Capítulo 22 - Encontro

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Ficamos quietos para ouvir e realmente haviam gritos. Depois de confirmar, juntamos nossas coisas e fomos na direção do som.

Nos deparamos com uma caverna rodeada de hienas gigantes de 1,5m de altura. Eram mais de vinte. Algumas estavam mortas aos pés da minha mãe. O velho e o garoto a acompanhavam na entrada da caverna. Meu pai não estava à vista.

Sem perder tempo, corri em direção ao bando e lancei chamas continuamente para ambos os lados abrindo um caminho pelo qual passamos. Depois, formei um triângulo de fogo para nos separar dos animais.

Minha mãe ficou emocionada de nos ver, mas não abaixou sua guarda. Estava cansada e tinha arranhões por todos os lados.

– Filho, é bom te ver de novo.

– Mãe, onde está o meu pai?

– Seu pai, ele...

Alguns dos animais não se assustaram com o fogo e ficaram a espreita esperando pelo momento certo de atacar. Uma hiena de 2m de altura, que parecia ser o líder do bando, pulou de lado no paredão passando o fogo.

Luna lançou uma flecha e o acertou no ombro direito. Aquilo não fez a besta nem piscar. Sua pelagem grossa o diminuiu o dano consideravelmente.

O líder avançou e arranhou o braço da minha mãe. Ela conseguiu detê-lo com a espada de obsidiana, mas a força do animal a obrigou a ficar de joelhos. Quatro linhas de sangue começaram a descer do seu ombro.

A espada dela brilhou com uma luz branca. A fera se afastou sentindo o perigo. Ela cortou o ar, mas o animal já havia se afastado.

– Vou acabar com você seu monstro!

Imitei minha mãe colocando mana lentamente na minha espada. Não queria imaginar o que aconteceria se a arma explodisse em estilhaços. Cortei para baixo almejando arrancar sua cabeça, mas ele pulou para trás. Mesmo assim, uma linha vermelha apareceu no seu olho esquerdo.

O mana acumulado na arma foi liberado. Ele continuou cortando o chão. Era um corte fino, mas dividiria meu inimigo em dois se o tivesse acertado. Realmente a arma ficou mais afiada, senti que o material estava até mais resistente.

Outra hiena aproveitou minha distração para saltar nas minhas costas e me morder entre o pescoço e ombro direito. Tirei uma faca da cintura e o esfaqueei na cabeça usando o mesmo truque da minha mãe de colocar mana na arma. O ataque passou sem impedimentos pelo seu crânio e ele caiu imóvel do meu lado.

Me ajoelhei e cobri o machucado com a mão. Luna veio correndo.

– Christopher, você está bem?

– Sim, agora sou mais forte. Vou sobreviver. Não se descuide, têm mais vindo.

Três hienas se aproximaram pela parte que viemos. Lá não havia fogo para impedi-los.

A hiena da frente derrubou Dahlia. Minha irmã, desesperada, parou a boca do animal com sua faca. O velho avançou no animal com um dos nossos machados pequenos de obsidiana. O menino também tinha conseguido uma faca de obsidiana e correu para ajudar.

Alana e Mérida usaram seus poderes. Desta vez, fizeram raízes saírem do chão para envolver os outros dois inimigos.

Sabia que aquilo não aguentaria muito tempo. Elas não tinham muita experiência.

– Alana, Mérida! Amarrem as pernas!

As duas atuaram rápido. Os animais eram fortes, mas perderam sua mobilidade. A mudança foi tão brusca que bateram de cara no chão.

As irmãs ficaram surpresas com a facilidade de derrubá-los. Alana animada me elogiou.

– Uau, quero que você me ensine mais truques como esse.

– Claro, assim que acabarmos com esses aqui.

– Uhu! Vou esperar por isso. Ei, cuidado!

O líder me deu uma mordida no antebraço. Soltei minha espada. A dor era tanta que minha visão se escureceu por um segundo. Depois, ele moveu a cabeça de um lado a outro tentando rasgar os meus músculos.

Vou perder o meu braço se continuar assim.

No meu desespero, o esfaqueei entre os olhos repetidas vezes. A faca embutida de magia o atravessou como manteiga. Ele finalmente me soltou e cai no chão exausto.

Olhei para o lado e vi que o velho junto com o menino conseguiram acabar com as hienas que as elfas prenderam. A que atacou a minha irmã recebeu uma machadada na cabeça e as outras duas foram esfaqueadas pelo garoto.

Nem as crianças são poupadas dessa violência neste mundo.

Tentei me manter acordado, mas gastei energia demais e os machucados se acumularam. Lentamente minha visão se escureceu e adormeci.

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Notas do autor:

O chefe das hienas tem um tamanho maior que é fictício, mas elas chegavam a ser bem altas. Olhem a imagem abaixo para terem uma ideia do tamanho:

 Olhem a imagem abaixo para terem uma ideia do tamanho:

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Transmigrei para a Idade da PedraOnde histórias criam vida. Descubra agora