CONCLUÍDO
Pode o amor surgir do resultado de uma grande tragédia?
Cinco dias após o naufrágio, Simon e Louise sabiam que pertenciam um ao outro. Infelizmente precisavam serem vítimas de uma naufrágio para reconhecerem a outra metade de seus corações...
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Louise respirou fundo encostada na porta, os olhos apertados deixando as últimas lágrimas rolarem. Aquilo não poderia ter acontecido, jamais. No entanto, Devon havia sido irresistível. No dia anterior, ficou perdida com a tempestade de sentimentos que começara a surgir quando se beijaram. Aqueles mesmo sinais que surgiram quando começou a gostar de Simon, não poderiam estar ali, não tão rápido assim e não com ele. Louise não aguentaria sentir algo como aquilo e perder novamente.
Mesmo assim ele a procurou no dia seguinte. Tinha decidido por esquecer os homens de uma vez por todas. Simon não voltaria e Devon jamais estariam ao seu alcance. Começaria então se desfazendo do bilhete que tanto a prendia, por isso foi decidida até o convés, suas mãos tremiam e sua mente lamentava por tudo o que viveram ou deixaram de viver, mas então o bilhete era seu talismã, independente de Simon estar ali ou não, ela fora forte a cada vez que segurou o papel em seu bolso, então não podia se desfazer dele.
Encolhendo o papel contra o peito e secando as lágrimas ela foi em direção a sua cabine, levando o susto quando Devon apareceu, a levou para dentro fiel em ter uma conversa. De que adiantaria falar sobre o que tinha acontecido no dia anterior? Ela não poderia criar esperanças e não poderia relembrar o quão bom tinha sido os lábios de Devon nos seus, era demais para ela. Mas ele foi calmo e lhe fez perguntas, cansada de esconder tanto sobre sua vida, ela contou o incidente com o chá para ele, omitindo o fato de que ela não era uma criada, que Olivier era seu irmão e a obrigou a servi-lo com o chá para o simples prazer de humilhar Louise. E Devon ficara furioso somente com aquilo que comparado há outros momentos, Olivier tinha feito muito pior com ela, não adiantaria mencionar o quê, desde que Louise esquecesse já seria o bastante.
Então ele começou a falar sobre o que ocorrera e a curiosidade de Louise fora ainda maior, assim como sua indignação por Devon possuir o ego tão grande daquela maneira. Quando se deu conta estava em seus braços, o puxando para si e sugando seus lábios do mesmo modo que ele fazia com os delas, suas mãos o puxavam para si o apertando, sentindo como era forte, com bons músculos. E seu corpo foi ficando quente a cada beijo e toque de Devon, cada um mais atrevido com o outro, e estava tão... Bom. Sua respiração ofegante, o coração acelerado e o calor que sentia por todo o corpo sendo iniciado em seu núcleo... Era demais! Já tinha ouvido falar sobre aquilo, suas antigas criadas — As únicas amigas que já teve — comentaram sobre as sensações entre outras coisas, e ela não poderia permitir que aquilo acontece. Então interrompeu, ouviu o que não queria, o que não merecia ouvir. Ela estava errada em querer se guardar para seu futuro marido? Louise já tinha perdido de tudo em sua vida, estava em um recomeço e isso não incluiria perder sua inocência em troca de diversão, que até então, Devon não havia negado ou explicado ser diferente disso. Ele poderia estar certo. Sobre não existir homem perfeito, mas seria ela quem decidiria sobre sua vida e seu futuro e não baixaria a cabeça para ninguém. Nunca mais.