Capítulo XI

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O meio elfo aponta em direção de onde a garota vinha correndo, os outros dois tiveram que forçar a vista para ver a cena. Mabel corria sem olhar pra trás, cerca de uns 20 monstros a perseguiam, o mais próximo deles estava a uns 15 metros dela e se aproximando a cada instante.

Quando a distância entre eles já estava reduzida a metade, o bicho solta uma labareda na direção dela, queimando sua bunda arrebitada no estribo.

- Ai Ui Ai Ui!!!! Quente, quente, quente...
A morena sincroniza o movimento dos braços ao correr e tentar apagar o fogo simultaneamente, antes que ele queimasse sua roupa no pior lugar possível.
Dipper impulsiona a irmã aos gritos.

- Velocidade, Mabel!! Avante!

Para a sorte dela quando o dracoborterede soltou a chama acabou perdendo velocidade. Aumentando a distância entre eles.

Dipper entra em ação...

- Óh Boccob, arquimago dos deuses, emprestai-me sua força e me dê dois demônios...

Realizando ritos de magia ele solta um berro em direção aos dracoborteredes

- Invocar cães abissais!
Dois Pitbulls enormes, de cor preta e um visual assustador aparecem na frente da barricada.

Marco assiste a cena com cara de besta...
- Você não fez isso.
- Eles têm resistência ao fogo, confie em mim.
Mabel se aproxima do ponto de emboscada e Dipper continua seus ritos.
- Óh Lorde de todas as magias, orientai a mim e a meus aliados, abençoando-nos.
Uma sensação de coragem e de poder invade o coração dos quatro.
Mabel, mostrando uma resistência aeróbica incrível encerra sua corrida pulando sobre a barreira, cai fazendo um rolamento perfeito e assume a sua posição. Star entra em ação
- Mega explosão narval!
Ela conjura uma explosão de pequenos narvais acertando quase todos os monstros, a maioria sobrevive, mas gravemente feridos, mas não os impedem de continuar investindo contra nossos heróis.
- Cacete!
- Pois é, ela é boa. Disse Marco a Dipper.
Os monstros parecem não terem fim, eles gastam seu sopro quente nos cachorros que estavam na linha de frente e na barricada sem muito resultado. Marco balança sua espada freneticamente dando o golpe final em dracoborteredes feridos. Dipper se mantém um pouco mais recuado atacando no momento exato e dessa forma usando todo o potencial de sua lança, Mabel dispara flechas a uma velocidade quase estonteante, principalmente nos bichos que tentavam chegar até ela. Depois da segunda mega explosão narval os monstros se dispersaram demais, representando assim um risco do grupo ser cercado. Então, Star passou a usar "ataque da adaga de cristal" um feitiço que lança inúmeros projéteis afiados em formato de coração no alvo, ele tem uma área menor, não produz onda de choque e é mais forte e ocasionalmente usa "soco de arco-íris" quando algum "espertinho" chega muito perto.
O grupo já perdeu a conta de quantos foram mortos, mas eles simplesmente continuavam vindo como se estivessem sendo atraídos pra lá de alguma forma.

Um barulho de ossos se quebrando vem da frente da barricada. Um dos cães já era e o outro também não aguentaria por muito mais tempo. Depois foi a vez das mesas, foram reduzidas a cinzas. Não havia mais nada impedindo os dracoborteredes a chegar até os garotos.

Star se prepara para o ataque:
- Ataque da adaga de cristal! Ataque da ada... Droga funciona! Ataque da adaga de cristal!
A varinha de Star começa a falhar de tão quente e o intervalo entre os feitiços aumenta cada vez mais.
- Merda, são muitos!! Arrghhh!! Esbraveja Marco.
Um dos insetos diabólicos escala o escudo de Marco e solta uma labareda bem em seu rosto. Seu capacete não o protege completamente e uma boa parte do calor atinge seu rosto, já era o quarto, talvez o quinto sopro, isso sem contar a mordida feia no braço e o ataque de garra que ele recebeu na perna.
Dipper avança, espeta o bicho no pescoço e toca o amigo.
- Óh Lorde Boccob, cure este bravo guerreiro! Curar ferimentos leves!
Marco sente alguns de seus ferimentos se fechando.
-Valeu, cara!
- Não me agradeça ainda, minhas magias acabaram.
Eles continuam lutando, usando todas suas forças, mas quando a quantidade de dracoborteredes finalmente começa a diminuir...
- Ataque da adaga de... Ataque...
A varinha já não tem mais o brilho de antes.
- Droga! Gente minha varinha superaqueceu! Já era!
- Aguenta mais um poucooo... Fudeu! Minhas flechas acabaram! Revela Mabel desesperada.
- Fiquem firm.. arrgh!! Diz Marco enquanto um dracoborterede enterra os dentes profundamente em seu ombro direto.
Dipper anima o grupo como se clamasse por força:

