Capítulo XLVI (capítulo duplo)

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Os três pegaram os itens que mais lhe agradaram e combinaram de dividir o dinheiro da venda dos outros.
Gimble apenas se apropriou do que já estava destinado a ser dele, um alaúde mágico novinho.
Jackie avistou uma armadura absolutamente incrível, cobria tudo abaixo do pescoço, uma peça feita de couro e escamas de dragão branco, um material extremamente resistente e flexível, a armadura também possuía os encantamentos de resistência ao frio, além de resistência a magia pesada e fortificação pesada, que é uma energia mágica que protege os órgãos vitais do usuário e impede que golpes mortais os atinjam, reduzindo tais golpes a golpes comuns, fazendo que a morte do portador apenas seja possível com o acúmulo de pequenos golpes, perda de sangue, envenenamento, queda e afogamento basicamente. Como se isso não fosse o bastante tal armadura também possui as habilidades de uma manopla de ferrugem, um item que uma vez por dia pode enferrujar e inutilizar um objeto de metal.
Ela a vestiu e percebeu que era relativamente leve, deve pesar uns oito quilos e deixava seus movimentos incrivelmente livres.
Quando Jackie já estava se acostumando com o fato da armadura ter ficado um pouco larga nela, Gideon percebeu que tal armadura estava encolhendo e ficando cada vez mais justa, Jackie se assustou e tentou tirar, achando que tal item era amaldiçoado, mas antes de conseguir tirar a armadura simplesmente se ajustou em seu corpo e ficou perfeita. As escamas brancas refletem a luz suavemente e combinam com o cabelo descolorido da garota, dando a ela um visual muito lindo e poderoso.
Robbie achou um cajado de necromancia, carregado com várias magias de causar ferimentos em massa além de criar mortos vivos maior e permitir que tais magias sejam conjuradas a distância, o cajado é feito de madeira encrustado de gemas mágicas e  revestido de aço escovado, com espinhos na lateral próximo as duas extremidades e uma caveira em cada ponta. Além disso também pegou uma anel de caveira preto que parecia fazer par com o cajado, ele aumenta a capacidade do usuário de criar e comandar mortos-vivos.
Gideon achou um cajado poderosíssimo, carregado com bola de fogo explosiva e relâmpago potencializado, duas variações de magias devastadoras. O cajado é feito num tom de aço azulado na ponta há uma gema vermelha e uma lâmina curva, como de uma khopesh, ao redor da gema. Além do cajado Gideon achou brincos de esplendor da águia maior, um item que aumenta a carisma do portador e permite conjurar magias mais intensas e com mais frequência.
Ele substituiu seu anel, que tinha a mesma função, pelos brincos e deu o anel de carisma antigo para Robbie.
Logo após todos decidirem os itens que iriam manter, Gimble e Gideon trabalharam em abrir os depósitos de componentes mágicos com a chave que achou, depois de quase uma hora, os dois conseguiram quase 2k po de gemas mágicas e similares. enquanto os dois baixinhos lidavam com os depósitos, os outros dois reviraram o lugar a procura de qualquer coisa valiosa, pegaram basicamente roupas de tecidos finos, livros que parecem ser ridiculamente caros e os quadros. Como era pouco provável que os quatro conseguissem chegar ao porto antes do último barco partir, eles decidiram dormir na torre. O grupo descobriu que os quartos no corredor das armadilhas por barulho funciona uma biblioteca de um lado e um escritório no outro, os quartos do outro corredor são de hóspedes e cada um tem uma cama de casal.
Gimble se ofereceu pra dormir junto de Jackie no outro quarto e chegou perto de conseguir, mas depois de lembrar o que o bardo fez com a viúva do dono da torre que eles tinham acabado de invadir, ela mudou de idéia, não fazia sentido arriscar o saque por alguns minutos de prazer e no final ele tomou um "não" relativamente educado para o padrão Jackie. Robbie, que ocupa o espaço de uma pessoa normal com um braço a menos, não teve problemas em dividir a grande cama com Gimble e Gideon, que juntos ocupam o espaço de uma pessoa normal.
O necromante colocou seus esqueletos para vigiar os quartos e todos dormiram em paz. De manhã tudo aconteceu como planejado e eles chegaram em casa ao meio dia.

