Capítulo XL especial: Os navios

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Pessoal, este capítulo é inteiramente dedicado a descrever os 4 navios do comboio, boa parte deste arco vai se passar neles então achei válido descreve-los detalhadamente.
Obs: quando eu escrevo "centro" estou me referindo ou ao centro entre bombordo e estibordo ou entre pra cima e pra baixo, agora, quando usar o termo "meio" estou me referindo ao espaço entre a proa e a popa.
Descrição do Rosário
A parte de aço do casco do navio é de um cinza azulado lindo que parece refletir a grandiosidade do mar, além de ajudar um pouco na camuflagem durante o dia, tudo que é de madeira é pintado de branco. A figura de proa do Rosário é uma escultura extremamente bem esculpida em aço de uma elfa cheirando uma rosa encostada em seu rosto. O navio tem três mastros, o do meio, que é o maior, tem velas quadrangulares, o meio termo entre quadradas e triangulares, os outros dois tem velas triangulares, que permitem velejar com menor ângulo contra o vento porém tem menos velocidade velejando a favor do vento se comparado com as quadradas. O Rosário possui três conveses e um porão, a proa do convés do meio e do de baixo são ocupados pelas duas balistas, os tiros são feitos por grandes e grossas "janelas" nas laterais que só são abertas na hora de atirar, eles miram através de uma fresta nessas janelas. Nas laterais da popa do convés de baixo há corredores e o banco dos remadores, são 12 de cada lado, no centro da popa e do meio estão os dormitórios dos tripulantes de baixa patente, o convés central abriga os aposentos reais na popa e os dormitórios dos tripulantes de alta patente no meio. Os tripulantes de alta patente são os que operam as armas do navio.
Os dormitórios dos tripulantes são simples, minimalistas, sem privacidade e levemente apertados, mas os colchões das triliches são excelentes. Os aposentos reais são divididos em dois, o quarto da família real que é uma suíte luxuosa com uma cama de casal enorme, uma beliche bem grande e um closet bem espaçoso, há também o quarto nobre para diplomatas ou outros convidados, o cômodo possui várias das beliches iguais a do quarto real, além de oferecer um banheiro privado, um pequeno closet e um acabamento e espaço intermediário entre o real e o dos tripulantes.
Embaixo disso tudo há um porão onde é guardado a maioria dos suprimentos e provisões do navio, na parte mais alta tem 1,40 do chão até o teto, essa é a parte do navio que fica abaixo da linha da água, é muito difícil se locomover por lá além de ser bem escuro, o lugar é realmente só um depósito bem grande. Na popa do convés superior há uma cabine apelidada de castelinho, onde se abrigam a cadeia de comando do navio quando não estão em seus postos, além de ser o local onde ficam os cofres com mapas, outros documentos e coisas importantes que não podem ser expostos à maresia além de quantias em dinheiro e objetos de valor. Em cima dessa cabine fica o leme, o "volante" do navio. No meio do convés ficam o segundo e terceiro mastro e duas das nove hwachas do navio, hwachas são peças de artilharia capazes de disparar dezenas ou até mesmo centenas de flechas em poucos segundos usando a mesma engenharia dos fogos de artifício, o resto das hwachas fica na proa, junto com o primeiro mastro. As refeições no navio são feitas no refeitório no convés superior bem ao lado da cozinha onde a comida é preparada, tudo isso (cadeiras, mesas, talheres, pratos, forno, fogão a lenha, panelas, churrasqueiras etc.) fica desmontado e guardado no porão até a hora de alguma refeição. O navio também é equipado com um aríete monstruoso feito de adamante, um metal raro extremamente forte, o mesmo material usado na parte interna da armadura do casco e na quilha do navio. Montado a poucos centímetros abaixo da linha da água, esse aríete afundaria qualquer embarcação que o Rosário abalroar. A armadura do casco é formada de fora pra dentro por uma camada média de aço, uma grossa de madeira elfica, que pesa a metade de uma madeira normal e por uma fina camada do adamante já mencionado. Assim terminamos as especificações da obra prima da marinha de Ontlens, o grandioso Rosário
Tripulação do Rosario:
Comando: 6 (capitão, imediato, comandante de velas, comandante de remos, comandante de armas e oficial de comunicação)
Remadores: 30 (são 12 remos de cada lado, logo 24 no total, em situações de remo constante, 6 podem descansar em turnos alternados)
Responsáveis pelas velas: 15
Manutenção: 6 (cuidam do navio, das armas do navio e das dos tripulantes)
Hwachas: 22
Ballistas: 12
Estoque e limpeza: 4 (mantém tudo limpo, arrumado e fazem a contabilidade dos suprimentos e provisões)
Médicos: 5 (clérigos especializados em magias de cura e várias técnicas de cura sem magia)
Obs: os tripulantes são os melhores dos melhores da marinha real, juntam dom natural e treino pesado para chegar perto da perfeição, porém, a maioria não tem experiência real de combate.
Descrição do Lua Negra
As cores do navio fazem jus ao nome, seu casco, velas, mastro, até as cordas usadas, todo o navio visto de fora é preto fosco, durante a noite o navio é praticamente invisível. Ele tem dois mastros com velas triangulares, seis remos de cada lado, quatorze canhões, seis em cada lado e dois pra frente, esses canhões são de alta tecnologia, o projétil e a pólvora são acoplados um ao outro em um cartucho de papel prensado e podem ser recarregados em quase metade do tempo dos canhões normais, mas como a projeto ainda é um protótipo o calibre usado é reduzido por segurança e pela questão do peso do cartucho na hora de recarregar.
O corpo do Lua Negra é composto por dois conveses sem porão e com castelinho, o castelinho tem a mesma função do Rosário e abriga o capitão e suas duas esposas (a imediata e a melhor espadachim do navio). O Lua Negra tem um aríete em formato de facão na altura da amurada e a figura de proa é um fantasma sombrio coberto de tecido pra dar movimento e uma aparência verdadeiramente fantasmagorica. A armadura do casco do navio mercenário é composta por várias camadas finas de madeira e metal intercalados, um espaço preenchido de água e outra camada fina de madeira por último. A água diminui as chances de um tiro que atravessar a armadura explodir o paiol.
No convés inferior há apenas remos na popa e canhões no meio e na proa.
Não há dormitórios, os tripulantes dormem em sacos de dormir divididos entre o convés principal e inferior, em caso de chuva ou frio excessivo todos vão para o inferior.
Há doze bestas montadas na amurada do navio, cinco de cada lado e duas atrás, em um combate elas podem ser usadas por qualquer um que esteja a toa e tem o triplo da potência de um arco longo.
Tripulação do Lua Negra:
Comando: 2 (capitão e sua segunda esposa que é a imediata)
Remadores: 12 (2 especialistas em combate entre eles)
Responsáveis pelas velas: 5 (1 especialista entre eles)
Pescador oficial: 1 (também é um especialista)
Manutenção e limpeza: 1 (também é um especialista)
Canhoneiros: 14 (caso não tenham um navio para mirar os canhões, eles pegam mosquetes e se juntam ao esquadrão)
Esquadrão de mosquete: 10 (respondem ao capitão e não a chefe de combate)
Médico: 1 (suporte ativo em combate)
Chefe em combate: 1 (primeira esposa do capitão que comanda os especialistas em combate já mencionados)
Obs: até os mesmo os tripulantes que não são especialistas podem lutar em uma emergência, é preferível morrer lutando a se render e provavelmente acabar sendo executado.