- Temos que conseguir !!
Dipper levanta o escudo pra se proteger de um sopro, mas outro desses capetas o flanqueia pela esquerda e ataca com sua garra perfurando o tórax do rapaz, logo antes de virar espetinho, outros dois atacam pela direita, um tem sua garganta furada pela lança, mas o segundo consegue cravar os dentes na sua perna, fazendo o garoto gritar de dor e tossir sangue.
- RECUAAAAAAR !! Grita Dipper:
Os quatro correm em direção à cidade, Marco tinha deixado seu cavalo ali perto já que sua armadura e escudo pesados o deixavam muito lento. O tempo que ele demora pra subir no cavalo foi suficiente pra um dos monstros pular em sua direção e tentar cravar uma mordida, mas o paladino ergue seu escudo a tempo e o bloqueia completamente e uma vez em cima do trovão não existe dracoborterede capaz de acompanhá-lo. Ele começa a ganhar terreno e alcançar os companheiros.
Marco chama seu companheiro.
- Dipper, segura minha mão!!
O Clérigo consegue num pulo segurar a mão do cavaleiro e encaixar seu pé no estribo da cela e assim ficar pendurado no lado direito do cavalo
Marco - Star!
Dipper - Mabel!
Cada um puxa uma garota pra cima do cavalo em movimento

O cavaleiro consegue apanhar Star pela mão e a mantém segura em seus braços.

Já Dipper.... Ah, Dipper !!

O garoto puxa a irmã de qualquer jeito e larga ela deitada na garupa de barriga pra baixo sem ter onde segurar.

Dipper questiona:
- Merda, depois de tudo que passamos vamos perder toda a recompensa?? Não pode ser, Marco!

- Vamos viver pra lutar mais um dia e tentar de novo amanhã!
Nesse momento Star segura a varinha junto ao peito e sussurra baixinho.
- Varinha, por favor! Eu viajei até aqui pra me tornar uma pessoa menos egoísta, para aprender a ajudar as pessoas e agora meus amigos precisam de ajuda, não me deixe na mão, por favor!
A varinha começa a brilhar, não tanto quanto ela brilha normalmente, mas já é alguma coisa, isso esquenta o coração de Star, ela segura a mão de Marco e se pendura pro lado esquerdo do cavalo pra ter uma boa visão dos sete demônios que ainda os perseguiam.
- Vai ter que ser só um.
A garota respira fundo aponta a varinha e conjura.
- MEGA EXPLOSÃO NARVAL!!
O feitiço acerta os monstros em cheio, mata cinco deles e deixa os outros dois gravemente feridos.
- Boa, Star!! Essa é minha garota.
Dipper fica entusiasmado:

- Isso foi incrível, essa garota tem mana infinita.
- Ok galera! Vamos tomar o que é nosso!
O guerreiro reduz e faz meia volta.
Dipper reorganiza a ação

- Marco, finaliza aqueles dois e depois vai ajudar a Star e a Mabel no ponto de emboscada.
– Ok !
Os três descem do cavalo e Dipper entrega uma pequena khopesh pra Star.
- Star, pegue isso e vá com a Mabel, eu vou pegar os que você matou agora e já vou ajudar vocês.
- Ok!
Marco cavalga em direção a um dracoborterede que ainda precisa de um empurrãozinho pra voltar pro inferno onde ele não deveria ter saído.
-Eu sempre quis fazer isso! Confessa marco.
- Mira no pescoço pra adiantar o serviço! Pede o clérigo em tom de implicância
O cavaleiro se inclina, balança sua espada e com um golpe perfeito decapita o monstro.
- Assim está bom, Dipper? Responde o paladino com ironia. 

Uma princesa, uma arqueira, um nerd e um paladino entram numa taberna.Onde histórias criam vida. Descubra agora