Uma princesa, uma arqueira, um nerd e um paladino entram numa taberna.

Capítulo XXXVIII

Estava chovendo em Ontlens, já estamos no fim da tarde, na entrada principal da cidade um pequeno grupo encharcado se aproxima.
Enquanto isso, na guilda, Dipper e Mabel estão na biblioteca, ela pesquisa sobre magias de patrulheiro, enquanto ele lê um livro sobre monstros do quadrante hadal e técnicas para derrota-los.
Marco está mandando uma carta para seus pais falando sobre a missão, não tinha escrito para eles desde que começou a namorar com Jackie.
Star está em seu quarto conversando com Cabeçapônei, sobre todas as aventuras que ela teve em Ontlens e relembrando as que tiveram juntas.

Marco ouve um barulho na porta, a maçaneta girando e uma loira passando pela porta.
- Jackie! Eu tava com saudade, como foi lá??
- Ah cara eu tô cansada, cof cof, deixa eu me limpar aí a gente acende a lareira e conversa.
- Ah sim claro, você deve ter pegado bastante chuva né??
Jackie apenas acena com a cabeça, já se despindo indo na direção do banheiro.
Marco a acompanha e oferece ajuda pra limpar suas costas. Ele passa a toalha com delicadeza pela pele costurada dela.
- As cicatrizes ainda doem quando tocam nelas?
- Não, os remédios estão fazendo efeito, inclusive, eu paro de tomar essa semana.
- Amor, isso é ótimo.
- Sim.
Apenas o barulho da água se faz ouvir.
- Amor, eu tenho que te falar uma coisa.
- O que? Pode falar.
- A princesa Pacífica, veio pessoalmente chamar o meu grupo pra uma missão em alto mar, que vai durar uns 3 meses.
- Nossa, mas, a gente vai ficar tanto tempo assim longe?
- Pois é, e os caras meio que insistiram pra eu não levar o Robbio e o Gideon, então, a não ser que tu queria deixar eles sozinhos por tanto tempo, a gente vai ficar longe um tempão.
- Mas, Marco, poxa, será que, tsc, não acha melhor a gente dar um tempo então?
- O que? Como assim?
- Sabe, a gente fica livre esses três meses, e quando você voltar, se você não achar alguém melhor, se nós não decidimos que somos melhores amigos que namorados, sei lá, vamos deixar o tempo falar.
- Mas.. mas, poxa, eu...
- Ou esses três meses podem provar que nós devemos ficar juntos, eu já disse, vamos ver o que vai acontecer com nossos sentimentos. Até porque, o nosso fogo tá esfriando.
- Mas, sério? Marco estava visivelmente triste. - Então tá, acho que você tem razão. Aconteceu tudo meio rápido, feito no impulso. Mas foi bom enquanto durou.
Jackie tinha falado de dar um tempo, Marco estava entendendo como um término definitivo, no fundo Marco concordava plenamente no fim do relacionamento, seus estintos de paladino sussurravam que Jackie era garota problema e seus estintos masculinos sabem que existe outra garota, uma mais carinhosa e que passa uma sensação de confiança e conforto maior.
Nesse momento ela já tinha terminado o banho
- Você vai embora daqui a quanto tempo?
- 4 dias. Quer adiantar a mudança de quarto antes disso?
- Que? Você já tá pensando no nosso tempo como um término definitivo?
- Ué, você não? Pra mim essa história de dar um tempo é pura ilusão.
- Você já tá com outra pessoa em mente né Pode falar eu não vou ficar brava não.
- Lógico que não, tá me estranhando garota?
- Então tá...
Dava pra ver que ele não tinha fé em suas próprias palavras, paladinos são péssimos mentirosos.
Os dois colocaram seus pijamas e foram dormir.
Jackie adormeceu primeiro e deixou Marco sozinho com seus pensamentos.
"Será que foi uma boa idéia?" "Eu sempre fui apaixonado nela e agora eu tô abrindo mão" "Poxa mas ela é tão linda" "Não, um relacionamento não pode ser baseado nisso" "De qualquer forma ela tá sempre longe em missão, eu tenho que arrumar uma pessoa que esteja perto" "É melhor pra ela ficar solteira, ela pega quem ela quiser" "Será que ela já me traiu? Não, eu duvido"
Esses foram alguns dos pensamentos que lhe cutucaram a mente antes do nosso guerreiro conseguir dormir.
Ao amanhecer, Marco acorda primeiro e simplesmente se arruma e vai embora, enquanto Jackie ainda dormia.
Chegando no salão Dipper e Mabel já estavam tomando café da manhã
- Bom dia gente
- Bom dia Mano, tudo bem? Você tá com uma cara meio triste. Dipper parecia preocupado com o amigo
- Bom dia, ouvi dizer que aqueles três já voltaram, já conversou com ela sobra a viagem? Pergunta Mabel.
- Então, a verdade é que... não, eu não tô bem. E sim, a gente conversou, e decidimos dar um tempo.
Marco explica aos dois exatamente o que houve. Mabel por pouco consegue esconder a felicidade com a notícia.
Logo depois, Star chega no salão, recebe a notícia e também quase revela que torcia contra o namoro dos dois.
Ao cair da tarde, Star, Cabeça e Dipper testavam magias novas. 
- De onde você tirou essa idéia mesmo? Pergunta Dipper.
- Uma vez eu e Cabeça fomos parar numa dimensão que tinha uns caras que tinham um monte dessas, como eles chamavam mesmo?
- Metralhadoras eu acho.
- Isso! Valeu amiga. E essas metralhadoras disparam projéteis físicos, se eu conseguir invocar uma dessa seria perfeito pra usar contra um grupo grande e espaçado ou alguém com resistência a magia.
Dipper acha a idéia promissora, mas Star já estava praticando essa magia a uma semana sem sucesso.
Depois de quase uma hora tentando invocar a arma, Dipper tem uma idéia.
- Mas, calma aí você tá tentando invocar uma metralhadora igual as que vocês viram nessa dimensão?
- É ué.
- Mas, Star, eu reparei que todos os seus feitiços tem, como eu posso dizer... Um toque seu, eles ficam com a sua cara, então, que tal invés de invocar algo que já existe, tente invocar a sua própria versão disso. O que acha?
Star adorou a idéia, ela pensou em algo, mudou um pouco o feitiço e lá estava, uma metralhadora dourada em suas mãos.

Relacionamentos acabam, feitiços novos são aprendidos, um cenário totalmente novo vai ser explorado.
Comentem aí as suas espectativas para esse arco, talvez sua idéia seja considerada e com certeza seu comentário vai me motivar a continuar escrevendo e vai fazer o capítulo sair mais rápido!