Capítulo X

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Quando eu tinha uns 15 anos, morava na Germânia, um país que fica ao leste da Escandinávia. Minha casa ficava isolada em uma floresta de carvalho, éramos lenhadores. Um dia, nosso trabalho rendeu bastante, nosso estoque já estava quase cheio e não tínhamos um lugar para armazenar o excedente. Então, fui vender o que havia sobrado numa cidade bem próxima dali.

Ao voltar para casa, no final da tarde, estava inquieta, passou sobre mim um vento impetuoso. Ao me aproximar o silencio que vinha de casa me fez pular de sobressalto do meu cavalo. E ali, diante dos meus olhos estava a pior imagem que alguém pode ver...

Toda a minha a família havia sido assassinada por ogros. Pai, mãe, dois irmãos mais novos, uma irmã mais velha e minha avó. Eles também levaram quase tudo, eu só consegui recuperar um burro e a zweihander do meu pai, que estava guardada. Ah se ele tivesse tido chance de pegá-la... nada disso teria acontecido. Fiquei imóvel, em choque... Por horas, que para mim foram dias. Por morar em um lugar isolado, tive que preparar os rituais fúnebres, não tinha com quem contar.

Enquanto faziam as covas, fui vista por um andarilho. Ele se aproximou com ar de mistério e me perguntou sobre o ocorrido. Juntei o que tinha de força e contei-lhe da tragédia. Comovido se ofereceu pra comprar todo aquele estoque de madeira pelo dobro do preço se eu me tornasse sua discípula, eu aceitei com a condição que ele me ensinaria a dominar a zweihander pra que eu tivesse como levar minha família comigo, pra qualquer lugar que eu fosse. Assim, vim parar aqui, onde treinei com ele por uns dois anos até entrar na guilda e o resto vocês já sabem.
- Woowwww, que história foda! E triste também, né? Meus sentimentos pela sua família. Mabel de fato havia ficado comovida e se arrependeu de ter indagado sobre o passado da Jackie.
- Tudo bem... A galera da guilda, principalmente esses dois, são minha nova família.
Gideon ouvindo isso também declara:

- A gente também te considera como família.
- Uma família zuada, mas ainda é uma família.
- E você mantém contato com esse cara? Quis saber Dipper.
- Não, na verdade eu não lembro de nada sobre ele. Exceto o nome.
- É? Qual era?
Jackie hesita , mas responde:

- Bill, Bill Cipher.
Um silêncio constrangedor paira no ar e só foi quebrado pela arqueira que ia a frente do grupo. Eles estavam numa colina e olhavam pra cidade de cima pra baixo, era um lugar comum, uma cidade cercada por florestas, com uma nem tão pequena área de transição entre a vegetação rasteira dos pastos e as árvores altas da floresta. No centro da cidade havia a mansão do prefeito. Daquela distância nada parecia fora dos conformes, exceto por pequenos focos de incêndio espalhados ao redor do lugar.
- Ok galera, foi um prazer viajar com vocês, mas acho que é daqui que nos separamos. Diz Dipper.
Jackie- Ok! Boa sorte, pessoal!
Os três partem em direção a cidade e pôde-se ouvir de longe:
Jackie- Leste ou oeste, pessoal?
Robbie - Uni duni...
Dipper respira fundo e começa:
- Companheiros, temos que pensar numa estratégia pra enfrentar esse bichos.
- Como uma emboscada? Perguntou Marco.
- Exatamente como uma emboscada. Estão vendo aqueles montes ali?
Ele aponta pra dois montes um do lado do outro formando um estreito corredor.
Todos confirmam e Dipper continua:
- Então, a Mabel consegue ser bem silenciosa, irritante e rápida quando ela quer.
Mabel ri e concorda.
- Então, ela poderia procurar por um grupo razoável de dracoborteredes, 15 no máximo, e atraí-los pra essa posição onde o Marco ficaria no vale, na linha de frente, Mabel estaria no topo do monte flanqueando e Star atrás e um pouco acima do Marco podendo usar poder de fogo bruto em uma área grande. Pode fazer isso Star?
- Tá brincando? É minha especialidade.
- Ótimo, eu vou ficar junto com o Marco e vou usar magia de invocação, de suporte e de cura se precisar.

Todos concordam
Eles se preparam pra executar o plano, mais tarde Marco deu a ideia de usarem alguma coisa como barreira pra frear o avançodos monstros e facilitar o trabalho dele. A ideia foi aceita e elogiada por Dipper que decidiu usar mesas pra construir a barreira.
Os três assumiram suas posições e a Mabel saiu pra procurar e atrair os monstros.
Depois de menos de um minuto andando ela acha pegadas de dracoborteredes e as seguem em silencio. Logo a frente ela avista um grupo com cerca de 14 monstros a uns 15 metros. Ela saca o arco, puxa duas flechas, encaixa uma, tensiona a corda, mira no mais distante, atira...

antes da flecha chegar no alvo Mabel rapidamente encaixa a segunda e ouve o grito de dor do monstro, sinalizando o que ela soube no estante que a flecha saiu do arco

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...antes da flecha chegar no alvo Mabel rapidamente encaixa a segunda e ouve o grito de dor do monstro, sinalizando o que ela soube no estante que a flecha saiu do arco. Ela expira e atira de novo, mas o monstro se meche ao ouvir o grito do companheiro...

 Ela expira e atira de novo, mas o monstro se meche ao ouvir o grito do companheiro

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...mas ela acerta mesmo assim. Mabel satisfeita com sua performance com um ar de deboche reflete:
- Deve servir, tchau gente!
A garota sai correndo como se sua vida dependesse disso, porque depende.
- Nossa a Mabel tá demorando né? Pergunta Marco a Dipper.
- Paciência é uma virtude, daqui a pouco ela apa... Alí ó não falei?

Uma princesa, uma arqueira, um nerd e um paladino entram numa taberna.Onde histórias criam vida. Descubra agora