Missão encerrada na torre, e os problemas apenas começando em alto mar, havia se passado dois dias com o céu nublado e bússolas malucas, todos estão apreensivos, o vento parece estar ficando cada vez mais fraco, um racionamento de comida e água começa, Dipper e os outros clérigos do navio começam a fazer água usando magia regularmente e Dipper  também aprendeu a fazer comida da mesma forma, o lanche mágico deveria aumentar a moral de quem o consumir, mas isso aparenta não estar funcionando.
Pacifica está sobre o cuidado de Mabel e de três guardas do navio, que ficam sempre escoltando a princesa enquanto Mabel se espreita por perto para flanquear e aniquilar qualquer ameaça.
O desanimo é tanto, que ninguém aparenta se importar com a neblina espessa a frente. O comboio diminuiu a velocidade e pede ao batedor que se distancie um pouco e fique atento ao mega voz, um item que aumenta o volume de sua voz para que possa ser ouvido a distância. 
Depois de uns dez minutos dentro da neblina, um barulho suave, macio e gostoso é ouvido por todos, o vento estava voltando e trazendo com ele um assovio lindo, quase rítmico, talvez até demais.
Uma música começa a tocar na cabeça de cada um, uma música bonita e encantadora que parecia vir de todo lugar e de lugar nenhum.
Dipper, subitamente acorda do transe e percebe o que está acontecendo.
- Sereias!! São sereias! Não escutem a música! Montem uma linha de defesa e chamem um bardo!
O caos organizado se estabelece no convés, os guardas tentam montar uma linha defensiva mas o canto é forte, mesmo cada soldado daquele navio ser de elite, a maioria tem pouca experiência de combate real e defesa contra encantamentos.
Enquanto isso, em segurança em seu quarto, Pacifica nota os guardas procurando um bardo no navio e percebe que estão sendo atacados por sereias, ela insiste para que seus guarda costas a levem para cima, que ela pode ajudar, os guardas negam, a princesa apela para Mabel, insistindo que só ela pode parar as sereias...
A neblina se dispersa levemente e as mulheres metade peixe aparecem na amurada do navio, uma mais linda que a outra, a música também chega em seu ápice, a letra é algo mais ou menos assim:

"Vá se mande junte tudo o que você puder levar.
Ande, tudo que parece seu é bom que agarre já.
E não tem mais nada negro amor.
O mar é pra você e o jogo é a indecência, junte tudo o que conseguiu por coincidência.
E não tem mais nada negro amor.
Seus marinheiros mareados se jogam ao mar!"
Neste momento, o feitiço é finalizado e sete marinheiros que não conseguiram resistir correm até a amurada e se jogam, três deles foram segurados por outros companheiros, o resto infelizmente cai nas garras das sereias.
"Seus guerreiros desarmados não vão mais lutar!"
Este último encantamento é ainda mais difícil de resistir, por ter um efeito de paralisia ao invés de comando, onze homens ficam paralisados, inclusive os três que ainda seguram os marinheiros encantados que continuam se debatendo tentando se matar.
O canto das sereias muda para uma música de guerra e trinta locathahs, monstros humanoides aquáticos usando lanças longas sobem a bordo do navio.
A situação é ruim, são trinta e um marinheiros, dos quais apenas vinte e dois são combatentes treinados contra trinta monstros, porém os marinheiros precisam proteger os que foram encantados pelas sereias, além de estarem cercados no próprio navio, a linha defensiva estava bagunçada, lhes faltava moral e calma. Instantes antes do primeiro golpe ser desferido e da desvantagem dos defensores fazer vítimas, um som de flauta doce é ouvido por todos, é Pacífica, encima do castelinho, atrás de três guardas, tocando em sua flauta de forma intensa, revigorante e encorajadora.
Após o primeiro chamado, ela começa a cantar de graciosamente uma música elfica clássica, muito comum nos festivais de verão, uma musica que lembra de casa. Todos os combatentes ficam maravilhados, sua princesa estava ali, cantando pra eles para que pudessem vencer, "nós temos que vencer, nós VAMOS vencer, vamos honrar nosso sangue elfico!!" Pensaram os marinheiros. O canto da Pacífica também teve efeito em Mabel, que se sentiu ótima e satisfeita por ter convencido os guardas a trazê-la para o convés superior, em Star, que organizou as ideias e lembrou de sua invocação de metralhadora dourada, que seria ideal para a situação, em Marco, que lembrou de seu dever como paladino e ajudou a liderar as tropas contra os inimigos, e principalmente em Dipper, que ficou extremamente orgulhoso de sua namorada e encheu seu coração de energia e força.
A partir daí o combate foi fácil, arqueiros miraram nas sereias, que recuaram e deixaram os locathahs sem apoio mágico de seu canto, os locathahs estavam em trinta lutando contra quarenta e cinco marinheiros motivados, quinze monstros caíram em menos de um minuto, apenas três elfos foram feridos, mais vinte remadores e dez combatentes treinados que estavam fora do convés principal se uniram ao combate, neste momento os locathahs fugiram, cinco marinheiros para cada um deles era suicídio, e na fuga cinco deles ainda foram alvejados por flechas e disparos da metralhadora de Star.
A vitória foi devidamente comemorada, com a princesa sendo a estrela da festa. Por causa do desvio de rota, seria irresponsável organizar um banquete, porém, em alto mar nada é desperdiçado, os locathahs mortos em batalha foram limpos, desossados e servidos com arroz, algas marinhas e molho shoyu com rum para acompanhar.
Horas após o encerramento da festa, que se estendeu até de manhã, as nuvens começaram a se dispersar, as bússolas a se comportar e o vento a aumentar sua força. Finalmente estavam saindo do quadrante hadal, mais tarde o curso foi levemente ajustado e um dia e meio depois, roanapur surge no horizonte em toda sua gloriosa desgraça.

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⏰ Última atualização: Apr 13, 2022 ⏰

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Uma princesa, uma arqueira, um nerd e um paladino entram numa taberna.Onde histórias criam vida. Descubra agora