Capítulo XXXIX

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Os dias passaram rápido. Mabel, Dipper, Marco, Star e cabeça chegam ao castelo mais ou menos as 6 da manhã depois de 3 talvez 4 minutos de espera, os portões se abriram e deles sai o comboio, os aventureiros embarcam na carruagem da princesa e seguem viagem.
Dipper se sentou ao lado de sua garota e recostou sua cabeça no ombro dela pra receber um carinhoso cafuné.
Depois de curtir o breve silêncio, Marco, que como todos exceto Pacífica, ainda se recuperava do sono de acordar tão cedo, puxa o primeiro assunto da viagem.
- Então, princesa, o que você viu no nosso Dipzinho?
- Ahh qual é? Se ela for falar todas as qualidades do meu irmão a gente chega em Khanjali e ela não terminou ainda.
- Ihhh Mabel, tu nunca falou comigo assim não.
- Nem vem. Eu sempre te admirei sim.
- Admirar tudo bem agora puxar meu saco desse jeito nunca.
- Ahhh mas é porque agora você o provável futuro rei de Ontlens né?? Kkkk
- Ha! Quem me dera. Diz Pacífica deixando todos menos Dipper surpresos. - Meu pai jamais ia permitir, Dipper não é da nobreza e pior ainda não é um elfo puro.
- Minhas orelhas não são grandes o suficiente. Diz Dipper em tom de brincadeira.
O clima pesa um pouco, com medo de começarem a criticar a tradição da família real e ofenderem sua garota, Dipper pergunta mais detalhes sobre Khanjali.
A princesa começa sobre o clima, que é primordialmente semiárido e que se não fosse os canais construídos com mão de obra escrava, a agricultura seria bem difícil. Porém, com a água do rio Nio cheia de nutrientes passando por esses canais, Khanjali se tornou uma potência agrícola e enriqueceu, mesmo que bem desigualmente. Mais tarde, o imperador organizou expedições financiadas pela burguesia para invadir e escravizar elfos verdes nativos das florestas ao norte, os orelha de faca não tiveram chance, visto que foi um confronto bronze e elemento surpresa contra pedra lascada e total despreparo.
- Ahhh agora eu entendi porque você não gosta desses caras, eles escravizaram seus primos! Ironiza Mabel.
- Eu vou ignorar isso. Diz Pacífica com uma expressão de "sim, é isso mesmo". - Até porque, o pior nem é isso, a uns 5 anos atrás o imperador simplesmente prendeu os grandes fazendeiros e apreendeu suas terras e seus bens tomando o controle total de todas as riquezas e dos escravos. Um absolutismo total.
- Nossa, realmente deve ser complicado negociar com um cara assim. Acrescenta Dipper. - Boa sorte amor.
- Obrigada, mas tem mais uma coisa que vocês podem fazer pra me ajudar, se ouvirem ou suspeitarem de algo estranho ou suspeito, sintam-se a vontade para investigar e se acharem algo, podem me falar.
- As suas ordens princesa! Será meu prazer ajudar a exterminar qualquer mal, mesmo que seja do outro lado do oceano, certo galera?? Responde Marco usando toda sua áurea de paladino.
Todos respondem animados.
Algumas construções são vistas ao longe, e logo depois, mastros dos navios mais altos.
- Parece que chegamos.
Entre os navios de carga dos mercadores era possível distinguir as embarcações que os aguardavam, um grande, dois médios e um pequeno. Era possível ver a animação de Mabel, ela nunca viajou de navio e adorava experiências novas então estava super ansiosa. Também era nítido o orgulho da Pacífica.
- Tá vendo aquele grandão lá? É nele que a gente vai, o Rosário, a jóia da coroa da frota de Ontlens.
- De fato parece imponente. Diz Dipper.
- Quantos canhões ele tem? Pergunta Marco empolgado.
- Quão rápido ele é? Pergunta Mabel ainda mais empolgada.
- Muito rápido! E Marco, aí é que tá, ele não tem nenhum canhão, ele usa duas balistas, elas são mais precisas, mais mortais e principalmente tem a vantagem de não usar pólvora pra disparar então não tem risco do navio tomar um tiro sortudo e explodir tudo.
O rosto de Dipper se iluminou ao ouvir isso, é exatamente esse tipo de coisa que ele admira, uma idéia simples porém eficaz que poderia facilmente ser a diferença entre a vitória e a derrota.
Pacífica também explicou o porque do nome Rosario, a armadura do casco tem vários espinhos de base bem larga que lembram os de uma rosa, dessa forma os tiros atingem os espinhos e se comportam como se estivesse atingindo o casco de lado, assim uma boa parte da força do impacto é dissipada.
- Eu poderia ficar explicando o quão incrível é o Rosário a viagem inteira mas provavelmente uma hora vocês iriam se cansar.
A carruagem chega no porto, os aventureiros desembarcam e são apresentados ao capitão de cada navio.
- Capitão Thalian, ao seu dispor, será um prazer ter vocês a bordo do Rosário. Vocês estarão na companhia da melhor e mais bem treinada tripulação elfica de Ontlens e estarão a bordo do navio mais incrível dos sete mares.
- Capitão Rubian, do barco de patrulha falcão de guarda, o mais experiente e eficiente patrulheiro das águas de Ontlens, prometo cuidar de vocês.
- Rudolf Morgan, capitão e dono do lua negra e ex-pirata, prazer em conhecê-los, vocês parecem ser valentes, gosto de trabalhar com gente assim.
- Hal Mikkelson, dono do Garça Real e Skirl dos Garças, vencedores do Brothetband. Estamos aqui como batedores, mas em uma emergência mostraremos do que os escandinavos são capazes.
O grupo se apresenta para os quatro capitães e embarca no Rosário.
Os preparativos já tinham sido feitos quando a princesa e companhia chegaram no porto, quando todos terminam de embarcar o comboio zarpa, quatro navios velejando na direção do sol, rumo a aventuras inéditas para a maioria e inesquecíveis para todos.

Fim do capítulo 39

Uma princesa, uma arqueira, um nerd e um paladino entram numa taberna.Onde histórias criam vida. Descubra agora