Capítulo XXVI

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Simon suspirou olhando para sua esposa enquanto saíam do escritório, ela insistia em checar Mary novamente, dizendo que a mulher não estava estável emocionalmente, e a conversa com Fincher poderia prejudicar o bebê. Mas Simon estava irredutível, não querendo a presença dela perto de Thomas Bishop, ela já tinha escapado mais cedo para checar a criada e ele esboçou sua preocupação, porém não aguentava o olhar preocupado de Louise, e sempre faria tudo por ela.

- Escute. Porque você não sobe e pede a Sra. Dahoe para te preparar para dormir? Eu vou me certificar de que está tudo bem com Mary.

- Nós vamos juntos. - Ela disse irredutível.

- Louise, não vou permitir que fique no mesmo ambiente que aquele maldito aprendiz. E além do mais, começou a chover. Eu vou checar Mary e te passar todos os detalhes quando eu voltar. Prometo.

Ela o olhou querendo discutir, mas ele sabia que tinha bons argumentos, então sorriu quando ela assentiu formando um biquinho fofo nos lábios ao qual ele desfez com um beijo, logo após beijando sua testa com carinho.

- Eu volto logo querida. Vá encontrar Dahoe.

- Posso muito bem te esperar aqui, isso não vai ser discutido.

Simon a olhou mais uma vez e assentiu, sabendo que continuar aquela discussão realmente não fazia sentido. Além do mais ele preferia muito mais que ele mesmo preparasse Louise para dormir. Então eles caminharam até o hall da casa, onde ele mesmo pegou seu casaco e uma capa. Deu mais um beijo em Louise antes de sair de casa, vendo ela começar a andar de um lado para o outro.

Ele gostava de todas as amizades de Louise, até mesmo com Mary, mas tinha que confessar que aquilo estava lhe dando trabalho. Manchando suas botas na lama ele ouviu um som abafado, e então uma risada e passos. Olhando para mais a frente pôde ver a silhueta a poucos passos, seu corpo congelou quando ele reconheceu de quem se tratava e o choro abafado vinha de Mary, que estava sendo refém de Olivier Winter. Simon apertou os punhos e deu passos rápidos, parando quando estava na mira da pistola que o barão apontava.

- Nem mais um passo, Simon.

- Solte-a. - Simon Grunhiu.

- Não. Você não está em posição de exigir. Eu, no entanto...

- Simon, me desculpe... Eu não sabia, não sabia...

Simon franziu o cenho para as palavras de Mary, não esperava Olivier aparecendo ali. Tinha sido muito claro com os detetives que havia contratado, para que não o perdessem de vista. Aparentemente os relatórios estavam atrasados e eles não faziam um bom serviço.

- Percebo sua confusão, não se preocupe, vamos te deixar ciente de tudo. Antes, precisamos encontrar minha querida irmã.

Aquilo serviu para aumentar a raiva de Simon, ele deu um passo a frente, mesmo com a pistola ainda sendo apontada para seu peito.

- Nunca chegará perto dela. Diga logo o que você quer.

Olivier inclinou a cabeça contra a chuva e deixou um beijo sobre a cabeça de Mary que se encolheu. Suspirando, deu passos a frente, arrastando a mulher pelo braço.

- Não pense que estou brincando, Simon. Hoje você me dará o que eu quiser, o que é meu por direito.

- Você não tem direito sobre nada aqui.

- Não mesmo?

Um grito veio da casa. Um grito de medo, um chamado por Simon. Louise. Ele virou-se em direção a mansão pensando em correr quando Louise gritou seu nome novamente, mas não foi um bom movimento pois logo estava sentindo o cano da pistola em sua nuca e ouvindo Mary se debater.

Em um Naufrágio com o Marquês [LIVRO 1]Onde histórias criam vida. Descubra agora