- Star, sobre essa história de outra dimensão, até onde eu sei, você não está fugindo de nada. Então, o que te traz até aqui?
- Boa pergunta, é mais uma viagem de aprendizado, sabe? Lidar com as consequências das minhas escolhas sem meus pais por perto, sair da zona de conforto, aprender a trabalhar em equipe, essas coisas. E você? O que te atraiu pra essa vida?
- Fácil, desde pirralho essa era a única profissão que fazia meus olhos brilharem e quando eu percebi, que eu realmente lidava bem melhor com a espada do que com a enxada, eu tive certeza. No início, meus pais morriam de medo, mas hoje, eu sei que eles estão orgulhosos.
Star suspirava encantada enquanto ela ouvia o garoto falar.
- Ownn!! Que lindo!
- Ahh!! Qual é? História genérica de guerreiro, nada demais.
- Marco, eu queria te falar uma coisa é que eu...Mik chega coma bandeja.
- Prontinho! Dois gulag smirn no capricho pro casal.
O orc entrega, para cada um, uma caneca de madeira esculpida numa peça única, com o nome da loja. Uma, quase transbordando de raspadinha verde, pro Marco. E outra, igualmente cheia, só que cor de rosa avermelhado, pra Star. As duas acompanham um canudo grosso de metal.
- Ah! Qual é Mik? Corta essa! A gente é só amigo, né, Star?
- Ahh... ehhh... É sim.Mik dá um sorrisinho e responde
- Uhmm como quiser...Star dá um bom gole pra disfarçar a cara de derrota e se arrepende logo em seguida. Sentindo o choque térmico, ela se inclina pra trás, quase caindo do banco, suas pupilas rolam pra trás, sua língua sai um pouquinho da boca e ela solta com gemidinho, um ahegao de leve.
- Nossa, Star! Pega leve isso aqui não é suco não.
- Woow! !Caramba, esse troço é incrível! É estupidamente gelado na garganta, congela o cérebro, mas depois chega bizarro de quente na barriga, tudo isso com um gosto maravilhoso. Adorei!!
- Eh! É sim, mas pega leve. Falou Marco com ar protetor.
- Sim, claro! Eu quero que isso dure pra sempre, vou beber bem devagar.
Os dois continuam bebendo calmamente e Marco volta ao assunto que estavam antes da chegada de Mik.
- Star, o que era aquilo que você queria me contar?
- Que?
- Você me disse que queria me contar alguma coisa sobre você, se eu não me engano.
A garota fica bem corada...
- Ahh... Ehh.. que eu.. eu invejo o seu relacionamento com seus pais Eh... é isso.
- Ahh, ok, então!
Os dois saem andando e conversando, Marco ensina a Star tudo o que ela precisa saber sobre esse mundo, as raças e principais tipos de aventureiros.
De repente, Marco parece ficar desconfiado com alguma coisa e começa a olhar para as sombras e para os telhados como se estivesse procurando alguma coisa.
- Marco, tudo bem?
Marco subitamente segura a mão de Star apertando um pouco mais que o normal, mas não o suficiente para machucar.
- estamos sendo observados, desde que saímos do AK.
- O que? O que vamos fazer?
- Nos beijar.Star sente sua bochecha queimar e fica rosada.Marco fala sussurrando e acariciando o rosto dela tentando desfarçar:
- Fecha os olhos, me beija, conta até três... Depois, rapidamente, olha por cima do meu ombro direito procurando alguém suspeito. O beijo vai fazer o espião querer olhar melhor e se descuidar, depois de três segundos ele não deve mais estar tão escondido. Assim a gente vai poder vê-lo, entendeu?
-Ok!
-Lá vou eu.
Ele se abaixa um pouco, põe a mão direita na cintura de Star, os dois fecham os olhos e ele avança, até seus lábios se encostarem, durante três segundos a garota é a única que move os lábios, Marco parecia uma estátua, a menina já tinha perdido a conta e só estava tentando aproveitar o momento, quando de repente a mão no seu rosto empurra sua cabeça pro lado e seus lábios se descolam, abruptamente, nesse momento ela lembra o real motivo de tudo isso e abre os olhos. Bem no momento pra ver uma silhueta humanoide em cima do telhado de uma casa de dois andares que se esconde quando percebe que foi vista. Nesse momento a garota dá um passo pra longe do Marco, saca sua varinha e aponta para o telhado.
