Capítulo XXI

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Os sete almoçam juntos enquanto assistem a performance do Bardo.
No meio do refrão, na parte mais animada da música, uma corda do alaúde rompe e dá uma chicotada nos dedos dele. Algumas piadas e risadas são ouvidas.
- Gimble! Larga de ser pão duro e arruma um alaúde de verdade! Isso aí não serve nem pra lenha. - implica um elfo na plateia.
Gimble, derrotado, abandona o palco mancando e vai para a cantina beber algumas coisa.
- Coitado. - diz Star.
- É triste ver ele nessa situação, eu cresci enquanto ele estava no auge, as músicas dele eram inspiradoras.  comenta Mabel.
- A verdade é que desde que ele tomou aquela flecha amaldiçoada no joelho e largou a vida de aventureiro a decadência começou, ele já não escreve uma música nova a muito tempo.  acrescenta Jackie. 
Eles mudam de assunto e continuam a conversa. Depois de um bom papo nada melhor que uma boa sessão de treino. Enquanto a maioria dos arqueiros tentam acertar maçãs a 20 metros, Mabel pratica tentando acertar uma azeitona a 8 metros de distância, Star faz amizade com uma maga de olhos vermelhos com um chapéu estranho e um cajado mais alto que ela, as duas vão para um terreno bem aberto e vazio treinar magias explosivas, Gideon pratica suas adivinhações com um jogo de dados, Marco e Jackie treinam um contra o outro mas depois de uns 8 ou 9 minutos os dois acabam indo pro quarto "treinar" outra coisa, Robbie começou uma pesquisa pra deixar seus mortos-vivos mais fortes, visto que ele iria depender mais deles de agora em diante. Dipper foi à biblioteca de Stanford procurar um livro de medicina, técnicas de primeiros socorros ou alguma coisa assim, cinco capítulos depois o garoto decide encerrar os estudos e escrever uma carta para a menina que a uma semana atrás ele achava chata e metida mas que hoje em dia é a dona de seu coração. 
Enquanto isso a mais ou menos meio kilometro da entrada da capital.
- O que!? É sério que você só consegue usar magia uma vez por dia? - pergunta Star.
- O melhor ataque é aquele que só precisa ser usado uma vez - responde a baixinha do chapéu.
- Pelas raízes do toco Megumim! E eu achava que eu era meio doida.
Megumim vai primeiro, a carmesim conjura uma explosão absurda que deve ter sido ouvida até no castelo do rei, ela usa suas últimas forças pra cambalear até uma árvore onde se senta e assiste Star treinar os feitiços dela aproveitando pra dar umas dicas.
O sol se põe, a noite e a chuva chegam juntas, o barulho suave da água caindo no telhado ajuda os aventureiros a pegaram no sono, eles dormem torcendo para que o dia de amanhã traga tempo bom e missões melhores ainda!
O galo canta e sino toca anunciando o começo de um dia lindo. Os quatro amigos de novo se encontram no salão, o quadro de missões como as mesas da cantina estão cheios.
- Gente, o que vocês acham dessa aqui..
Dipper escolhe uma missão para vasculhar uma mina de platina que parece ser o abrigo de criaturas hostis.
- ...é uma caverna então é pouco provável que sejamos cercados como na última vez, mas ao mesmo tempo pela descrição ela é bem larga então não devemos ter problemas de lutar apertado ou algo assim e a recompensa é boa, 20k po mais o saque.
Todos concordam com Dipper, que a essa altura estava tomando o papel de líder do grupo e nenhum dos três parecia ser contra a ideia.
Eles levam o panfleto da missão até o balcão para  aceitá-la.
- Bom dia seus malucos, acharam algo de bom no quadro? - pergunta Wendy atrás do balcão.
- Bom dia! A gente queria saber mais sobre essa missão aqui - responde Dipper enquanto entrega o papel.
- Bom, deixe-me ver, o mandante dessa missão é um anão chamado Shmebulock, membro fundador do sindicato dos mineiros de Ontlens, inclusive é lá mesmo que ele quer encontrar com vocês, só assinarem aqui e já podem ir.
Os quatro arrumam suas coisas. Antes de sair os gêmeos se despedem de seus tutores e Marco de sua namorada.
- Não abaixa a guarda lá hein. - adverte Jackie.
- Relaxa amor, se tudo der certo eu tô de volta hoje a noite ou amanhã de madrugada, você vai estar aqui pra me receber?
- Depende da missão que o Gideon escolher mas provavelmente não.
Os dois dão um selinho e ele parte.
Os quatro chegam na sede do sindicato a cavalo, Dipper pergunta sobre Shmebulock na entrada e é levado direto a seus aposentos, o anão recebe o garoto, apanha o equipamento que tinha deixado preparado, duas picaretas, uma tão grande que exige as duas mãos e outra do tamanho de uma adaga, as duas douradas, além de e uma mochila comum, seu cavalo tem um tom castanho claro e se chama adamante, os cinco caem na estrada em direção à mina.
- Então Shmebulock, o senhor tem um palpite sobre que criaturas habitam aquele lugar? - pergunta Dipper.
- Infelizmente não, sabemos apenas que sabem escrever no idioma comum, nós mandamos um grupo ficar de tocaia nas redondezas para tentar descobrir mais sobre eles mas os homens não voltaram.
- Putz! Isso não é nada animador. - diz Mabel.
- Minha cara, a verdade é que aqueles eram mineiros sem nenhuma experiência em combate, mas eles já tinham voltado de duas tocaias parecidas sem terem sido descobertos pelo alvo, isso significa que nós poderemos não ter o elemento surpresa porque a mesma coisa que viu meus espiões também pode ver a gente.
- Mabel, você vai na frente para procurar armadilhas mas não se afaste muito de nós já que eles podem estar nos esperando com uma emboscada. - sugere Dipper.
- Pode deixar irmão, o Waddles também não vai sair de perto de mim.
- Owwn que fofo o jeito que ele se preocupa com ela - diz Star e os quatro se olham e começam a rir, talvez porque no fundo todos sabiam que a relação dos dois gêmeos é um verdadeiro exemplo de como irmãos devem se tratar.
Ao longo do caminho Shmebulock conta suas melhores histórias e convence a todos que a vida de um mineiro não é nada monótona.

Uma princesa, uma arqueira, um nerd e um paladino entram numa taberna.Onde histórias criam vida. Descubra agora