um paladino entram numa taberna.Onde histórias criam vida. Descubra agora