Descrição do Falcão de guarda.
Dois conveses, um mastro com uma grande vela triangular, uma única vela daquele tamanho tem quase o mesmo potencial das velas do Lua Negra e precisa de menos tripulantes para ser usada, o único ponto negativo é que uma vela tão grande é muito chamativa mas para um navio patrulheiro não faz diferença.
O navio tem um castelinho equipado com quatro celas, item obrigatório em um barco patrulheiro.
O navio tem dez remos, sete canhões, três para cada lado e um pra frente, uma vantagem desses canhões é o ângulo máximo que eles conseguem mirar, são 40⁰ pra cada lado sendo que a maioria dos navios conseguem no máximo uns 30⁰. O único problema é que para isso é necessário uma armadura de casco fina ou buracos grandes para os canhões, o Falcão de guarda tenta chegar a um meio termo entre os dois.
O calibre dos canhões é o mesmo do Lua Negra, maior velocidade do projétil, maior alcance e precisão porém menos dano ao alvo é perfeito para um navio patrulheiro e também serve para um navio mercenário.
A questão de dormitórios é semelhante ao Lua Negra.
Tripulação do Falcão de guarda.
Comando: 3 (capitão, imediato, oficial de comunicação)
Responsáveis pelas velas: 3
Remadores: 10
Canhoneiros: 14
Obs: todos os tripulantes tem funções secundárias como cuidar dos feridos, da manutenção do navio e das armas de cada tripulante.
Obs²: todos eles são combatentes veteranos.

Descrição do Garça Real
Um navio viking clássico porém um tamanho reduzido e agilidade aumentada, uma grande vela triangular, uma balista na proa (como a do Rosário, porém menor) apelidada de "Destruidor" e uma barbatana retrátil na quilha, ela é abaixada quando o vento está em proa para aumentar a estabilidade do navio, sua velocidade e diminuir o ângulo contra o vento. E é levantada quando o vento em popa e na hora de atracar em uma praia ou passar por águas rasas, duas coisa que os navios vikings são muito bons. O barco também tem uma garça pintada na vela e esculpida na proa.
Tripulação do Garça Real:
Comando: 3 (capitão, imediato e conselheiro em terra)
Velas: 2 ou 3
Obs¹: o resto da tripulação é bem versátil quanto as tarefas, por exemplo: No momento de usar os remos as velas ficam abaixadas então os gêmeos que cuidam delas podem ajudar a remar, o Ingvar que normalmente cuida de manejar o destruidor enquanto outra pessoa mira, também pode ajudar nos remos caso não estejam em situação de combate, ele inclusive é tão forte que vale por dois remadores e é o único que consegue manejar o destruidor sozinho, sem ele é necessário dois para fazer este trabalho.
Obs²: eles são escandinavos, logo são guerreiros insanamente competentes.
E assim termina a descrição dos navios do comboio, espero que tenham gostado de imaginar cada detalhe desses monstros aquáticos de madeira e metal. Não esqueçam de comentar e até mais!

Uma princesa, uma arqueira, um nerd e um paladino entram numa taberna.Onde histórias criam vida. Descubra agora