Uma princesa, uma arqueira, um nerd e um paladino entram numa taberna.

Capítulo XXIV

- Cacete, que susto. - reclama a princesa. Mabel se aproxima de Dipper e pergunta preocupada.
- Maninho, você tá bem? Se machucou muito?
O garoto responde com a voz fraca.
- Estou bem, só me dá um minutinho. - o garoto dá um longo gole em seu cantil e usa algumas magias de cura. Enquanto Waddles retorna com o pé do goblin que ele perseguiu e recebe um agrado de sua dona, Marco põe a mão no queixo e começa a refletir.
- Gente, vocês também acham estranho eles terem vindo por trás? Porque a gente veio direto da entrada e tal, será que eles estavam do lado de fora?
- Ou eles vieram de uma bifurcação - sugere Shmebulock - Esse tipo de coisas é mais comum do que imaginam.
- O anão tem razão - diz Dipper ainda recuperando o fôlego. - sabe aquela estandarte que vimos e ninguém sabia o que significava? Alguém lembrou de olhar pra trás naquela hora? - todos ficam em silêncio e percebem o que aconteceu.
O grupo volta por onde veio, o meio-elfo usa uma bússola pra sempre saber a direção de onde vieram e pra onde estão indo, eles encontram o estandarte e dessa vez percebem o outro caminho que é estreito demais para ir de pé então Dipper vai na frente, Mabel atrás e Star no meio, os três agachados, Marco e Shmebulock ficaram guardando a entrada do "túnel".
Depois de uns 6 metros Dipper ouve alguma coisa, para e sussurra.
- Boccob, me empreste sua força e me revele as mentes pensantes, detectar pensamentos.
Depois de uns 20 segundos o garoto se dirige as suas companheiras.
- São quatro fêmeas e pelo menos seis filhotes, aqui é a fazenda de veneno deles, elas estão grávidas mas não significa que estão indefesas, Mabel, você vem comigo, Star, fique aqui, sua magia é barulhenta demais, pode atrair alguma coisa.
- Espera, vocês vão mata-los? - Pergunta Star.
- Mas é claro, se não elas vão termais filhos, eles vão crescer e vão matar gente inocente. - Responde Dipper
- Mas e se tiver um goblin bom?
- Star, é mais fácil chover no deserto do que nascer um goblin bom. - diz Mabel
- Os goblins bons são os que jamais saem de seus buracos, mas esse tipo também não existe, Star, mais cedo ou mais tarde você vai ter que aprender que não dá pra resolver tudo na diplomacia, pra fazer um mundo melhor temos que eliminar as coisas ruins e isso inclui goblins. Vem Mabel, vamos acabar logo com isso.
Os dois literalmente saem matando, algumas tentam fugir outras ficam paralisadas de medo, a única que tenta lutar mal consegue se aproximar, os filhotes foram ainda mais fácil, eles choravam enquanto viam suas mães, primos e irmãos serem mortos sem piedade. Star preferiu não olhar, no fundo ela sabia que Dipper estava certo mas preferia não acreditar talvez se o garoto tivesse sido mais gentil ela poderia concordar mais facilmente.
Ao terminar o massacre, Dipper acha e guarda 15 doses do veneno que era produzido ali e 5 doses do antídoto, o garoto toma um, dá outro para Star e guarda o resto, Mabel percebe outros dois caminhos que eles podiam seguir, um aparentemente levava para fora da caverna e outro que talvez voltasse pro túnel principal, Dipper preferiu não arriscar e os três voltaram por onde vieram. Chegando lá eles encontram Marco dando dicas de combate pro Shmebulock, o garoto os percebe e vem até eles.
- E aí? Como foi lá? Eu achei ter ouvido alguns gritos.
- Foi um massacre! Elas estavam completamente indefesas! Mas esses dois quiseram matar aquelas goblins inocentes.
- Ah chega eu não vou ter essa conversa de novo não.
- Star, vem cá - o paladino gentilmente apoia o braço ao redor dos ombros dela e os dois vão caminhando lentamente em direção a saida da caverna - a verdade é que os goblins já nascem... Qual o oposto de inocente?
- Culpado! - responde Dipper ainda conseguindo ouvir a conversa dos dois.
- Obrigado! Enfim, então tente pensar nos verdadeiros inocentes que estamos salvando matando esses goblins.
- Humpf, mas... É que... Não dá pra... - Star não sabe exatamente o que dizer.
- Olha eu sei que isso não é legal, que está longe do ideal, mas o mundo é assim, não deveria, mas é, a vida é feita de escolhas e nem sempre ser bonzinho e piedoso é a escolha certa.
- Faz sentido.. - Star da um abraço de amigo em Marco e ele retribuí.
- Porque o Dipper não consegue falar assim hein?
- Star, ele apanhou de um monte de carinhas menores que ele, é normal que o garoto esteja mal humorado, nós sabemos que ele normalmente não é assim.
- Eh, você tem razão
Os dois se reúnem ao resto do grupo, eles aplicam o veneno nas armas e continuam avançando, eles passam pelo cadáver do goblin morto pelo Waddles e vêem um bifurcação, essa não estava escondida como a outra, Dipper e Mabel suspeitam que o outro caminho os levarão à fazenda de veneno que atacaram mais cedo então os dois convencem o grupo a seguir pela outra direção, eles andam por mais uns 15 metros pela caverna escura até que um barulho de chicotadas um riso maléfico começa a ser ouvido, os aventureiros continuam avançando e encontram uma cortina densa feita com tiras de couro batido com rebites de metal, ao se aproximar é possível ouvir correntes e gritos de dor abafados e perceber alguma luz escapando por cima de onde as tiras estão presas.