- ARMADILHA DE ALGODÃO!!
Nesse momento um raio branco sai da varinha e se transforma numa nuvem de algodão enorme que cai sobre o telhado dificultando a visão do espião.Marco dá as ordens:
- Star,dá a volta na casa!
-Pode deixar!
Marco corre em direção a casa, pula e consegue alcançar uma janela aberta do segundo andar. Entra por ela e chega a uma escada para o telhado. Saca uma adaga escondida na bota e se prepara para atacar quem quer que descesse aquela escada.
Depois de quase um minuto esperando, ele ouve Star chamá-lo:
- Marco! Ele fugiu!
- O que?
- Tem uma trilha de algodão de uns 10 metros na rua onde a gente estava.
Marco desce por onde subiu e encontra Star. Parecendo nervoso diz:
- Merda! Perdemos ele.
- Vamos voltar pra guilda logo, hoje o dia foi cheio.
Os dois voltam desanimados e quietos pelo resto do caminho. Star entra pela porta da guilda.
- Chegamos!
- Pois é, apesar de tudo, foi um prazer te apresentar a cidade, e sua magia é bem bacana, eu nunca vi nada igual.
- Ah obrigada! Eu não sou uma maga comum.
O salão não estava vazio, um grupo de aventureiros recém chegados estavam jantando numa mesa ali no canto.
- Quer comer alguma coisa? Aquela raspadinha não conta como jantar e os sanduíches da Lazy Susan são ótimos.
- Claro, Marco! Um sanduíche cairia bem.
- Ok! Vou pedir pra gente.
Os dois comem seus sanduíches em silêncio. Nenhum dos dois toca no assunto do ocorrido. Nem do beijo, nem do espião. Marco termina primeiro e sem querer deixa escapar um arroto, ele cobre a boca , um pouco envergonhado, e pede desculpas.Star ri baixinho, dá mais uma mordida no sanduíche, se concentra por alguns segundos e dá um arroto quase tão forte quanto o do Marco. Os dois começam a rir.
Quando ela acaba de comer e de se limpar com o guardanapo os dois sobem as escadas até a porta do quarto A113.
- Pois é, aqui que eu fico. Boa noite, Star.
A garota fica na ponta dos pés e dá um beijinho na bochecha dele.
- Boa noite!
A garota segue pro seu quarto.
Enquanto isso na cobertura. Mabel chega em casa e encontra seu irmão saindo do banho indo se preparar pra dormir. A meio-elfa estava bem ofegante, como se tivesse corrido uma maratona.
- Mabel, onde você estava até essa hora?
- Treinando furtividade!
- Espionando os outros, de novo? Quem foi a vítima dessa vez?
- Não te interessa, maninho! Agora dá licença que eu vou tomar um banho.
A morena entra no banheiro, enquanto seu irmão vai pro quarto, chegando lá ainda de toalha, ele é atraído como um ímã em direção a janela de onde pode-se ver a lua cheia e uma penumbra de orvalho lá fora.-Wendy...
A mulher lobo invade seus pensamentos, ele queria saber mais sobre ela, sobre sua cultura e seus hábitos de fera. Seus gostos e desgostos. E claro, sobre seu corpo. Passar os dedos em cada fio daquele pelo lindo, acariciar cada centímetro daquela pele firme, sentir o calor daquele corpo selvagem, sentir o gosto daquela boca...
Nesse momento, o nó feito na toalha atrás das costas se desfaz e sem que ele faça qualquer coisa a toalha se desenrola do seu corpo. Mas, não cai no chão, fica pendurada no garoto.
- Merda...
Ah essa altura sua irmã já estava entrando no banho. Ela tinha deixado sua roupa em um canto. Uma blusa e calça verde musgo, um par de luvas de couro pretas, um manto preto com algumas manchas verdes e marrons, uma calcinha branca comum, meias pretas bem altas e suas botas de couro preta, ainda com um pedacinho de algodão dentro, que nem a própria Mabel percebeu que havia ficado por lá.Eae gente, estão gostando?? comenta ai o que você achou da história até agora.
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Uma princesa, uma arqueira, um nerd e um paladino entram numa taberna.
Fiksi PenggemarUm paladino corajoso, uma princesa mágica de outra dimensão, um clérigo do deus do conhecimento e da magia e uma patrulheira/ladina, super carismática, formam um grupo pouco convencional e juntos vão se aventurar, criar laços, e descobrir coisas inc...