CRAVEN - fear street.

FLOREST.

JOSH me entrega uma de suas lanternas de pôr na cabeça. Não sei onde ele comprou essas bugigangas, mas não dou importância de perguntar. Estou mais focada na loucura de estarmos com uma ambulância roubada no meio de uma floresta a noite porque a Sam viu uma bruxa que está nos amedrontando mandando seus assasinos de estimação nos matar.

Enquanto os outros pegam suas lanternas, ou as dispensam, eu me aproximo mais da floresta. Uso a luz pendurada na minha cabeça para visualizar o lugar, me certificando que não tem ninguém ali. Ouço passos vindo na minha direção e estou preparada para dar um soco no que quer que seja.

É Simon.

Afasto meu punho do seu rosto assim que percebo que é ele.

— Que susto, Big Boy. — Solto o ar aliviada que seja só ele.

— Foi mal. — Ele ri. — Você tá bem assustada, hein?

— O que você acha? — Pergunto na ironia. — Somos vítimas de uma maldição.

— Ué. Pensei você fosse fã de histórias de terror. — Ele fala num tom provocativo.

Arrumo a lanterna na minha cabeça que ficou torta, quase caindo em meus olhos.

— E eu sou, mas não quando a história é real. — Atestei. — E eu sou parte dessa história. — Simon balança a cabeça.

— Ei. Eu não consegui te agradecer pela ajudinha com a Ruby Lane aquela hora. — O garoto fala um pouco sem jeito. — Valeu, Jules.

Nunca tinha visto ele envergonhado. Simon é o tipo de pessoa extrovertida e sem vergonha que nunca fica desconcertada, vê ele desse modo é algo novo.

— Imagina, não foi nada. Não podia deixar ela te matar, né? — Agora eu que estou sem graça.

O rosto de Simon se ilumina com um sorriso que contagia o meu. Tenho borboletas no meu estômago. Mas elas se desfazem e se transformam em apreensão quando Josh começar a vir em nossa direção. Simon parece querer dizer algo, mas desiste quando o resto do grupo se aproxima. É hora de entrar mesmo na floresta.